sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
Hoje escrevo, agrafando os meus silêncios às palavras que encerram mais um ano... Lavo-as numa corrente de ondas salgadas na força deste caudal que engrossa levando para longe todos os sentidos! Olho o céu e vejo as estrelas gravidas , assolando as minhas margens, reinventadas...E neste rio de breves margens pernoito, vagueio no tempo sem cansaço, risco traços de luz nas águas cristalinas que me alucinam o sentido, gravando no papel cada gemido que não consigo sequer sussurrar...Muitas vezes pergunto-me se faz sentido estar aqui, à espera que o calendário mude e traga a primavera, para o inverno não me gelar …Confesso que não sei mais que estrada seguir, esta alegoria recriada para ver os meus olhos despontar de novo a alegria! Não é difícil estar longe, difícil é não saber que caminho tomar para que esta plácida tranquilidade de sonho seja vivida. Hoje sou um ser de pés colados ao chão... Amanha serei as reticencias de um voo inacabado!!
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