Hoje procuro o rosto sereno, onde viajo em pensamentos distantes de palavras caladas nos lábios marcantes. Hoje assisto aos gestos suaves e meigos que se desdobram em afectos provocantes! Hoje apenas sonho e sinto nos ombros a nudez na minha alma petrificada e a palidez selada marcada no rosto sereno! Sinto esta sensatez estonteante de um pensamento distante! Cada gesto seria um manifesto desafiante se outro rosto em mim morasse e os pensamentos marcantes e distantes fossem a dois! Assim este silêncio absoluto cala-se em palavras...
sábado, 8 de julho de 2017
sexta-feira, 7 de julho de 2017
Hoje sinto imensos e intensos abraços nas divagações que o coração nos empresta! Solto palavras, em voos rasantes entre recordações, momentos e sonhos de uma vida. Bailo nas emoções, que brindam o inicio e o fim de mais um dia reinventado. Poderia até ser de ilusão se o lugar não fosse este, onde estou, o lugar que esconde e acende o caminho reflectido de um intenso dia ao largo, perdido entre as ondas, como um farol solitário .Entrego-me ás palavras que navegam com tempo entre emoções e pensamentos escrevendo momentos quentes que o sopro da vida agita, aquietam na profunda ebulição que se gera em mim, deste mergulho de alma, em traje de sonhos, numa carícia de sons, inquietante na margem das ilusões... Escrevo palavras que sussurram instantes desenhando melodias no pensamento, sou cúmplice de quem se passeia em mim!!! Avisto todos os verbos como fossem dedos que se enlaçam, e se me perguntarem qual é o sentimento mais lindo e importante para escrever, eu sorrirei e direi , aquele que for correspondido em toda a sua plenitude!!!
quinta-feira, 6 de julho de 2017
Hoje perdi-me do brilho que me encandeia os
motivos, que me faz ser peregrino das emoções. Agora perdido entrego-vos as
palavras como se umas vestes fossem!! Mas!! Sigo as constelações que guiam a alma, relembram de que não existe nada nesta minha
vida que não esteja ao descoberto, só assim me podem sentir uma alma nua . Descubro sons deste mundo que vibram no peito cada
vez que a respiração falha, eu sei, é a insólita e inexplicável dádiva dos Deuses para quem descobre que nada
é mais puro que o amor… Hoje ao escrever saltei vedações que têm-se vindo a construir em torno
de mim, transformei-me num ser incomum, perdido no meio desta anemia poética, relatando-me
em ditados perturbantes onde sou actor de pessoas perdidas enclausuradas de
corações diabéticos, expostos na bandeja das emoções sem restrições… Ainda
assim nesta noite brilho-te no céu, uso o astrolábio dos sentidos, remo contra a maré num esforço compensado pela
certeza de ser corajoso num Universo de fracos, pessoas empenhadas em beber oceanos, recusando
navega-los!
quarta-feira, 5 de julho de 2017
Hoje sinto-me exausto! Confuso, embora, saiba que há uma diferença
enorme entre fazermos o bem com a consciência de devoção e fazermos o bem para ficarmos com a nossa
consciência tranquila…Esta última é de uma gigante arrogância, uma crueldade que há quem faça
ao coração, desacelerando e fazendo-o quase parar, provocando ilusão de que a vida é breve demais em meros abraços, a eternidade assim cheira a pouco,
os olhos sedentos que se encontram e se
perdem dentro um do outro, dispensam palavras e clamam sorrisos leves, espontâneos, mãos levíssimas
e coração próximo de um suspiro. Hoje para aqueles que tem
tanto medo de morrer de amor, olhem para mim!!! Encontrei-me desmaiado, lentamente esvaindo-me em paixão,
trocando o amor pelas minhas mãos que
escrevem, as minhas palavras tentam-se fazer existir, mas nunca
havia vivido ou sentido que as minhas palavras cresceram durante a minha vida inteira, antes mesmo de as pensar …
Antigamente eram só suposições, ensaios de como seria viver um grande amor,
hoje sinto que um dia ele chegou e transformou minhas palavras numa realidade,
no mínimo, incrível… As minhas teorias podem
até ser questionáveis, o tempo que eu tanto valorizava parece esquecido!! Para
algumas pessoas pode apenas ser um detalhe mas para mim é o meu endereço, o meu
rótulo ...
terça-feira, 4 de julho de 2017
Hoje questiono porque existe um princípio
associado às decisões que se tomam! Fica a sensação que os projectos são sempre
irreversíveis e há uma obrigação
estipulada quando achamos que escolhemos o correcto para nós…Mas não, não existe
este princípio associado às pessoas. Falo por mim e até confesso, que me é difícil mudar de pele conforme as
estações, mesmo que a última hibernação tenha
durado mais do que decidi como suficiente… Como tolerável , posso até
andar adormecido , mas sei, que é contínua a mudança da alma sempre que me
invadem a vida. É compulsivo o sentimento chego a arrastar-me enquanto escavo
sulcos nas paredes dos meus projectos, crio pirâmides que se constroem num futuro nublado.
Agora não sei se é a música que nos une, ou o espaço idealizado mentalmente …Faltam-me
as coordenadas, bases para me fazer cair
tecnicamente sobre esse empedrado, todas as figuras que componho, não passam de
projectos como um” Projecto Casa” Sei lá
!!! Acho que não antevi, que as palavras nunca são suficientes para descrever a
sensação de relances e nuances de caminhar-mos em ruas paralelas. Não sei
sequer se concordam que as aprumadas traçadas se espalham nestes mesmos céus, são cúmplices
de um cuidadoso plano e talvez por isso combinem e tornem toda a paisagem uma
gigante moldura. Nem sei!!! acho que me
enfraqueci com esta dosagem exagerada de ponderação. Por ventura as tonalidades
da vida mudaram e estes panos de fundo, deixaram de condizer ficam apenas como
meros Projectos emoldurados numa velha parede….
segunda-feira, 3 de julho de 2017
Hoje se algum de vocês sentir vontade de chorar, não chorem
!Chamem-me a mim, para eu chorar por vocês , mas se sentirem vontade de sorrir,
então venham também eu posso sorrir com vocês … Muitas vezes somos obrigados a recuar nos passos dados, não será apenas medo, efectivamente não é medo é apenas a maldita
vida que nos faz repensar vezes sem conta tanta coisa... Nem sempre temos a
capacidade de diminuir a velocidade mas quando o fazemos, aterrorizamos-nos ,
somos obrigados a adaptarmos a nossa conduta a situações de fundo, que nos leva a travar uma batalha emocional,
que desgasta que nos faz querer apenas ser figurantes no quadro que se pinta!
Deixamos cair as máscaras obrigatórias envolvem-nos numa insanidade extrema
apenas para corresponder aos padrões que nos obrigam a seguir! Não , não quero
mais sentir-me mecanizado de prosa fácil, de rejeitar o colo, escutar vozes anónimas que me empurram para a escadaria . Mas!!! Eu não quero subir, eu também não
quero descer, quero ficar aqui neste piso, neste degrau que me encontro… Quem
quiser que suba ou desça a escadaria eu não quero ser grande nem pequeno, quero
apenas ser do tamanho que estou…Rir e chorar no momento certo!
domingo, 2 de julho de 2017
Hoje como se me fosse dada a
ausência de som em troca, da única fragrância certa de restos de vida eu,
mergulho no único mar que me dá ar suficiente para inspirar os Deuses. Todos os
meus sonhos, em partículas de água reflectidos. Olho retratos de restos de corpos
que se formaram enquanto perdidamente, escrevi músicas reflectidas em mim
como as minhas inspirações na água postadas! Desço as escadas, os lances
da vida imaginados na cabeça onde o meu sono nunca se instalou. Naveguei em
madrugadas exaustas de preocupações inúteis espalhadas no chão que me persegue,
fugi da terra que não é Terra, da casa que não é lar , dos nomes
rasurados nas paredes sujas, das casas em que te sonhei! Somos eternos
sons de pés descalços em ruas vazias, somos sombras de sons projectados de
janelas onde os tecidos não escondem a vergonha, onde os olhos não escondem o
medo... Exposto em troca de breves caricias e pressentimentos de felicidade
encontrada noutro peito que não o único que nos mantém aqui...Vivos; rascunhos
de projectos de vida baratos, herança, de uma casa vazia! Ainda me tenho
a mim, agora já nada dói , nem ter restos . O mundo é feito de corajosos,
também eu sou feito de espíritos de cavalos de guerra. Não me rendo !!!
Respeito todas as tentativas de desculpa, mas não me rendo. Eventualmente
afogo-me nas minhas águas reflectidas e encontro-me nos traços da mão que
me for estendida!
sexta-feira, 30 de junho de 2017
Hoje as palavras não
se esgotam, nem quando os sentimentos nos sufocam, as palavras não se esgotam. Os
lençóis não voltam a ser usados e o coração é desfeito, resta-nos só pensar em reviver…Se voltasse a reviver isso seria então
digno de um sorriso, de uma vontade profunda posta em prática, como seria saudável
!!! É das poucas coisas que te posso dar Pai… Palavras, melodias que já ouviste, dedicadas a ti, muitas vezes coisas que já saem dos dedos , sem que alguém perceba! Eu sei que é estranho
alguém que já partiu escrever e eu ler… Sinto-te. Sentir alguém em nós que há
tantos anos partiu é estranho, é um
feito. Não é um feito? Será magia ?!
Para mim é , para alguém cujas palavras não se esgotam, para alguém que mostra o quanto grandes ainda
somos, quando a vida se resume em palavras que foram ditas, convenientes, no sítio certo, na hora certa. Sempre, pisei o
chão da tua historia, filosofia bela que emana o teu cheiro e gera em mim uma
eterna saudade… Faz hoje anos que partiste, ainda me arrepio com saudades imensas
da tua luz, posso apenas te dizer que te amo e isso nunca será demais,
continuarei a aplaudir de pé e a celebrar a tua vida em mim na cadência eterna
das palavras que me fazem proferir …
quinta-feira, 29 de junho de 2017
Hoje no
intenso cheiro a outono que me surgiu a meio da noite, percebi que a
minha casa estava decorada com silêncios , paisagens secas e no
chão, habitavam folhas caídas de poemas, cartas esquecidas que
outrora escrevi…Senti alguém caminhar nessas folhas caídas , abandonadas… Uma a
uma desfolhava-as sem saber em qual começar , sem saber em qual acabar!
Arrastava-se sem rumo. Eis que umas folhas eram usadas outras
novas e intocáveis. Foi ai que percebi que era tão clara a minha
divisão! As antigas pareciam-me, romanticamente,
infantis. O infantil que dá um tom doce ao que somos , como um beijo que se dá
e se sonha. As folhas recentes só cheiravam a uma inocência antiga… Tentei
reler folha a folha que espalhei pelo chão mas!! Meus olhos cansados não
focavam nada apenas imagens tremidas. Quando me perdi entre a realidade e a profundidade do
meu sossego, as portas
da minha casa bateram , alguém saiu, seria algo divino!!?? Não sei…Fiquei com
um sabor a água da nascente no pensamento! Senti-me uma vitrina de sonhos,
projectos que me engolem todos os dias, assim como se uma bolha infinita de
possibilidades me levasse a explorar todos os dias o universo do amor…Mais uma
folha que deixo cair do meu caderno neste chão que piso onde vou contornando
adversidades , rasgando retractos, reinventando a eternidade , reconstruindo a
magia para quem acredita em
mais que impulsos, em quem acredita que amar é um mutuo esforço de recompensas
sem ferramentas divinas na magia de um destino..Muito simples não é? Só há uma maneira de amar de coração, com tudo, com as folhas de verão com as folhas de inverno com as folhas de outono com toda a força da alma e para sempre...
quarta-feira, 28 de junho de 2017
Hoje
sinto o dia escuro, escondido atrás do
meu sorriso, nos cantos dos meus olhos e da minha mente, tentando inutilmente
fazer-se despercebido. Esse
escuro transparece e grita, onde se nota e clama… Move-se entre as paredes do meu labirinto, é um eterno vagabundo sem outra
casa ou outro alento na vida. Vive
na sombra acorda-me de manhã sem me deixar dormir à noite, move-me, o dia inteiro, no desejo de que o dia
se torne noite outra vez…Pensa ele que passa despercebido em mim! Mas não.
Quando tento escapar-lhe, ele toca-me na alma, já começa a ser regular esse
aviso, que me faz revirar os olhos,
tentar e desistir da busca pela coerência. Mas!!! Quando não o sinto
pergunto-lhe se ainda está em mim. Não há uma explicação lógica, não há uma agenda
nem um motivo... nem precisa de haver. Continua tudo oculto nos recantos de
mim. E faz-me ao menos sentir acompanhado. Mas continua tudo , desafortunado,
difícil, persistente, inevitável, Maduro irracional.
Como é estranho o vazio me preencher de
saudades, inventa histórias feitas de
palavras ditas ou pensadas. Transforma-me pensamentos em desejos. Desejos em
sonhos. Sonhos em segredos que não se contam a ninguém. Esse dia escuro está
escondido. Aí, escondido à vista de todos. E ninguém sabe. Ninguém vê. Ninguém
sabe que fica atrás do meu sorriso, nos cantos dos meus olhos e da minha mente.
Ninguém sabe que permanece no centro do meu pensamento. Mas ninguém precisa de
saber... É esse o sentido do sentir. Acontece dentro de nós. Muda tudo em nós,
sem nos mudar. E avança connosco, até parar no transito!!!. Pode não ter nome.
Pode não ser claro. Mas está lá, faz-me persistir sabendo que não estou só... Quando não vivemos
por fora morremos por dentro, talvez
seja esse o escuro que me grita e se move no meu labirinto interno, dizem que tem de estar escuro para se ver as estrelas ...Estás Ai!!?
terça-feira, 27 de junho de 2017
Hoje partilho com vocês que já há muito tempo
escrevi um livro, foi nesse momento que soube que as frases um
dia me iriam consumir. Posso ler-vos o resumo, que se resumia numa espera que a
minha voz tomasse rumo. Eu perco-me em pensamentos na
feroz possibilidade, escrevo-vos danço-vos em palavras. Desconheço de como é
suposto aguentar distâncias. Mas na incapacidade
de tocar, eu tenho a capacidade de decorar uma alma, imagina-la,
descreve-la em mim e em textos! Mas!!! Ficaram as páginas escritas e
as outras bem vazias. Porque!!?? Medos invadiram e as
impossibilidades pareceram a melhor opção. A única opção. Mas!!!Continuo a
ver-te, de alguma forma, de todas as formas, mas em segredo…Quase que
consigo imaginar os sentimentos a flutuar , mesmo que em miragem eu
consigo desenhar com certeza os oceanos inalcançáveis do barro que somos
feitos…Aquela matéria que se cola à nossa pele, invadindo os poros ,
acariciando as esquinas dos sentidos já adormecidas formam o barro que adere
aos nossos segredos, amacia as mágoas de antigos verões ! Somos todos
oleiros dos nossos verões de fantasia, barramos desejos sabores, suores onde
navegamos … Este foi o livro que escrevi, nele procurei uma oleira
como eu, para que conseguíssemos amassar o nosso novo barro a quatro mãos, foi assim que desejei acabar os meus dias de uma forma inesquecível por ter causado
overdose paixão, felicidade, amor…No meu livro é o amor que move os
ponteiros da vida, é a saudade que os pára ou atrasa…Se nessas palavras
escritas o tempo passa devagar ou não , isso é uma incógnita que se desfaz em
poeira …Nos livros não podemos acelerar o tempo, mas há sempre tempo, entre as
horas que passam para criar eternidades que ninguém nos pode roubar !
segunda-feira, 26 de junho de 2017
Hoje é com os olhos lavados que propago gritos secos que eclodem, rompem as
cordas vocais e a voz flui como partida em cristais que mutilam a mensagem!! São sussurros pendurados como a roupa e
abandonados num estendal à espera que o Sol chegue…É o que resta aos que as
asas não permitem voar, é esta a história
que fica escrita nas memórias de pessoas grandes. Viajo por caminhos que
cruzo em estradas onde o trânsito é palco e o anonimato é protagonista de quem
ensina a verdade sobre armários e os esqueletos dentro deles. Quem carrega o
meu e o ignora convictamente em mentiras?!
Enquanto uns brincam aos pais e às mães , outros, são balas no peito inevitáveis, gritos cheios de quereres desesperados
atacados por olhos de quem não entende o que é subir a colina…Outros os que
fingem subir em caminhadas pedestres, fluem pela escarpa da vida, têm medo de si mesmos e nos algemam a regras
impostas pela falta de Si, mesmos!!! Pela falta de amor-próprio. Fazem-nos
viver na sombra numa plateia expectante pela conquista de direitos! Eu já fui
uma pessoa que viveu na sombra! Não tenho muito a dizer acerca disso, apenas crítico,
a incapacidade de humildade e uma inveja extrema por quem está confortável fora
das gavetas convenientes, dos armários que são armaduras …O presente é um
pedaço de nada no que é uma vida, uma vida é uma mera gota no que são todas as
vidas. Hoje deixo-me ficar olhando cá do alto da serra para o Sado e vou-me
contentando com a ideia de ser corpo e alma em tudo o que construo, vou-me envergonhando com a falta de Pessoas no
meio de tanta gente…
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