Hoje levantei sem força o meu corpo do meu leito ... Abri a janela e senti o macio suavemente do sabor do vento que serpenteia em mim como neve que me rodeia, e me enfeita o olhar... Mas!! Absorvam-me! Quando eu cair em vossa rua façam da vossa terra o meu céu e do vosso céu os meus sonhos , façam-me caminhar de forma libidinosa nos vossos desejos! Colem-me o corpo selando os meus lábios aos beijos de almas e gemidos entoados no horizonte …Deixem-me soar como um alvo de suspiros que deslizam num amor que por mim foi consentido , temido, proibido, desejado. Mas!!Guardem-me num canto do vosso corpo como uma mera tatuagem indelével do ser que sou neste mundo tão meu e tão nosso, onde sabemos que os sonhos nos salvam, mas cansei-me deles, cansei-me de quase tudo , das meias perguntas, das quase que, algumas respostas…
quinta-feira, 14 de dezembro de 2017
terça-feira, 12 de dezembro de 2017
Hoje
estou naqueles dias em que as frases ficam a meio e só a comida me reconforta ou a bebida! Quando as frases ficam a meio e
a vida não nos acompanha sentimos derrota, numa batota explicita e humilhante.
Quando tropeçamos na dimensão do nosso coração, dele ter tanto para dar, subimos ao céu. Agarramos no que é
nosso e fugimos…Até uma casa que seja
acolhedora com a possibilidade de ser sempre transparente e passar
despercebida…É nesses instantes que o coração parece querer apagar-se, ao mesmo
tempo que vai desenhando as letras impacientes do silencio da exclusão
transfigurada em realidade, da mentira em verdade! Nem sempre as palavras vivem
como anjos nos lábios abandonados pelo silêncio …É um combate desigual, mas mesmo assim, qualquer que seja o desfecho, eu irei quebrar uma por uma as barreiras que me algemam ...
segunda-feira, 11 de dezembro de 2017
Hoje muitos de vocês, me procuram dilacerando e dissecando a pobre
matéria de que sou feito, outros fogem, fogem sem saber de quê e porquê!! Mas
eu sou espírito e olhos nos instrumentos imateriais que os sonhos instrumentalizam na orla da vida! Eu já fui o
sorriso de uma criança e a carícia paterna do olhar, eu já fui o gemido daquele que
corre implorando salvação, eu já fui o calor do primeiro raio de sol da manha, que traz a vida, eu já fui um o vendaval que traz as tempestades “Ana”…
Mas!! Hoje sou a beleza efémera dos momentos que vos fogem, onde fui rei nesse mundo físico sem ciência da moralidade que não se vê... Serei sempre a eterna harmonia do universo na dialéctica do Amor, da força, do Espírito que em tudo está presente. Hoje sou a lei
que governa o universo e sou equilíbrio, sou a força irresistível que
impulsiona todos os seres para ao grito intenso que entoa no horizonte, a compreensão,
até do mal, porquanto o envolvo e o limito na minha forma de estar... Hoje as
minhas mãos escrevem, na eternidade e no infinito, a história de mundos e
vidas, traçando o caminho de seres que para mim se voltam, seres que atraio com o meu olhar e que na minha luz se erguem, deixando-me a mim..Por terra!
quarta-feira, 6 de dezembro de 2017
Hoje sinto o cheiro a Natal, ah!!! Ele é como o interior de um livro, de capa robusta e dura para proteger muito bem o seu interior, tão precioso! Ele é tão precioso, que durante anos trabalhei, duro para fazer dessa capa uma imagem, bonita. Tão bonita que uma cor só não chegava, havia necessidade de mostrar na capa, o mundo colorido e feliz que borbulhava lá dentro... Tão feliz que não havia como esperar por ler e perceber essa mensagem… O Natal é como o interior de um livro. A capa este ano é simples sem adornos. Nua e crua mas!!! Verdadeira, autêntica, gasta e sem brilho! Acho que nunca vivi o Natal assim, sem dar importância às capas... Este ano o Natal é o interior do meu livro. Já não há capas que me enganem...
FELIZ NATAL A TODOS
segunda-feira, 4 de dezembro de 2017
Hoje podia dizer que a inquietude será talvez a
palavra que nos define mais como seres humanos... Ela aguça a ansiosa vontade de sentir,
penetra no desassossego, humano tornando-o um mistério de uma forma tão dramática
e intensa da busca de vida! Afinal a vida foi, é...e será sempre um
desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à nossa
vontade equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam
cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós
sejamos… Jamais bastará perceber que refletir e concluir são atos
que não podem estar confinados apenas ao reflexo do que experimentamos
sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros, caindo assim na tentação de criar
verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio
identificativo da nossa própria vontade...Não é no pensamento que geramos a realidade,
é no nosso sentimento... Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo
que foram momentos nossos, que unicamente foram ajustados apenas e só para nós próprios... Sinto sinceramente que os "meus" me
olham com alguma admiração… Olham para alguém que foi livre de escolher o seu
próprio caminho, dispensando cópias
comportamentais, de outros, mas entendendo que a partir de uma "base
experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio "ser"...
Só se vive uma vez, e se alguém me tentar roubar a originalidade, limitar as emoções, reservadas para cada momento
do resto da minha vida então, direi que não me façam emergir, não me tragam à
tona, nem despertem, prefiro ficar de novo sem respirar, inerte, sem o oxigénio
esperando as respostas vindas dos céus, aos meus desejos que somente vivo em
silêncio…
domingo, 3 de dezembro de 2017
Antes que me apedrejem e joguem meu nome na
lama, vou esclarecer que não faço apologia aos textos que escrevo, apenas
empresto as minhas dores ao mundo…partilho tristezas para devolvê-las nítidas e
intensas às palavras. Vendo socorros onde não há salvação...Por vezes doí, mas
se doí que doa para levar aos outros olhos o desmedido alívio. Antevejo amores
e suspiros que precedem encontros que descrevo em tragédias e dúvidas que
antecedem o existir. Como um mero escritor, adoço o real ainda que testemunhe
amargos. Coleciono horizontes para enfeitar as ruas sem saídas onde moro. Visto
apenas o meu tamanho não uso as dimensões das grandezas. Sou sincero às
mentiras que me contam e me encantam, mas sou amparo sobre os sonhos duma
semente, pecados angelicais de flores naufragas de céu azul. Ainda, assim sou
porta-voz das sublimes verdades que nunca alcancei, faço dos seus silêncios a
autêntica afirmação da vida. Escrevo no concreto, o abstrato. Vou esculpindo no
coração alheio e no meu próprio peito as letras tatuadas de desculpas que
ignoro de muitos e escrevo para milhares!!! A tristeza traz suas lágrimas, a
saudade seus suspiros, a felicidade sua plenitude...já o amor não precisa nem
de palavra, vive de qualquer silêncio até qualquer infinito. Ninguém fala sobre
o amor nem escreve apenas o vive , quem escreve como eu não o vive…
sexta-feira, 1 de dezembro de 2017
Hoje sei que seria tão bom conseguir arrancar algumas coisas da cabeça e ter
descanso…Bastava não pensar, e eu nesse campo sou tão complicado, penso tanto,
bastava que as lágrimas parassem e que as pessoas que andam em passos rápidos na rua se
silenciassem !O barulho sufoca-me… Tenho receio, que esse fardo pare e abra a porta da minha
casa, eu blindo-a, por isso também não
ouso abri-la. Tenho receio que os meus passos acelerem tanto, que o meu coração acabe por explodir com esse
ritmo. A culpa não é vossa... Mas imaginem, só por um bocadinho, que, acordam,
vestem-se, essa manhã parece estar um belo dia, então conseguem abrir a porta.
Depois existe um “mundo” de vozes, de pessoas,
de carros numa outra velocidade …Depois, vem o tempo, contratempos, encostam-se, choram. Estão
sozinhos, e as pernas tremem. Vem o
medo, a incerteza que nos agride… Corremos para casa mas as pernas não andam.
Telefonam a alguém mas têm medo de voltar a ligar para a vida. Desistem.
Esperam. Ficam ali, retidos, sozinhos. Agarrados a nadas. Depois vão devagar,
a cambalear. Voltam para casa. A porta fecha-se nas vossas costas com
tanta força que vos empurra para a cama. Suspiram. É seguro…Se todas as ironias
fossem
passageiras e se todos os destinos nos fossem possíveis. As palavras seriam
apenas como penas de pássaros… Liberdades. Leveza, que qualquer brisa as faria
propagar no resto do espaço. O espaço que ocupa o resto do Mundo. Subitamente, nasce
uma necessidade de seres “físico”, de
seres um cheiro, várias cores. Subitamente, toda uma necessidade de que as
Pessoas fossem só Pessoas na hora de se aproximarem. Sem pressupostos ou
supostos concretizáveis. Que todos os medos do que nos distingue, fossem
apenas musicas…Mas as musicas são apenas notas que ninguém lê e o instrumento
somos nós…Hoje estou assim!
quarta-feira, 29 de novembro de 2017
Hoje sinto que somos a luz que projecta a ilusão, quando os dedos escrevem sinto que soltam nas palavras, o pedaço da personalidade que somos e o ser que serenamente deixamos, que cubram em nós...De facto existem pedaços de dor , ausência, de paixão de carinho neste nosso mundo!!! neste mundo onde deambulamos existem pedaços de saudade , felicidade, carência , pedaços de sonhos que muitas vezes remetemos para o nosso silêncio. Todos juntos se encaixam , e nesta onda também se perdem...existe o quente e o frio, que se separam em pedaços de serenidade , verdade, realidade e ai a tristeza também tem um lugar. Existe a simplicidade e a complicação...existe o silêncio e o perdão ; existe o desejo e o desapego !!!Sempre existiu em todos nós, seres mortais, a loucura como passividade e o perfume como duvida...Mas é nos sentimentos que os pedaços são maiores pois todos juntos formam o amor e este só se torna pleno quando todos os pedaços de nós se unem e funde num só!!! Quando a alma não se alinha , as palavras ficam retidas e formam uma cascata , ficam aprisionadas ...Umas choram silêncio outras ficam aprisionadas vertendo sofrivelmente lágrimas sobre cada suspiro que nos compõe !!! E já agora sabem porquê? Porque metade de mim é silêncio e a outra metade um remoinho de sentimentos que me silencia o coração!!!
segunda-feira, 27 de novembro de 2017
Hoje
escuto! Há melodias que me chamam, mas o meu
pensamento não atua, não deixo que me levem para longe sem acordes, resta-me cerrar os lábios, levando o silêncio na voz das estrelas, que me
guia no aconchego da alma, talvez, seja por isso que fico sempre saudoso percorrendo as avenidas do meu
pensamento, procurando-me, nas esquinas do olhar onde corpos se misturam na
leveza do amor …Há beijos em mim não
selados, há sons onde as mãos de cruzam se tocam se escondem torneado a pauta
do meu corpo…Há instantes em que fechamos os olhos e a orquestra do desejo
toca sem maestro, de improviso, as musicas que os nossos sonhos compõem em
silencio! É esta a grande caminhada nocturna que faço, todos os dias sempre que
me dispo faço amor com as palavras, alimento a esperança, recolho o sumo das
palavras que me resvalam pelos dedos ensopando os meus 5 sentidos… Deixo-me
atraiçoar assim, pelo sono que me deixa
na companhia do silêncio ensurdecedor...
sexta-feira, 24 de novembro de 2017
Hoje
sinto saudades de espreitar em lugares inesperados, onde já estive e me escondi….
Há muita coisa que o tempo ainda não levou, por muito que fechemos a porta da alma,
ela fica sempre entreaberta resguardando-se do mundo, como uma cortina que separa um sonho da sua magia…Cubro-me com a ausência, dou descanso ao corpo inquieto,
limpo da pele da lembrança, das memorias esquecidas de aromas e sabores, que
ainda sinto como se espalharam outrora na pele! Eu já sonhei e quando sonhei olhei para
o espelho e o que via não era eu…Era um reflexo, de uma essência, de uma alma
imperfeita que se busca entre si, no meio de uma multidão , da sua metade
perdida nos caminhos da eternidade. Hoje sinto-me um livro inacabado, que o
universo escreveu quando eu , era só eu…
Tanta parte incompleta como eu, que enfeitiçada corre para o abstrato, nesta linha de horizonte onde o céu abraça o cosmos revivendo a sensação das brisas
perdidas, mas guardadas na alma! Somos humanos, cheios de luz, vértices de uma sintonia cósmica que tocamos , quando saciamos
a fome do corpo que os lábios num beijo perfeito desenham no alpendre do nosso
olhar…Saudades , muitas do que ainda não vivi!
quarta-feira, 22 de novembro de 2017
Hoje
acordei a meio da noite, entre as sombras do meu jardim, caminhei, deambulei
entre as árvores imponentes que me pareciam seguir, perdi-me nesse emaranhado de raízes antigas e
folhas secas, outrora derramadas no meu caminho! Mas, adormeci e quando acordei
os raios de sol eram tímidos ao tocar levemente o meu olhar, iluminando um
sonho tido nesse momento em que apaguei da noite para o dia…As minhas mãos
erguem-se , não sinto formas nem contornos de meio e fim, apenas um inexplicável calor
que me fazem derramar sentidos, paixão a cada letra que sulco, a cada virgula que me separa da noite escura! Entre letras, sonhos, abraços ilusões, construo um corpo no detalhe de cada palavra que secretamente,
metaforicamente vou colando na boca, do silêncio, que os lábios cativam
baixinho, sussurrando amor espalhado nas entrelinhas … Não é só a mim que as
palavras tocam, sei que elas se desvendam sem pudor deixando um rasto mágico perfumado
de fantasias
terça-feira, 21 de novembro de 2017
Hoje eu senti um deslizar em mim contínuo, que me envolvia e me
fazia sentir que escorregava de mim do meu conforto e me deixa ir
na intensa vontade que se passeia e ondula por todo o meu ser, me faz sonhar,
arrepiar e libertar, para além do suspiro arrebatador que me enche me
sufoca na carícia intentada do amor em forma de sonho...Eu já senti a
dor me queimando, de um fardo pesado que me cobria o peito de
chamas, pouco havia a fazer para reparar todos os danos mas quem me dera ser
muito mais novo, nessa altura tinha uma mente muito mais aberta e qualquer
subtil promessa de paixão me fazia envolver-me em fantasias que se soltavam
entre os meus dedos, fazendo-me descobrindo secretos anseios que
me tocavam num fluir de gritos surdos e ecoam nas paredes do meu
querer e do meu destino....Mas!! Parece que não vou mudar , embora o tempo vá
passando, o rio continua seco ...Acendo mais um cigarro, como se esta chama
que dele brota substitui-se o amor...
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Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...

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Hoje reflito com o pensamento de como juntar, aproximar quem se afasta, sinceramente não sei. Apenas sei que é o amor aproxima, que as div...
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Hoje fechei a porta que em círculos e cercos, fechou as margens e estancou num pântano o silêncio, consumado na pálpebra cerrada que tranco...
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Hoje até podiam sentar-se na minha cama e contar-me mentiras... Que o amor tem a forma da minha mão ou que os meus beijos são perguntas qu...