Hoje sei que a vida chega a ser curiosa quando nos leva a conhecer,
reconhecer e desconhecer pessoas…O conhecer resulta em toda conversa que começa pela
simples necessidade de ousar e faz parte da nossa essência humana, levando-nos
a quebrar o silêncio, porque por vezes ele basta para tornar alguém presente! Reconhecer
vai além! Passa a existir uma parte de nós mesmos na outra pessoa. Uma identificação que
suplanta as afinidades, que faz com que
os segundos pareçam eternos e os sonhos magia! Se no ato de conhecer, não imaginamos
como seria a vida sem essa pessoa, no reconhecer tenho a certeza, que só é
possível existir vida para explicar uma proximidade que supera o próprio
conhecimento de outro alguém…Quanto ao desconhecer, este fica no limiar da fatalidade, como um mero desencontro de caminhos ou direcções, que fazem
com que as mudanças transformem um inconfundível sorriso em apenas mais um na
multidão! Se no conhecimento e reconhecimento destacamos-lo como uma agulha no
palheiro, no desconhecer tudo é palha ! O desinteresse constrange a própria
proximidade e isso não podemos nunca evitar…Falo por mim, o conhecer é uma ânsia , o reconhecer é algo raro exige aprofundamento, cujo o risco nem todos
estão dispostos a correr …Eu sei que cada pessoa , trás para o mundo uma forma única
de olhar, muitos tentam compará-la , mas mesmo que queiramos forjar, todos temos
diferenças únicas que nos caracterizam…Todos voamos mas de maneira diferente,
mesmo que não consigamos acompanhar o voo de alguém, não podemos desistir ou
perder a imaginação, a beleza da vida está no processo que nos conduz a ela, o fim
é sempre uma consequência , e nunca a causa…
segunda-feira, 3 de setembro de 2018
quinta-feira, 30 de agosto de 2018
Hoje tenho no olhar fantasias poéticas que
outrora vivi, sempre quis viajar e desbravar o universo, mas tive de me
conformar apenas com alguns versos numa viajem interior…Cheguei querer mudar o mundo, mas apenas tive o consolo de mudar o meu …Sempre quis
aprender a tocar piano, mas apenas aprendi percussão! Juntei batidas ao invés
de teclas … Sonhei ser amado, mas, aceitei apenas amar…Sempre adorei conversar
mas, com a falta de quem me ouvisse, optei por escrever! Quis sentir
menos do que sinto, mas a minha emoção nunca parou de crescer, sempre gostei de
rir e sorrir , por não ser sempre capaz, optei por me esforçar fazer outros
sorrirem…Sempre lutei para saber qual era o meu lugar, sempre me quis
encontrar, mas hoje apenas humildemente, já me apenas aceito em
não me perder. Lutei tanto para libertar a alma
mas cheguei à conclusão que beleza existe na prisão do corpo, sendo ateu , levou-me a fazer do amor a minha única fé! Eu sempre fui assim ,
pensativo, sempre me adaptei, sempre amei escrever, sempre escrevi sentimentos
que vivi que desejei viver e outros que me soavam a algo! Escrevi e escrevo e
que seja muito claro, sempre pela com necessidade de comunicar , pela companhia, pela
fantasia, pela alma, pelo que sou, pela necessidade de falar e não ter tido quem
me tenha sabido escutar, muitas vezes apenas frases que encolhi para quem, não me leu…
.
terça-feira, 28 de agosto de 2018
Normalmente começo com o
Hoje mas, hoje começo com o ontem que é
uma lembrança e amanhã é apenas uma mera
hipótese!! Não existe dias ideais , porque bom, seria os dias serem todos especiais… Não devemos esperar certezas para
iniciar algo, as melhores invenções da vida nasceram da duvida! Ontem escrevi
para suturar feridas quando precisava,
de um colo para ficar…Quando escrevemos estruturamos a alma , para esta
ser tocada ao invés do corpo. Cada palavra enlaçasse em silêncios, que falam
dentro de nós… Como um nó de vontades, o corpo afasta-se da alma, assim como
aparência e a fantasia do ego! Quando tocamos no corpo , desenhamos sexo e este
é mecânico , já amor, é a divindade a sair dos poros …Todos nós tentamos
construir historias sem guião onde desejamos ser heróis e cavaleiros , mas!!
Somos apenas caminhantes na procissão da alma, somos apenas palavras
gastas no vale do esquecimento, remando
contra as águas dos pensamentos… somos seres de saudades , regressando envoltos
nos nevoeiros, densos , com amor amordaçado na gaiola aberta que jaz no tapete
das clemencias esquecidas das coroas de louro para os vencidos! Ontem senti o
meu corpo ceder à dor e se não fossem as minhas mãos falarem, eu diria que a
minha alma ao vento já nada sente. Se não fosse o abraço dos Deuses, eu ficaria
aqui apenas calado, a erguer os dias, sobrevoando a densa
neblina a cair no mar bravio, sentando-me nas pedras deste… Cais de silêncio…
sexta-feira, 24 de agosto de 2018
Hoje sonhei-te, senti que o meu olhar repousava junto da tua urna, na terra cor de cera
banida, da graça austera do teu túmulo,
e teu espírito que ficou neste mundo entre os homens. Nesta terra
onde nunca a tua paixão teve repouso, sinto as palavras que cintilam no sossego
dos túmulos da floresta no sono e no seu rumor, o vento esquivo fere-nos em vão,
quando as palavras já nada assassinam …Resta-me confirmar a tua semente dispersa
na grandeza que os pobres cobiçam nas montras
de ruas perdidas deste meu empedrado percorrido ao acaso…Amar este mundo
violento, ingénuo ,confuso , adolescente sem ti, é , pior que odiar, é miséria no escândalo da minha consciência …Pai , hoje, a tua alma está noutro universo,
onde não há comunicação possível ! Eu sei que nada sabemos da alma, nem da
nossa…A dos outros, é apenas olhares, gestos, palavras, suposições, meras munições nos nossos revólveres prontas a nos
fazer tombar… Entretanto vamos vestindo cancros,
trabalhando sombras, derramando lágrimas sobre cadáveres que repousam no silêncio em busca de paz! É só isso que
aqui faço, falar com um espelho secreto que reflecte pelos meus dedos , imagens múltiplas
da minha nudez , que assalta como uma tempestade num ultimo suspiro de lucidez, a timidez do meu ser…
terça-feira, 21 de agosto de 2018
Hoje reflicto sobre a coisa mais brilhante, mais subtil,
delicada e penetrante dos nossos sentimentos. Pouco importa o tempo, a ausência, a distância, as
impossibilidades...Pois, se existe "afinidade", qualquer expectativa de reencontro
retoma a ilusão…É no dialogo que este exacto ponto se perde, as afinidades deixam de existir quando se
perde a vida mediante o tempo, não há vitoria no adivinhar, do real do que é objectivo
ou subjectivo… Aquilo que é permanente é sempre passageiro se for básico,
superficial ! Eu sei , eu sei que ter afinidades hoje, é raro mas se esta
existe, não são precisos códigos verbais para se ser capaz de o manifestar.
Quanto as portas dos céus se tocam, e sentimos a dita, afinidade, é porque ela já
existia antes de qualquer “acontecimento”, afinidade vem quando se está longe,
e porque o digo? Porque sentir é algo que vem de dentro para fora, é ser comedido
e aceitar receber de dentro, anteriormente
a qualquer entendimento… Hoje sinto-me
assim, não me sinto como…Não me sinto contra…Não me sinto para… Apenas tenho um
sentimento singular , discreto, independente, que me dá vontade de escrever um
livro que fala que só podem em nós existir dois tipos de sentimentos . O amor ,
é claro … E o medo! E porque o digo, talvez porque tudo que não é amor , vira
medo …Medo de sofrer, medo de não ser entendido…Gostava de dizer como alguém, que, “ Metade de mim é amor e a outra também” , mas!!! Não posso , é medo…
segunda-feira, 20 de agosto de 2018
Hoje sinto-me sozinho, sinto o silencio correr-me nas veias, e sei, que não há controle possível para não o sentir...Por muito que me mantenha
firme , estes cigarros que vou apagando não me fazem perceber onde estou,
embora olhe para o horizonte, nada consigo vislumbrar, mas se ao menos alguém
gritasse desse horizonte e me perguntasse , perdeste o sentido e o
caminho? Eu diria , sim por favor deixa uma luz acesa para eu retomar o
caminho, por favor deixem uma luz acesa , estou farto de procurar o lugar mais
escuro para me esconder... Estou farto deste sentido, que faço eu neste
bordel de lágrimas, na orla de tantos véus, fabricando palavras nas
morgues dos céus...Sinto-me um artesão de sangue rezando de punhos cerrados
palavras brancas de medo, neste coração humano de tesouros ocultos… É no
silêncio que vou selando os meus pensamentos de esperança de sonhos e
prazeres, cujo charme se romperia de
fosse revelado…
quinta-feira, 16 de agosto de 2018
Hoje a minha casa estava
adormecida e silenciosa! Tentei distrair-me, todos os segundos em que passava
devagarinho pelas horas projectadas no meu olhar, mas o sono não vinha…Sai à rua pareceu-me ver
as estrelas a dançar, serio! Moviam-se silenciosas numa valsa que imaginei. Não
resisti ao seu brilho, eis que segui
o raio do luar que se estendia como um tapete, daqueles mágicos, onde as
estrelas pareciam crianças pulando e brincando…Mas estava só as crianças já
haviam saído…Afinal estou acordado ou a sonhar?! Talvez seja melhor deixar-me
estar , sem perceber qual é o meu estado, vou antes olhar as estrelas e
imaginar a minha Margarida e a pequena, a mais irrequieta… Ali eu estava acompanhado, podia brincar, pular, dançar… correr por entre
elas girando e sorrindo alegremente. Ergo os olhos aos céus e vejo a lua benevolente sorrir-me ternamente, sacudindo os seus braços, fazendo mil gotas cair, orvalhando a noite
serena em que parei junto dela, o tempo de tomar fôlego para mais uma descida
vertiginosa até ao “mar” que num abraço aconchegante e doce como o de uma mãe ….Saudades de vocês minhas
filhas, minhas estrelinhas… É hora de adormecer já que os meus olhos estão a
prender-se neste rosto pálido, através do silencio que encheu-se de um
gemido baixinho de dor…tão baixinho que me faz sentir que a casa continua
adormecida…
segunda-feira, 13 de agosto de 2018
Hoje o meu coração está diferente…Ele é
engraçado! Nem sei como o definir . Não pulsa apenas , pensa também…Quase
sempre enigmas do próprio sentir! Não há quem o consiga desvendar, já que
quando parece que estamos a chegar lá, ele muda seu ritmo... Há dias que bate mais para
um lado do que o outro. Deixando-me pequeno, perdido em emoções que se atropelam e toldam o
meu raciocino, ainda assim, faço uma tentativa de interpretação mas ele não me
deixa penetrar e retomar o seu ritmo... Falar desta maquina que se quer superar
ao cérebro, é quase entrar na biografia
do sentimento...e que complicado é conhecer o sentimento que nele pulsa! Gosto
tanto de viver de descobrir sentidos, também de esquecer alguns, aprender outros...Mas hoje, ele começou a
bater de um forma diferente, um compasso até aqui desconhecido. Deixou-me
intrigado e resolvi procurar onde estava o erro. Descobri que, ao contrario do
que pensava, não tinha perdido qualquer batida… Sempre soube que o meu coração
como os de todos os demais, quebram-se e
perdem algumas batidas ficando feridos e que por isso muitas vezes, não
encontram o ritmo certo, ou o mesmo ritmo de outrora. Este coração mostrou-me que
apesar da vida de altos e baixos , eu não perdi qualquer batida ...Bem pelo contrario...Tinha olhado os céus, e
este me proporcionado um mar sereno em noite de luar... Hoje pergunto-lhe com o
que sonha?...Pergunto numa tentativa de o entender... Ele me diz, que sonha com
o beijo do mar, com o toque da alma...Responde-me sem querer entrar em
pormenores...Fico em silêncio, pensando na resposta... Numa ultima tentativa de
chegar perto daquele ser misterioso que em mim pulsa mas por muito que grite eu
não o escuto…Não há dádiva maior do que a entrega de coração...
sábado, 28 de julho de 2018
terça-feira, 24 de julho de 2018
Hoje é daqueles dias em que ergo os braços ao céu e agito no ar os dedos, como se quisesse moldar o vento, criar do nada um pensamento um caminho uma verdade... Imagino na tridimensionalidade do vazio que o vendaval arrasta a forma que gostaria de lhe dar, o espaço que queria desenhar ou até a personagem que queria encarnar e viver planando nesta represa de palavras que em mim jorra de forma ininterrupta... Mas a vida não é feita de vazios moldáveis pelo simples facto de pensar, a realidade gera-se de formas, de matérias e de sonhos que nos atrevemos a sonhar, porque a mão que nos guia nos impele, nos auxilia e nos compreende, e, num rasgo de vontade, nos faz criar até de sentimentos estéreis uma vida!!! Continua a existir esperança para os que acreditam que não há limites para os horizontes, só assim a entrega incondicional dos que amam gera criação. Respeito o meu Criador, mas desafio-o constantemente, como se fosse sempre possível dar mais um passo, mesmo percebendo que o abismo está à frente. Se quiserem olhar o céu eu tenho uma escada …Fechem os olhos e subam!!!
quarta-feira, 18 de julho de 2018
Hoje sinto simplesmente falta…Falta dos sonhos que me embalaram a alma, dos
sorrisos tontos que nascem nos lábios, simplesmente porque a memoria tem dias,
que trás de volta instantes que nos enchem de magia…Sinto falta da doçura de um
beijo trocado em segredo, do toque suave de uma alma na minha, com a força com
que me faça sentir de novo vivo… Sinto falta das horas em que o mundo parece
não mais existir…porque nada mais interessa no mundo…Hoje sinto falta das palavras, por isso
escrevo-as, nos silêncios do meu coração, que a ausência imposta me rouba da
razão…Sinto falta daquela ilusão, que nos faz voar por caminhos desconhecidos,
por retalhos de uma vida que poderia ter sido! Sinto falta das fantasias, das
historias de encantar , onde eu podia ser quem quisesse…Até aquilo que nunca
fui…Dono do meu coração! Sinto falta daquelas horas em que, era capaz de irradiar,
palavras de alma aberta onde me iluminava
para que nada fosse escondido, nesta perfeita imperfeição que é ser eu mesmo ,
no sonho da entrega inconsequente …Sinto falta de tantas coisas que chego á
conclusão que nunca foram minhas…
segunda-feira, 16 de julho de 2018
Hoje percorri as linhas imperfeitas do meu
ser, inventando sorrisos nas pontas dos dedos…Encontrei o que não queria mostrar…O que não queria ver… Descobri numa alma quebrada as cicatrizes
sulcadas pelos medos…Muitas!! Todos temos historias, que desenhamos, pintando com palavras coloridas, nas telas, as emoções que outrora sentimos, sonhamos, com cores do arco-íris que disfarçaram e esconderam as feridas…Mas dos sonhos também se acorda, e com toda a clareza pudemos enfim ver…as historias nascidas em nós, são desejos tatuados na imperfeição do noso ser…Hoje gostava levantar as
barreiras da razão, definir as palavras proibidas, no conforto das estrelas aquecidas, onde o mar repousa em cachos de espuma desconhecidos que se cruzam na
margem paralela do caminho de dias por acontecer… Quantas vezes parei e escutei
o silêncio que se faz de uma voz calada… Quantas vezes deixei nas palavras sem
nexo, estremecer o meu grito abafado, que,
suplicava que a noite viesse silenciar no seu vestido de
escuridão, para que nem o olhar, se atrevesse a despir a sua emoção escondida dos caminhos que
tracei pelo meu corpo ausente… Já escrevi rimas e loucuras , que incendeiam
a pele, mas hoje apenas saciarei a sede dos meus lábios sem a suavidade do
sabor da nostalgia do Outono, ou do Calor de um dia de verão, e sem o pequeno arrepio que percorre a alma
como nos dias frios de inverno…
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Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...

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