Hoje venho-vos dizer que tudo que temos de bom escondemos! A ternura, o encantamento, o agrado em ver, acariciar, em cooperar, a gentileza, a alegria, o romantismo, doçura a poesia no olhar, sobretudo os sentimentos. Para mim nem tudo tem de ser sério, respeitável, comedido, fúnebre, chato, restritivo, contido, sofrido...O sistema sentimental é sem duvida a máquina mais complexa e neuro-mecânica do Universo conhecido por nós humanos, de que vale meditar sem saber estar... Eu sinto-me uma metamorfose ambulante, acredito em todas as velas acesas neste mundo despido, sei que elas porém se irão derreter até se extinguirem ...A vida umas vezes nos prepara, outras nos arma, e algumas das vezes nos desarma, fazendo cair a nossa guarda... Há quem diga que o tempo está sempre a favor das nossas escolhas e do nosso ritmo, mas isso serve apenas como consolo para um coração já cansado.. Desgastado! tantas vezes o coração sai pela boca, parece ter sido engolido desatando o nó na garganta, dilacerando, cortando, impiedosamente o que nos resta... .Não sei quem inventou essa coisa de amor, mas ele é baseado na reciprocidade. Mas muitas vezes essa é a receita da solidão, nunca recebemos o que damos, nem damos o que recebemos….Amar não é retribuir, é entregar sempre! Independente do que tenha sido recebido, amar é devolver o bem em dobro, em doses imensas, até paralisar , amar é paralisar, Paralisar o medo, a insegurança e ser forte a ponto de não se importar se vai ser retribuído... Se não é assim, não é amor, é qualquer sentimento que conforta o coração mas não é o amor! Estar sozinho é, muitas vezes, querer abandonarmo-nos e eu fui obrigado a abandonar-me...Com letras de sangue, coração sem cor e alma sem forma!
quarta-feira, 27 de janeiro de 2021
sábado, 23 de janeiro de 2021
Hoje a palavra tarda, arde no olhar que se vai gretando na dureza da vida ao contorcer-se nos gestos invisíveis do olhar, que perscruta no infinito da suplica ardente … Uma coisa eu tenho a certeza os sentimentos percorrem o voo dos audazes sempre que a inquietude dos apressados entrecruzam as mãos, e estas repousam na mesa das vaidades! Há gestos que se desencontram, como se aninhassem as suas pontas, como se ficassem enclausurados na teia das palavras, eles impelem-se , abraçam-se , porque uma folha pode não ser apenas uma folha, pode ser parte de uma árvore, pode ser pedaço de um pensamento, é nessa pequena e profunda ravina que deixo resvalar o pequeno eclodir que em mim brota em flor, …O voo da palavras atravessa relâmpagos , sombras , que planam nas escarpas que os muros impenetráveis devoram na voz do silêncio. Mas!! É no silencio que podemos escutar, o vento, falar com as estrelas, com o por do sol, com os jardins solitários em que apenas o teu olhar edificou, por isso peço-te a ti que olhes pela minha pequenota, neste silêncio que adensa, e que nem sempre é lúcido., só ele faz retração do orgulho ferido, do preconceito dos sonhos renunciado todas as palavras que já desenhei…Hoje a duvida está na sociedade em tudo o que respira , em tudo mas será possível escrever uma mensagem de amor onde o afeto não se deixe adormecer pelo coração vencido, pela luzente fantasia escurecida que cede aos desalentos ? É que a desilusão procura os porquês na suposta falência de um talvez, só o eco da saudade consegue soltar os vértices da imaginação dos desígnios que esfriam o coração ...Todos nós somos feitos do mesmo tecido que os sonhos são feitos, mas só alguns o vestem! Quando estamos apenas sobrevivendo, não temos forma de sonhar...
domingo, 17 de janeiro de 2021
Hoje, vamos todos parar os relógios, sentir como as luzes nos vão invadir o olhar, sim , o fim de semana já vai desaparecendo , apercebo-me apenas olhando para o café na minha mão que reflete o cair do sol…O meu olhar ficou retido nos passos de uma vida que me deixou sozinho como se o mundo tivesse desaparecido! Vou ficar aqui em silencio té que a escuridão volte a clarear, o dia la fora esta mudando, como se uma nova dimensão estivesse a compor-se , a noção do tempo fosse perdida até ao simples esquecimento a que a vida nos condena! Hoje não tenho pena de mim mesmo, sorrio do desgosto, fujo do próprio sofrimentos deixando o tempo tremular nas minhas mãos ao escrever o pressagio da vida … Escuto a memoria derradeira, que se adensa após o fim de uma caminhada , será Que o que escrevo vos incomoda? Seja como for não poderei recuar , com tantos sorrisos também por ai, porque razão haveriam de escolher o meu! É que me faltam pedaços que até eu desconheço… Não sei como eles são, nem o que significam, muito menos quando foram tirados de mim. Formam-me amputados num tempo que memória já não alcança , deixando-me ficar ali, dento desse lugar onde nunca ninguém esteve, no sopro que existe entre o agora e o depois…Esse Vácuo cujos ecos tecem ressonâncias, sempre existi-o, escutem esses desencaixes de mim , eu não me fechei apenas mudei…O que é o Amor para vocês? Eu sei bem o que ele é! E também sei que só abro a porta da minha vida para visitas, o amor só acontece quando sabemos que essa pessoa será a primeira a estender a mão quando cairmos e também será a primeira nos abraçar quando venceremos...Amor!! È saber que se o mundo inteiro quiser te ferir, essa pessoa, vai preferir suportar a dor junto contigo e não, simplesmente fugir. É ter a certeza de que você terá coragem o bastante para fazer o mesmo por ela. Por isso eu digo que mudei, porque menos que isso não é o suficiente para me fazer ficar.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2021
Hoje sei que ser estrela não é só brilhar, ser um comenta não é só viajar por isso escrevo, sou parte do que sinto, sou sombra sem medo, sou chuva molhada, sou como me imaginam , sou como me descrevo, sou paixão e emoção, uma rima inacabada, sou metade de mim , sou cansaço, sou a fome do querer, sou o deserto sem água, sou o dia sem partida, uma manhã ensolarada, sou um crime cometido, um desejo consentido, uma noite enluarada, sou o sonho, sou tudo e sou nada, sou a verdade expressiva, uma frase censurada, sou o poema de amor, sou o mistério, sou o limite, sou uma alma desnudada!!!Sou alguém que se pode derramar em palavras até que a chuva lave das ruas um rasto, até que a vida apague uma tatuagem do peito, até que a luz se canse de brilhar e deixe a noite vigorar …Hoje sei que em meus sonhos, tenho o dia e a noite sempre de mãos dadas !! É como se até nos sonhos precisassem de estar juntos…Adormeço mais uma vez e ai levo comigo de mão dada , os pedaços de sonhos inacabados, sorrisos e ensinamentos partilhados, para que nenhum caminho que faça, mesmo o que acontece por dentro do meu inconsciente, se faça sem ti meu querido Pai….Saudades tuas...
domingo, 10 de janeiro de 2021
Hoje , sinto-me próximo do longe, que embaciou os céus , enquanto tento procurar o caminho de regresso a casa...Sinto que nesta noite desci dos céus carregando nas asas a humidade da noite fria que se instalou, deixando em mim a vontade de ser uma ave, pairando no desejo de ser vento… Não sei porque para aqui vim, mas fui arrastado pela corrente, deste corpo ausente, seguindo o curso deste trajeto infinito como um viajante que volta pouco a pouco, num regresso que é silencioso. Já alguns dias que não ousava escrever, mas hoje sinto essa necessidade, sinto que ando acompanhado, mas sinto-me muito só…poderia até contextualizar, falar desta solidão acompanhada, porque opto por ela! Sinto-me acompanhado por mim mesmo, como se tivesse uma amizade colorida comigo mesmo…É que só assim viajo por outros sítios, e desfaço alguns equívocos…Interrogo-me tantas vezes se o que escrevo é amor, talvez seja a única forma de amar que sei, não sei! Acabo por tomar opções que me ferem a mim mesmo, mas que me farão crescer como humano, entretanto escrevo este amor que se projeta de mim e me invade as dúvidas, umas vezes fazendo sentido e outras não! Escrevo o amor que é, e o que não é amor, talvez seja uma tentativa, um embrião que não deixa de merecer ser escrito… Escrevo o amor que me faz persistir, me dá alento, escrevo, o amor enquanto tiver tempo e qualquer que seja o amor, porque o tempo urge em mim, se pudesse segurar-me-ia nas pontas de um mero segundo de vida...
segunda-feira, 4 de janeiro de 2021
Hoje desafio as sombras no silêncio de mais uma noite onde, há versos nos meus dedos que se diluem no tempo... há o ontem, o hoje e expressões sem rosto de um amanhã… Hoje em mim abre-se uma imprecisa fenda e no sóbrio fulgor do amanhã é o mar que me abraça, e as suas raízes que prendem-me à terra… Elas não falam, mas empurram-me nas sombras. Sustenho os meus gritos, e como uma árvore , crescem-me os braços, onde há dor nesse silêncio de tantas luas, onde o sangue pesa-me no corpo, e , fervilha como a cal ardente, rebentando as folhas que cobrem os meus galhos… Hoje a boca acordou seca com palavras meias loucas que suportam o fogo ardente da mão inundada e listrada de tanto desenhar os sonhos…Mas acordo e a manhã apaga os passos do silêncio únicos da presença de um rosto, uma sombra triste e frágil esboçada na ânsia do sono… Continuo com sede e quebro as palavras que cantam no eco de um tempo sem nomes. Não posso aceitar apenas uma imagem desfocada de um corpo indefeso nem a música que grita no teu peito enquanto neva no inferno da minha alma caminho sobre cal caída das paredes sujas de palavras…É um fascínio sonhar!!
quarta-feira, 30 de dezembro de 2020
Hoje e agora os meus olhos tremulam na escuridão, desmaiando na noite que cerrou, e embaciou os céus , enquanto a maresia envolveu-se nas águas paradas onde a concha que me encerra , me abandona em troca de grãos de areia que sem alma se vão arrastando pelas margens … Estas águas espelhadas, não refletem em mim as vozes, os risos, os minutos, que o mundo desenha…Meus ouvidos pousam na noite dormente , como uma ave refém, na escuta dos batidos distantes dos passos que caminham no escuro sem alma, são estes os viajantes que voltam pouco a pouco, num regresso que é um poço onde jazem muitas historias. Uma arvore que tem muitos frutos, um mar de muitas ondas, um silêncio com muitos gritos, um céu de muitas nuvens, um coração de muitas explosões …Um regresso é sempre um poço de solidões! Há que diga que é um dom, ou um talento, mas eu apenas desejo me expressar e quando não escrevo , sinto-me completamente vazio…SE me falta a inspiração , emocionalmente me fragmento , fico sem chão, se falo de amor e paixão é porque isso me preenche o coração! Sinto-me carente quando não escrevo, e o que escrevo é puramente humano, somos emocionais e cada palavra é um puco de paixão que vivo…É nas palavras que vou bordando a magia que o tempo me roubou, é nesse momento que a ampulheta do tempo me faz desfazer os contratempos…Se ao menos eu conseguisse dizer numa só palavras o como pode ser grandioso sussurrar nas asas do vento, eu então refletir-me-ia na luminescência do luar não pelas palavras sucintas que muda o tempo mas antes pelas que mudem o mundo! Quando escrevo sinto que estou em queda livre, é ai que me vou segurando a tudo o que acho seguro, rejeitando a estrada que não me leva a lado nenhum ... Vou rejeitando esse caminho , escutando os trovões , gritando com eles como se esse fosse o meu ultimo suspiro, vou colocar a minha armadura e enfrentar esse novo ano que me deixa suspenso! Estas são as palavras amedrontadas que hoje chega até mim, são tão precisas que morrem como estrelas na nudez das minhas mãos...Que o foco do seu final ilumine esta avidez...
segunda-feira, 28 de dezembro de 2020
Hoje é o caminho ruidoso que descarrila sobre os nossos sentidos e que os leva a lado nenhum...Este é um artifício criado por uma necessidade de disfarçar o vazio permanente. Assim, no decorrer de dias cinzentos e frios, escondemo-nos as horas planeadas, numa ansiedade medonha. Fingimos sorrisos e abraçamos o nada, aquele que nos une a uma vida que esquecemos um dia numa qualquer esquina labiríntica do passado. Perdemos a autenticidade e vivemos por entre o ruído e a pressa, esquecendo que a paz pode haver no silêncio...Só essa paz, tranquilidade interior, nos pode alimentar o espírito, devolver aquele sorriso náufrago de verdade e fazer de nós pessoas melhores a cada novo amanhecer. Nesta acrobacia veloz, em que se procura um equilíbrio saudável entre o ser e o estar, somos forçados a estabelecer prioridades, a destronar o superficial e o momentâneo. Coloca-se-nos o de sermos maiores do que a própria existência e levitarmos acima de tudo o que é circunstancial. O desafio de não nos deixarmos corromper pelo tempo e pelo desgaste da escuridão que por vezes se instala. O desafio de conseguir sentir a felicidade nas secas migalhas dos dias. Nesse momento seremos muralhas superiores ao próprio tempo e espaço. São breves os momentos que nos anexam à vida que tantas vezes rasuramos sem pensar que o amanhã pode nem sequer existir mais...
quinta-feira, 24 de dezembro de 2020
Hoje penso que é quase impossível definir o amor de uma forma mais precisa, é obvio que concordarmos de que se trata de um desejo, ardente de vermos a pessoa que gostamos feliz, independente de circunstâncias que nos são impostas serem ou não as mais favoráveis ! Daí tratar-se do mais sublime sentimento , já que não visamos recompensa alguma. Gostamos e pronto! É ai que a poesia se difunde como uma voz da alma no seu tom mais audível. Gostava que percebessem que um começo afetivo até pode durar uma eternidade, mas para isso acontecer esse amor, essa paixão, essa verdade tem de ser grandiosa para costurar as cicatrizes de uma vivência anterior que se tenha transformado numa mera etapa de um percurso…Acredito que quanto mais honestos sejamos, mais fineza usaremos no trato mutuo e é isso, que une a mais admirável voz do caracter para com o próximo. Há quem diga que sou estranho, acredito que são os deuses que aproximam os seres uns dos outros, assim como são os rastos de luz que me fazem escrever as brisas que me vão sussurrando nas mãos e me fazem derramar os sentimentos das intenções mais iluminadas ! Amar é um privilégio e um constante aprendizado indivisível que entra em forma de luz nos corações , gerando a paz e a harmonia…Uma vivência de Luta em todos os sentidos, que esculpe as ações mais justas e peneira a rudez e o egoísmo um feliz Natal
sexta-feira, 18 de dezembro de 2020
Hoje os Pés andam , nus sobre o asfalto, assolado pelos vendavais, que refletem os cabelos ao vento no silencio agonizante dos mortais. Estende-se ao longe uma luz de sonho, como um manto envolto pela desarmonia …Sacudida a espera lenta pelo sopro da certeza, firma-se os pés na clareza do caminho que se abre retilíneo traçado pelo esquadro do destino em passos descompassados de declínio! Talvez o mundo esteja a fazer o pino e por sua vez corra com a maré-cheia. Isto tudo revela a dança da lua, louca e breve, onde se junta o sol encoberto no meu olhar, abandonado à sua sorte …Quero caminhar de vagar, muito devagar, sem pressa , sem meta, somente andando no ritmo que a escuridão impera! Tenho vontade de andar de vagar, sem embaraçar, sem pensar na vida, sem pensar na dor, apenas sonhar e voar…Em Janeiro já há saldos, quanto custará a felicidade? Um montão de sacrifícios certamente, e amargura…Quanto custará a felicidade, uma vida? Um Caminho? Um olhar? Apetece caminhar devagar, somente com a minha alma lado a lado, só esta hoje me escuta enquanto o meu coração bate por fechar os olhos a esta luta…
sábado, 12 de dezembro de 2020
Sei que já houve um tempo, em que as minhas asas foram vento, em que os meus silêncios foram canto de embalar e que vos elevaram a alma e vos fizeram sonhar. Nesse momento, a minha essência libertou-se, abandonou o corpo à sua sorte e ergueu-se no infinito céu onde busco uma estrela nesta noite profunda sem fim. Lembrem-se dos mundos distantes que percorremos nessas viagens deambulantes onde misturamos as cores do arco-íris para pintar as histórias acabadas de sonhar, em tintas frescas que repousavam sobre as telas deste mundo de encantar que tanto sonhamos... Esses eram tempos em que a vida tinha as suas ambiguidades, em que entre muitos de nós não haviam saudades porque sempre nos fundíamos num só corpo, numa só brisa, nesse instante dilacerante que o mundo nos fez passar de noite a dia. É deste alimento que vivo, neste vácuo constante onde me fecho, onde oro, e choro o sal das minhas lágrimas em poemas dessincronizados, desprovidos de fragrâncias. Um dia hei-de voar de novo, por entre os destroços do meu corpo, feito sopro de vida que se ergue do abismo sobre uma praia sem espírito. Estou farto de ser ilusão, esperança e mensagem , deixei de sentir o meu coração, quero alimentar alma com a vontade de seguir a diante, de ser gente e viver o que vida me deixou para os últimos dias ...Não podia por aqui passar sem rasto deixar... olhem parta trás e vejam o que eu deixei !!!
quinta-feira, 3 de dezembro de 2020
Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...

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Hoje reflito com o pensamento de como juntar, aproximar quem se afasta, sinceramente não sei. Apenas sei que é o amor aproxima, que as div...
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Hoje fechei a porta que em círculos e cercos, fechou as margens e estancou num pântano o silêncio, consumado na pálpebra cerrada que tranco...
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Hoje até podiam sentar-se na minha cama e contar-me mentiras... Que o amor tem a forma da minha mão ou que os meus beijos são perguntas qu...