segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Hoje de noite tive um pesadelo! Ao despertar apenas ouvi silêncio. Era muito mais que a ausência de sons. Era profundo, apertava cá dentro como um mau “agoiro”.  Levantei-me lentamente e dirigi-me à janela. Lá fora as ruas estavam repletas de gente de braços abertos e mãos estendidas, a olhar o céu! Pareciam estátuas, ninguém se mexia nem falava. Os carros não circulavam, as fábricas não produziam, o mundo inteiro havia  simplesmente parado e toda a humanidade estava deambulando  na rua de braços erguidos e mãos estendidas, a ver o céu. Saí à rua descalço, o silêncio incomodava mais do que o frio, que se fazia sentir…. Era difícil caminhar com aquele aglomerado de gente. Acabei por andar pouco parei fiquei confuso, tentei perguntar, aos outros o que se passava,  mas da minha boca não saía um único som! Por mais que abrisse e fechasse a boca, apenas saia silêncio! Comecei a sentir os pés molhados. Rapidamente aquela água que escorria pelas ruas parecia um rio, que nascia aos nossos pés. Foi então que reparei que todos choravam, silenciosamente, sem desviar o olhar do céu. Elevei o meu olhar e as lágrimas brotaram também dos meus olhos. O mundo havia mergulhado naquele silêncio triste, sem palavras, ninguém conseguia explicar a razão para o céu ter cerrado e ficado encoberto com uma nuvem gigante e dela caíam milhares de sonhos mortos por haver Abri os braços e estendi também as minhas mãos, que a pouco e pouco ficaram cheias deles...Quando acordei, tentei escrever o sonho imediatamente, para tentar não me esquecer dele. Acordei incomodado! Percebem o meu silencio, prefiro deixar aqui o meu olhar no infinito à espera que chegue o futuro e uma nova estrada da vida, que erga a intimidade da minha voz no eco de um sonho…

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