quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Hoje  há nevoeiro, o dia acordou  cego, na minha Rua as pessoas andam estranhas, de costas viradas para o caminho. Tropeçam, caem e levantam-se, sem nunca tirar os olhos da imagem desfocada deste dia, que lhes atraiçoa o  percurso…Que profunda  cegueira, não se distinguem os passos que dão, mas cada vez estão mais longe uns dos outros, separados por mais muros de betão. Coleccionam mentiras e desapego, as suas únicas verdade penduram-nas nas janelas, como se fossem cortinas!!! Não há flores. Está frio. Mais lá dentro do que cá fora. Há cegueira e frieza na minha rua. Só os gatos dizem bom dia.  Ainda há pouco um enroscou-se nas minhas pernas. Trazia uma chapa  pendurada ao pescoço que dizia  quero o meu dono…Há em muitos de nós uma alma que chamo , alma dos “diferentes” que é feita de luz, onde  estrelas sem morada , deslumbrantes ,  vivem guardadas para aqueles poucos capazes de sentir e entender!! Nessas moradas há tesouros de ternura humana dos quais só os “diferentes” são capazes de valorizar… Meus amigos não mexam com o amor de um “diferente” a não ser que sejam suficientemente fortes para o viver…

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