domingo, 15 de janeiro de 2017

Hoje fiquei com um gosto amargo na boca, perdi-me de ti na chegada... Mas que sonho este... Cheguei a um vazio revestido de pele, a isto a que chamam de vida...Que crueldade construir casas que não habitamos, plantar flores em jardins onde não nos passeámos!  Há dias que precisamos vestir  de ausências e de silêncios, desde onde me chegam os ecos da angústia de outras vidas. Há muito que não estava tão perto de alguém,  sonhei  escutar  passos a caminhar para mim , mas que idade  terão as almas? Quantos regressos somam na procura? Quantas vezes se cruzam e reconhecem,  os olhares vazios que se perdem nos ponteiros do tempo, neste mar profundo que separa a honestidade da hostilidade... Deixo a ilusão de ainda ser cedo...sempre cedo... E é tão tarde para tudo menos  para a noite, onde sempre te sonho...Nas dobras da pele , passearei o teu nome nos meandros de todos os poemas onde te irei fazer matéria para te poder tocar e sentir num único lugar que te tenho... Mas tenho de confessar que não quero confiar em alguém e depois descobrir que não mereciam a minha confiança, odeio a mentira, e o que mais odeio é sonhar e acordar a meio do sonho!

1 comentário:

  1. Sinto algum desalento nas suas palavras ... Na realidade a confiança perdida é difícil de recuperar! Ela não cresce como as unhas ela é inata. Todos os que perdem a nossa confiança , deixam de ter alguma coisa mais a perder connosco . Podemos perdoar mas não esquecemos .

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