quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Hoje posso apenas dizer que perdi a pressa de tudo, não tenho pressa de nada… Assim como o sol e lua não o tem! Mesmo que quisesse, jamais conseguiria andar mais depressa do que as pernas que tenho. Mesmo que onde queira estar seja longe, nunca lá estarei num momento. Não trago o sol nem a lua na algibeira, não pretendo conquistar mundos apenas porque dormi mal, nem tão pouco, almoçar o mundo por causa da fome… Não tenho pressa. Pressa de quê? Não tenho pressa de correr em passadas largas, de dar um pulo, para apenas saltar por cima da sombra…Não tenho pressa, se estendo o meu braço, chego exactamente aonde o meu braço chega , nem um centímetro mais que isso! Toco só aonde toco, não onde penso…Só me resta saborear onde estou, e isto faz-me rir e sentir-me …Mas!!! O que me faz rir a valer é, nós pensamos sempre noutra coisa… Somos vadios do nosso próprio corpo ! Estamos sempre fora dele porque estamos aqui, onde as paredes choram, as ausências feitas neste caminho de espinhos por onde caminhamos . Já não existe pressa, na nossa porta corre rios de sangue onde todas as noites afogamos os sentimentos… Eu não sabia que podíamos morrer tantas vezes nesta vida!


1 comentário:

  1. Vejo que não tem pressa de nada, espero que vá partilhando a sua escrita, os seus silêncios que me encantam muito. Adorei

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