domingo, 8 de maio de 2022

Hoje sinto que guardo numa mão, o tempo por abrir, na outra fechada,  o tempo esquecido,  confesso, que tem dias que homicídio o vazio violentando as palavras, ameaço a serenidade com um olhar carente, confesso…Confesso que violo o sigilo do coração, furtando a inspiração da alma num puxão de sonho, confesso…Confesso, que difamo a verdade tratando-a como um sonho injuriando-a sem acentos, sem pontuação…Confesso que não tenho sido criminoso, apenas tenho gasto as palavras , varrendo-as em segredos, caminhos , sonhos que dispo como um livro desfolhado, de folhas amarrotadas de tanto ser aberto e fechado…Não tenham medo! Deixem essa curiosidade de o abrir! Enganem também o silêncio, tentem apenas com as palavras, escritas em gomos, sussurrar a verdade que se aloja na vontade de falar…Há muito que esqueci o rumor  desse significado, Mas!! Confesso… Já quis ser palavra , mas perdi o seu significado na rebelião das marés onde a corrente da dúvida despiu o horizonte da ansiedade, sigo na cegueira das noites em que o meu corpo se fez vosso na sombra ... Hoje é um dos dias em que as paredes, que se vão adensado desfocam a saída….Mas!! Sei que te amo de forma perfeita, que do meu coração, quero que saia  faíscas de amor , que o teu sorriso brilhe como brilha uma flor num novo amanhecer!  Sei que um dia serei teu de uma forma inteira, que o meu coração te saberá entender e amar e por ti acalmará, e será de amor único que as tuas lágrimas serão como água de uma ribeira, puras e límpidas, molharão as pedras do altar onde seremos uno por inteiro. Procurei-te a vida inteira, obrigado por me ajudares a encontrar te.



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