Hoje segui o teu rio, essa frescura no teu olhar que se transmite pelas mãos, levando-me para longe onde os ecos da tua voz, se fazem sussurros em forma de sorrisos. Nada nos espera no submundo mas juntos podemos caminhar sobre a terra e fazer do amor a nossa unidade. A vida há muito que passou pelo silêncio do tempo, esse culto de ética hipócrita onde as almas se desnudam em buscas dos deuses … Não sei nem consigo ser hipócrita por muito que me remeta ao silencio das luas eu sei desfalecer também ao sol com o estremecer das estrelas, elas amam-se no anonimato sedutor do feitiço da noite como as bruxas , sussurrando a respiração no murmúrio da mutuação das sombras e do sono… Hoje está uma neblina noturna, com uma textura sombria que me envolve no misterioso aroma das trevas que se faz extramente belo como se caísse dos céus flocos de neve e suavemente tocassem a minha pele e me beijassem como um raio de sol! Posso escutar-te em tudo, como quem escuta a melodia dos búzios , posso tocar-me como se os meus olhos tivessem mãos, posso sentir-te como se o orvalho regasse o meu coração, posso ver -te nascer como se fosses a mais doce aurora. Não quero que te vás, fica nem que seja até a lua chegar ao meu deserto, deixa as tuas cores inundar de luz esta terra onde o ódio não tem lugar e o amor gera as marés até ao arco-íris , deixa-me ler a tua historia e com a cegueira que o amor gera, deixa-me compor a historia onde só o coração possa traduzir o compasso dos silêncios que a as estrelas desenham no olhar longínquo das sombras que ressoam nas paredes do meu olhar… Hoje falo de ti nas palavras improvisadas, este festim em chamas, como que estabelece o limite dos nossos corpos na insónia perfeita da musicalidade da ternura , caricias que os meus dedos dormentes percorrem enquanto repousas em mim. Chamo-te ao equinócio do meu olhar com a primavera no peito, na lucidez embriagante , inquietante que sempre sinto nem que seja apenas com o meu olhar. Ainda não acordei deste sonho que me deixou suspenso no teu olhar, esse adoçante da alma com cheiro a canela, revestido das tâmaras da tua pele incandescente, polpa despida e mansamente tomada pela brisa do amor. Cada Brisa que o mar projeta em mim, acrescenta-me a saudade da lembrança das nossas mãos sobrepostas, junta-las foi o meu maior desejo, e olhando aqui na janela do amor, agora que as juntamos quero-te em todas as circunstancias da minha personalidade .
terça-feira, 17 de maio de 2022
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