sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Hoje sei que mesmo que haja um oceano entre pessoas, elas vivem amarradas em nós em todos os segundos que o tempo subtrai na ampulheta da vida...Isto porque, há pessoas, que apenas passam por nós, mas outras passam e ficam para sempre! Há tanta coisa  vivida, tanta coisa perdida, que os sonhos que desvaneceram renascem sempre com um perfume inebriante, do aconchego da lua cheia que ilumina a Alma. Acredito nas palavras que não precisam ser ditas e nos  silenciam...Que gritam...Que sussurram...Ainda que duma forma multifacetada,  escondendo , revelando,  poemas que vivemos, nas sobras que em nós residem, de cacos, palavras, olhares, gestos, toques que nos fazem acreditar que há alguém do outro lado do espelho que nos reflete. Todos temos memórias, na arca das lembranças e quando a saudade aperta , só a sufocamos com a razão, porque ela também nos abraça, preenchendo-nos de cores, retirando-nos a cortina do luar, que a mim me faz suspirar diante desta lua cheia que parece trazer o teu perfume enfeitiçando-me com o seu mistério que o tempo na ampulheta do destino faz deslizar. Hoje escrevemos a nossa história, que escolhemos do lado dos sonhos, e eu , sinto falta do teu olhar, da tua voz que desaparece nas sombras do amanhecer…Escorrem-me do olhar a gotas de luz que reluzem do teu sorriso, e a vida é demasiado sabia para mim! Mas há que tentar viver para não sucumbir na apatia, por isso corremos riscos, perdemo-nos de nós mesmos, e por impulso o precipício fica-nos de frente… o mundo Roda e a sua rotação parece ser fictícia , estamos no mesmo lugar … A acomodação e letargia suplanta-nos, os sonhos caem , e acabamos por aceitar viver no desamor dos dias… Recuso-me a abrir os olhos se estes se embaçarem pelas lagrimas, quero reconstruir, entrar na metamorfose  que reconverter os cacos em mosaicos , sólidos, porque tudo tem o seu tempo  e eu recuso-me a caminhar descalço sobre aridez dos cacos devolutos que os caminhos espalharam pelas ruelas… As palavras tropeçam segundos dentro das horas, engolindo os minutos, o calendário do tempo escreve a saudade nas nuvens do olhar…Há dias assim,  a madrugada acorda-nos de um sonho , os olhos apalpam a escuridão, as mãos desenham vazios, na noite que já vai nua com os olhos posto na lua que se reflete na sede dos versos…Hoje carrego-te na palma das minhas mãos , chamo-te eternidade que carregarei sempre com o teu nome no meu olhar. 

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.

Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...