sexta-feira, 24 de novembro de 2023
Hoje assumo que não sinto poderes mágicos, sim aqueles que nos libertam da desmesura do frio dos novos trechos onde desenhamos as palavras desconexas. Busco frases de algodão onde o sentido se desfie do gume afiado que dilacerou um dia nas minhas palavras o derrame dos sentidos… Não me sinto vencido pela surdez do gotejar de palavras proferidas dentro de água, tudo que existe serve para construirmos a nossa fortaleza, até os frutos das arvores desmaiadas nos dão o que a vida nos pede a nós próprios enquanto humanos … Todos temos queixumes, não podemos todos habitar no Edam, sempre houve o bom e o mau e umas vezes sobrevivemos outras não! Não invento sorrisos de hipocrisia nem de faz de conta, não fabrico o meu ser nem deixo que o confundam com este espectro que alguns cultivam, poro a poro, prefiro ter mais dor mas mais vida de verdade, abomino aqueles que dizem ser o que não são, mentem tanto aos outros como a si próprios … Hoje queria mesmo era escrever uma carta de amor, e nela dizer o quanto te anseio e quanto receio te perder, esse sim é um mal indefinido que persegue os humanos, gerando saudade, lembranças, sentimentos doces dos carinhos, dos beijos selados, da sombra que projetamos na rua … A vida se renova a cada dia, contudo é mais no silencio e na ausência que ela se figura e falsearei se não afirmar que é nas palavras que me escudo, mesmo que vá suspirando pelo embriago de distancias, é na sua continuidade que me deparo sempre, ela me ampara nas noites mal dormidas, nas luas eclipsadas que reluz a luz do meu interior…Hoje há cometas que deixam rastos, e nos vestem apropriadamente para o ritmo que nos embala o foco do pensamento e é nesse invadir, que nos ridicularizamos em escritos que nos espelham e nos fazem expor os sentimentos contidos do descuido das aparências que nos protegem! De ti , jamais esconderei o meu olhar, porque é ele que mostra o que tenho para oferecer, e que desejo viver… Eu sei que tenho tendência a me sentir vulnerável. Medo de me expor à dor. Medo de se sentir desprotegido diante das adversidades. Todos criamos uma concha, com muito esforço e cuidado. Verificamos se não cai, se não quebra e, acima de tudo, acrescentamos camadas dia após dia. Até quando menos esperamos, alguém aparece. Alguém disposto anos separar de todo esse trabalho que tivemos. Uma pessoa que está pronta para remover camada por camada, para te deixar exposto... Exposto a sofrer, exposto a ser magoado. Mas também exposto a ser amado. Exposto a sentir. É um estado de alma estranho porque nos deixa felizes e ao mesmo tempo com muito medo... Medo da possibilidade de destruir os sentimentos novamente... Todos os dias entregamos um pouco...um pouco mais... até arriscar e dar tudo! Abrimos ou coração e de repente.. quase sem perceber... Permimimos não ter o controle dele. Eé ai que nos tornamos vulneraveis por não saber se esse alguém cuidará como nós do nosso coração! Ao arriscar, encontramos pessoas que valem muito, e que te lembram, com detalhes, que você também vale. Pessoas que com um beijo param o tempo por nós. Isso faz-nos esquecer, por alguns segundos, que existe um mundo exterior. Que com um abraço te façam sentir que nada de ruim pode te acontecer. Temos muito a perder mas muito mais a ganhar...É como começar a encarar uma nova página em branco, queê temos que escrever, e não sabemos como, e, realmente não sabemos porquê! Sabemos que essa pagina está ali e em algum momento temos que começar, e cada pagina tem um formato diferente , é sempre um trabalho especial, dificil mas que teremos algum dia de o começar a fazer de novo...Por muito que nos questionemos, há sempre mais perguntas que faremos, para onde vão as palavras que não dizemos, para onde vão os abraços que nunca ousamos dar, para onde vão aqueles beijos que antes negamos por orgulho, para onde vão? As respostas variam de pessoa para pessoa, mas!!! A vida é muito mais fácil quando apenas deixamos o corpo agir, isso acontece quando esquecemos o que os outros vão dizer, e apenas decidimos arriscar... Não escondo nada, nunca ousei, dizer algo que talvez amanhã não consiga voltar a faze-lo ...
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