domingo, 12 de fevereiro de 2017
Querido silêncio abre os braços, enlaça-me em teus segredos!! Mas não, não me exponhas nem ao vento que os meus suspiros são só meus ...Podem até falar com os teus, estes suspiros que o meu coração beijou no silêncio do teu abraço ...Abraçar esta imensidão de nada é um momento um ritual de união que me cingiu a este corpo vazio que transporto .. Posso .até pairar de asas entreabertas, num voo divino almejando o vácuo dos sentidos, mas não me tentem ler nesta infinidade de palavras que se cruzam nos caminhos do olhar que não provoco....Podem sim até tentar entender os mistérios que este olhar vazio brota, mas apenas em palavras que escondam o meu nome, o meu perfume a minha alma os meus segredos, a minha magia que me faz levitar em oásis de sonhos e ternura. estas palavras tem um som que se esvai , quase indefinido e imperceptível assim como as suaves pétalas do arco íris que exalta poemas de sol e iluminam a escuridão da espera... Toca nas minhas mãos e no céu, desenha a eternidade que a melodia sussurra num coração como o meu!!
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017
Hoje posso dizer que não
há pontuação, vírgula que dê sentido á nossa História que todos os dias se
escreve...
Não
é o ponto final que usamos que algo
mude, todos os dias escrevemos historias nossas nas pedras da calçada, com as pegadas que
deixamos neste caminho ruidoso…Muitas vezes a felicidade
chega de repente...Quando nem
exigimos nada, ela simplesmente
fica visível ao fundo da estrada… É neste caminhar que vamos pisando a calçada,
o manto do sentir onde
mais uma vez, se torna urgente...nada exigir! Eu nada mais exijo
estou cansado, esquecido, segurando um grito no peito que me embriaga…Há injustiças no meu alpendre que não sei explicar... Hoje
transpiro solidão, ninguém escuta, ninguém me acode, grito sozinho neste
precipício… sinto-me um poço de
vida, escolhendo entre a flor e o
deserto ! Lanço a minha semente á terra esquecida, neste cais onde hoje tudo é
pouco e ao mesmo tempo demais!
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017
È na noite que as sombras atormentam, as diversas e tardias esperanças... É na noite que abuso da meiguice e da inocência, diante de fatos inesperados que me toldam e me silenciam ... Fujo de pessoas que se calam perante os suas próprias vontades , desejos , fujo sempre de algo que nunca ocorrerá . Escuto em várias vigílias, o som das almas intranquilas que se revelam nuas mórbidas e esquecidas, bebidas pelas suas próprias sinas. Escrevo-lhes pois elas tem na sua essência , uma luz, que as direcciona apenas ao bem!!! Elas vivem Incertas, e não só vagueiem, por caminhos tortuosos mas também num plácido desvanecer perante a solidão. Sou um ser pronto vivo a sobrevoar a imensidão de tudo aquilo que vos inquieta, também sou humano , também sou metade de mim, por isso sigo almas encobertas, que a noite faz de companheira, verto as vossas vontades além do olhar sem o medo de total escuridão... Podem bailar todas as almas em mim e perambular entre as noites sem que eu me jamais resigne...
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017
Rendo-me ao tempo, infinito rendilhado de cordas emaranhadas pela vida pelos beijos que sinto nas profundezas da alma, em linhas incertas, em traçados perfeitos, deste sorriso desconcertado que o meu coração, palpitante desfalecido, eleva em gestos invisíveis, imaginados onde me entranço em palavras que vou dando cor...Vagueio... Dizem que as palavras segregam tudo ao dizer nada , dizem que elas se perdem em contemplações, em paraísos na busca do amor puro! Escrevo num silêncio gelado de tons distorcidos onde me abandono nos versos outrora declamados em olhares flamejantes de desejo divinamente escritos do outro lado do mundo...Acompanhem-me nos suspiros, nos lamentos...Acolham-me eu apenas troco confidências, segredos, devaneios, sonhos, sem fim, mistérios por desvendar enraizados no reduto mais intimo de um bailado acariciado pelo vento escondido das noites iluminadas de luz que o silêncio das estradas tortas da alma vão debitando em mim...
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
Hoje é o caminho ruidoso que descarrila sobre os nossos sentidos e que os leva a lado nenhum...Esta é um artifício criado por uma necessidade de disfarçar o vazio permanente. Assim, no decorrer de dias cinzentos e frios, escondemos-nos as horas planeadas, numa ansiedade medonha. Fingimos sorrisos e abraçamos o nada, aquele que nos une a uma vida que esquecemos um dia numa qualquer esquina labiríntica do passado.Perdemos a autenticidade e vivemos por entre o ruído e a pressa, esquecendo que a paz pode haver no silêncio...Só essa paz, tranquilidade interior, nos pode alimentar o espírito, devolver aquele sorriso náufrago de verdade e fazer de nós pessoas melhores a cada novo amanhecer. Nesta acrobacia veloz, em que se procura um equilíbrio saudável entre o ser e o estar, somos forçados a estabelecer prioridades, a destronar o superficial e o momentâneo. Coloca-se-nos o desafio de sermos maiores do que a própria existência e levitarmos acima de tudo o que é circunstancial. O desafio de não nos deixarmos corromper pelo tempo e pelo desgaste da escuridão que por vezes se instala. O desafio de conseguir sentir a felicidade nas secas migalhas dos dias. Nesse momento seremos muralhas superiores ao próprio tempo e espaço. São breves os momentos que nos anexam à vida que tantas vezes rasuramos sem pensar que o amanhã pode nem sequer existir mais...
domingo, 5 de fevereiro de 2017
Hoje estou de frente para o mar, nesta praia deserta..Aqui!!! consigo ficar a sós com os meus pensamentos. Consigo abandonar vontades. Sem perspectivas e sem relatividades. Aqui tento reconhecer a fraqueza de sentir o profundo desejo que todas as palavras por trás do meu caminho moldam. É neste silêncio que elas fazem sentido e são percebidas…Sem ter de as pronunciar. Esta realidade, limitada e condicionada, pelas escolhas que se fazem e se aceitam. Parece-me muito dura, muito rígida. Tanto que por vezes, desistimos. E talvez por isso, lutamos também em contra-ciclo com o resto ... Desistimos, relativizamos como nos percebemos, como desejamos, como fugimos… como nos perdemos... Fico de noite acordado, de olhos bem abertos, sonho com um sonho que não alcanço, dissipa-se no denso nevoeiro da vida. Atento aos sinais que percebo, sigo o único caminho possível. Que percorro, apaixonadamente. Intensamente…Deixo-me levar neste bailado de ondas em sintonia com os meus pensamentos... Sinto-me a planar em emoções que não as sei explicar,apenas as sei sentir. Sou envolvido por uma sensação de serenidade que me liberta de todas as limitações a que sou de certa forma imposto diariamente. Olho a fúria do mar e deixo-me levar....somente. Preciso de sentir que as minhas necessidades são verdadeiras e não apenas fruto da minha imaginação, pois por vezes penso que preciso...quando na verdade acaba por ser somente um desejo, mas que não me satisfaz. Gosto desta sensação de levitação onde o meu corpo é conduzido para algures. Não sinto medo nem receio do desconhecido, pelo contrário, sinto-me seguro, pois sei que me leva a bom porto, pois ninguém melhor que ele sabe onde posso serenar e deixar-me envolver pelos meus pensamentos e onde exerço a minha necessidade de meditação. ...fecho os olhos e deixo-me levar em mais uma onda de espuma que rebenta mesmo ao meu lado...
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017
Hoje o céu escureceu e fez-se
silêncio, bastou as nuvens cerrarem... O portão abriu-se e o nevoeiro
cansativo entrou... nada é simples, nada é silêncio, e tudo não passa de um
vazio. O calor não chega e o frio teima em permanecer. As janelas fecham e
deixam apenas o escuro ficar, não há luz, nem um mero clarão!! Existe tudo e
apenas nada. Reclamo armas de gelo que rebentem num grito surdo, onde a solidão
parta para restar o vácuo da recordação. (Isto) torna-se tão simples de viver.
É tão fácil abrir este portão para nada restar. Mas!!! façamos então o
silêncio, a chuva há-de cair ... O portão fechou, e a imensidão do nada soou.
Esta força imensa que consegue ser ouvida, sem eu querer enche esta sala
pequena de dimensões infinitas num pequeno e vibrante toque de mil cores em
forma de Arco Íris. Sinto uma surdez que ficou, como uma força
demorada de um minuto infinito calado. O amor desvaneceu, foi colhido na combustão
fria da ignorância. Sinto o toque sinto o cheiro sinto a dor entre pulsos mas!! Faça-se apenas um pequeno silêncio, só eu fiquei... eu e o nada. E do
nada subtraímos o tudo e o zero... O nada tornou.-se infinito, voou com as asas escuras do destino,
que também desejou partir. Fiquei, o tudo da insatisfação. Sobrou o
peso de uma tempestade vizinha, que também me silenciou... Deixo-me assim
adormecer num recanto desta sala, e lá fico, eu e o pó transformado, a
fazer-me companhia, esquecido de mim, perdido de mim...
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017
Hoje escrevo palavras sentidas, pálidas, nunca proferidas guardadas nos gomos da noite ... Hoje vou inventar novas palavras e criar o som que todos procuram mas por favor deixem-nas ser livres pois para as proferir prescindi da voz, de sonhos e das estrelas...Na repetição tendenciosa dos meus ecos não me procurem pois fez-se silêncio neste caminho perdido em algures, trajado de vestes molhadas , cadáveres deambulando em passos ligeiros gritando gemidos cortantes, derramados em lágrimas perdidas ...Faça-se então silêncio dos fantasmas do passado esquecidos e ressuscitados em almas dispersas que o toque não alcança ...Se a dor não me fere é porque acorrentei a minha voz ao silêncio!! Senti sonhos quase mágicos..."aproximei-me" suavemente o suficiente para puder sentir uma respiração , estendi as mãos mas não te toquei... Fiquei ali, imóvel a olhar e o coração bateu ... bem baixinho, e não o ouviste!!!Despertei as nódoas negras da alma ... E a nudez que cultivo nas palavras faz do silêncio o soberano sem cor esquartejando os sorrisos esboçados, enclausuro o que tentam me negam sentir...Sinto-me nu apenas coberto por palavras estéreis ...
terça-feira, 31 de janeiro de 2017
Sabem,
o pior de todo o tempo que passa por nós, é o silêncio do que não se
viveu. É isso que dói no espelho da vida! Adormecer-mos com a imagem baça
de um olhar sem luz, de uma pele sem brilho, a solidão noturna de uma
janela fechada. Passamos a vida a envelhecer. Sem nos darmos conta, estamos
sentados à porta da vida, com o horizonte no chão. Até as horas deixam de
nos avisarem, as nossas mãos desmaiam no colo e a memória afoga-se dentro do
peito. Sem nos apercebermos, estamos sós, dramaticamente abandonados o mundo
fica confinado ao nosso quarto já não há ninguém...Hoje queria agarrar o mar
como se ele fosse o meu destino!
segunda-feira, 30 de janeiro de 2017
Ontem
despi os meus pés e toquei ...Na areia... Onde me distanciei de ti... Como se
num lugar longínquo, ao longe, te pudesse... Ver de muito mais perto... Com o
passar dos tempos o teu cheiro se evapora de mim... Mas não do meu coração.
Olho as nuvens ao redor, eterno será como as palavras! Escritas, descritas,
pelos meus humildes dedos nas folhas, que não guardo jamais na gaveta. Tenho a
gaveta cheia de uma vazio, cerrado. À noite olho para o céu e uma voz me chama,
chego a casa e as paredes desta sala escorrem preces... desejos... para muitos... cumpridos... para outros nunca serão...Posso esperar, sim eu sei...
Mas!!! A vida vai partir de mim, não espera mais por mim... Como eu esperei por
ti... De nada tenho medo, apenas da incongruência, da loucura e do vazio, que
me invade sempre que deixo de ter algo para dizer...
domingo, 29 de janeiro de 2017
Hoje há murmúrios silenciando a voz que adormece na noite...Todas a palavras se resguardam neste cansaço , as sílabas do coração perdem-se nesse labirinto sem saída. Pausadamente as minhas letras cansadas adormecem no colo da dor, deitadas sobre um papel de uma noite onde o luar se estende pelas planícies desertas ao vento!! Mas que saudade esta, que embala um ser estranho, incolor de vazio potente em horas mais vazias ainda... escuto-me, oiço-me como uma voz oculta que estremece os sentidos , espreguiço-me na alvorada de um sonho , mas!! Quero acordar. Uma e outra letra levantam-se , dão as mãos ao som da brisa e cantam o murmúrio guardado numa noite em que o final das sílabas não se perdem. As palavras vibra nos poemas da vida onde os olhos sorriem nas rimas que se apagam nesta viagem adormecida ...Minha alma jamais vai dormir , vive nos trilhos Certos e nos pensamentos daqueles que sabem interpretar a saudade e escutar as mensagens do silêncio...
sábado, 28 de janeiro de 2017
Posso até ter a sensação de ter uma vida de rotas incertas e incompletas e sentir a cada hora, uma nova história. Mas acho que isso é a pura percepção de tímidos devaneios da alma em ebulição. Os extremos sempre cicatrizaram meus dias em aventuras não vividas. Por vezes sinto que o recomeço e o fim se encontram no escuro abstrato das palavras. Será uma luta vã a minha, tecer em palavras os horizontes perdidos do amor? Este grito grito no escuro soa a chaga tatuada no espírito, tempestade e calmaria que não cessam...Que contra-senso este , viver de peito aberto para engolir o mundo onde o imaginário e o real habita em polos opostos iluminados por luzes da solidão nuclear...Se o absurdo, nesta vida por um segundo fizer-me sonhar ou, quem sabe, calar-me a voz engasgada e encher a face com gosto de lágrimas. Então Saberei que não foi apenas um sonho abstrato, pois as palavras que teço mudas são visíveis em meus olhos insensatos, incompreendidos. O silêncio da noite é interminável , mas, faz renovar-me para um outro amanhecer!!! É improvável perder a esperança e contra-senso seria não mais ter a presença de uma voz suave para me silenciar a boca, a mente, coração e os dedos que vertem nestas teclas mudas o silêncio de uma vida esquecida!!!
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