domingo, 23 de abril de 2017

Hoje eu posso dizer que já criei a banda sonora da minha vida. Depois de muitos passos dados, tocar os acordes da minha felicidade, era sem dúvida um belo ponto final...Mas!!! E fácil tocarem-me as cordas gastas da alma, eu sei de cor como travar o desafino constante das mágoas que me assombram para apenas fazer soar o melhor que há em mim. Porem! Tenho tantos defeitos. Faço dos meus sons um caminho em silêncio. Seguro-me na insegurança, sem sequer me aperceber que mato a ansiedade com uma nota solta ao sorrir…E vocês gostariam de criar a vossa banda sonora da vida? Fechem os olhos toquem na vossa alma, como eu outrora toquei na minha e, subitamente, deixem que tudo seja como a música da vossa vida, como se tudo encaixasse, peça a peça, e se eternizasse, aos poucos, numa balada de sentimentos e de sentidos…Todos nós temos o nosso som predilecto escondido, o tom que nos fica no ouvido, aquele som que nos inunda a sala, a casa, a alma... e deixa-nos esquecer que alguma vez tivemos outra canção, faz-nos sentir que nenhuma outra melodia nos mereceu as lágrimas, alegres ou tristes. Há muito que perdi o timbre da minha banda sonora…Porque a cantei, porque a toquei , porque entendi que a minha alma gosta de ver as suas cordas serem tocadas pelos dedos insensatos das  palavras que a banda sonora da minha vida encerra…

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Hoje palavra a palavra vou construindo um mundo, eu sei que curvei a cabeça, que desisti do meu olhar, optei por transpor num livro as folhas de uma vida. Ergui um castelo, desenhei uma utopia registei cada suspiro, cada momento como um sonho de cristal! Será um grande herói quem o conseguir transpor, já que ele é feito de sentimentos. Vou recriando estrofes e palavras que a minha vida rasgou em cada pensamento que escrevi …Muita gente lê este sonho de cristal que aqui vou colorindo, mas poucos sabem entender as palavras que escrevo …Fica a sensação que as palavras não chegam! Então, não sendo suficientes as palavras ditas, os sorrisos esboçados, as mãos dadas, eu sento-me e escrevo. Escrevo apenas. Escrevo sem ter para quem! Escrevo mas as palavras não são suficientes. Nunca são suficientes para descrever o rosto perfeito, o sorriso perfeito, as mãos perfeitas, a alma perfeita... As minhas palavras não conhecem a perfeição. E, por isso, também não chegam, não bastam, não são suficientes para vos explicar como é o meu mundo. Não são suficientes para dizer a quem amo, por isso Choro…. É mesmo assim. Choro por medo de não ser, também eu, suficiente…Não ser suficiente para o tanto que há para viver e que não me é suficiente ...

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Hoje elaboro palavras que se juntam na vida !!Muitas delas não me fazem qualquer sentido…Muitas  dizem-me que não desista, que lute, que procure nos horizontes que estão para além do que pode ser encontrado. Dizem-me que ali, num pseudo  lugar que não me sabem indicar onde é, que  posso ser um pouco mais feliz…Não seria mais fácil desistir e pronto! Deixaríamos de olhar para o que passou e nada daquilo que vivermos ou não, nos voltaria a magoar …Eu sei , eu sei que seria demasiado simples para ser real…Quando se edifica sonhos, desistir não é simples! Não é simples acordar e mudar o chip …. Não é simples despir os olhos da cor do sonho quando um dia o nosso olhar igualou o arco-íris de sonho que era o nosso objectivo, para o tornar cor de nada!! Quando se ama, desistir não é simples! Não é simples apagar nomes que um dia tatuámos no coração nem varrer palavras que foram ditas em silêncios imortalizados. É impossível  coser o coração partido com linhas do esquecimento ou da rejeição… Quantas vezes eu mesmo desisti de tudo… Mas!! Não consigo desistir das  palavras que se lançam em mim…Não sei ignorar a razão dos sentidos , quem sou eu para desistir dos sonhos ou do amor ou até mesmo de sonhar ? Por muito que me rotulem ou que eu me auto rotule jamais os meus olhos serão vazios, jamais desisti de algo... E tu desististe porque? Se alguém desistiu de mim é uma perda vossa e não minha!. Por mais que diga ou que faça ou até que vocês façam , em mim existirá sempre a reste-a de esperança que me há-de prender-me aos portais da  vida. Desistir é simples se no nosso coração nada existir…Moral da historia se  desistir não é simples, tal como não é simples lutar, porque razão é que alguém optaria pela desistência em detrimento da  luta que levaria a mais hipóteses de tornar real tudo o que alguma vez sonhámos? Reflictam e se conseguirem reflicta-me no vosso olhar …

terça-feira, 18 de abril de 2017

Hoje , acho que devia de começar por vos perguntar como estão mas a pergunta é óbvia... Mas!!! Não vou perguntar. Sei a resposta. Vocês são como as feridas entreabertas pela traição desvendada. Pela discussão inacabável, pela rotina sem fim que vos encheu os dias. Sei como se sentem por isso nem ousarei perguntar-vos .Mas !!! Querem saber como eu estou? Se sim eu estou como vocês, ferido  pela  insensatez, ferido pela forma como prenunciam o meu nome, sem o pensarem, sem saberem o que ele significa. Ferido pela culpa que me atribuem ….Eu estou cansado. cansado de ser chamado, abandonado, espezinhado. Cansado de ser o tema interminável dos vossos diários, das vossas conversas, das vossas ilusões. Estou cansado de ser chamado em vão, no primeiro vislumbre como se fosse um amuleto. Eu não tenho culpa. Não tenho culpa que a cada passo que dão julguem encontrar-me, mesmo que me vejam em sítios onde eu não estou, em lugares onde nunca fui, em recantos que jamais visitei. Eu escondo-me bem entre as vagas do tempo. Quando me virem de verdade já terão usado o meu nome erradamente, já me terão traído e odiado…E eu apenas pairava na ondulação num período da onda que não me deixo ver… Eu não sou perfeito. Sou como o tempo, mas eu não sou cruel jamais serei o vosso  eterno inimigo. Não construo a minha felicidade na  tristeza alheia. Eu sei que não sou a estrela que brilha mais, o mar mais intempestivo e azul, eu não sou o curso dos rios, apenas  sou o sorriso breve, envergonhado pelas escarpas da falésia ... Eu sou a mão dada pelos caminhos e a promessa feita, jamais quebrada. Eu sou a dificuldade superada, a paciência infinita no escuro da noite…Gostaria de vos perguntar como estão. Seria mais simples. Mas eu sei como vocês estão. Estão sentados, à espera que a vossa vida mude , mas eu não ousarei entrar  nas vidas de todos vocês , certamente  nunca vos encontrarei ou ferirei... Quem vos feriu foi a ilusão de pensarem que tinham algo nas mãos… Quando a vida nos deixa numa curva a culpa nasce da ilusão e tudo o que eu quero é que sejam felizes, inteiros, que  encontrem as minhas metades e as juntem. Que sorriam, superem e sejam mais e melhor… Querem saber como eu estou? Eu estou desiludido com o mundo. Desiludido porque quanto mais ouço o meu nome, mais compreendo que não sabem quem eu sou...

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Hoje não amanheci, deixei o meu corpo na aurora de outro dia, desnudei sobre mim um jardim de cores sem fim... É mágico o despertar dos sentidos, quando em brandos murmúrios recordamos dos impulsos do desejo que outrora provocaram em nós... Escutem o palpitar das hormonas como se fossem palavras e melodias, que um simples sorriso de alegria desenha em nossos lábios. Eu sou um vento cálido, mas muitas vezes precipito-me pelas encostas despidas do teu dorso, arrepiando-te os poros não preenchidos de mil beijos. Hoje entreguei a alma, vestida da pele que tatuo com minhas palavras, deste livro aberto de que vos deixo como uma ave procura voar, num céu azul deste mundo por inventar... As palavras são também feitas de fantasias, de saudade de algo que outrora vivemos...E!! Hoje deixei de vez o meu corpo na aurora de outro dia , sem saber como consegui, tamanha emoção comportar...

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Hoje decidi colorir este céu que desaba na minha manhã. Carrego  tanta  saudade que me bastava uma pincelada de dor e outra de harmonia para o tornar de azul.  O azul em mim desfoca-me o olhar preciso de o retocar com uma nuvem branca, e em seu torno criar  nuances de  laranja e amarelo que este sol partilha. É tão difícil colorir este céu, há tantas  pinceladas de tempo para projectar, olho para esta tela, deixo-a  secar no jardim dos meus sonhos, eu sei que já me habituei ao tom de  preto e branco mas hoje vou recriar-me e dar-lhe um pouco de cor para  sorrir-lhe. Hoje vou sentar-me na relva seca e cinzenta da minha imaginação, vou erguer a espada de luz, vou reflectir o brilho das estrelas nos meus olhos, vou embriagar os sentidos e imaginar as formas da felicidade, sim hoje vou fazer isso pois é o ultimo dia antes de amanhã, o ultimo em que a dor remete para o mar infinito deste céu que colori de saudade. Muitas vezes me questiono que fragmentos do meu passado eu ainda não pincelei nesta tela , que mais parece um puzzle indefinido de milhares de peças onde muitas não encaixam…Eu sei que quando eu der por mim sentir-me-ei ingénuo por nunca ter decifrado ao certo quem me deixou as peças que hoje tento encaixar neste puzzle…

terça-feira, 11 de abril de 2017

Hoje é no infinito de todas as coisas que o Universo se projecta em nada... É essa equidistância  incerta que o horizonte continua a delinear, paisagem atrás de paisagem deste meu olhar , desta minha  história...Hoje começo a caminhar daqui até ao fim dos tempos. É esse o tamanho da nossa ausência quando se perde o eco das nossas origens! É esse o tamanho da distância que separa a proximidade inútil, que na realidade não é mais  quem a distância disfarçada de presença. Hoje daqui até tudo o que já fomos, daqui até tudo o que podíamos ter sido, daqui até tudo o que podíamos ter tido, tentamos fechar os olhos e procurar na distância do contentamento do que fica além das fotografias rasgadas e da roupa gasta pelos tempos… Fechamos os olhos daqui até ao fim dos começos insensatos que ficam nos bosques da sensatez imaginada. Não há sensatez no amor, não há sensatez que fique quando se ama alguém….Querem ver como sou? Então fechem os olhos. Fechem os olhos ao que disserem de mim e olhem novamente para a pessoa que sabem que sou. Eu sou cada sorriso e cada lágrima despida, sou pouco, mas posso ser demais, fechem os olhos e vejam-me  despido … Sem nada que me vista a alma dessas pequenas coisas que são tão importantes para quem já não pode, nem quer voltar a amar ninguém…Daqui até ao fim dos tempos. Daqui até ao fim da vida, vou tentar viajar pelo mundo. Partirei daqui, fechem  os olhos então. Eu vou fechar os meus também. Não pretendo voltar a abri-los ... Continuarei  daqui até ai onde quer que estejam ... Daqui até o infinito, afinal apenas irei cumprir a promessa que não fiz!a Ferraz

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Hoje olhei para as ruas e me perguntei quantas pessoas andam lá fora felizes da vida? Talvez as que estão apaixonadas, as que estão a sentir, as que tem para onde ir! Mas!!! E eu para onde vou eu?  Perdi-me do meu destino, ousei  caminhar por aqui, por onde não  há ecos, sinais, toques… Não é que me sinta  na solidão. Estou, quase sempre, com alguém ao meu redor. Mas!!! Penso, que sentido faz isto na minha  realidade !!  Tenho vontade  dum cigarro, mas estou em renúncia;  talvez antes uma bebida apetece-me beber, mas não estou em destruição, apetece-me sentir quem sabe se apago a angústia … Olho para os céus e desejo ser mago, dizem que conseguem  transformar a terra em pedra. Dizem poder transformar a rocha sólida em flores, dizem que podem olhar  para o céu e transformar as nuvens em pó e o pó em estrelas. Olho para as ruas e desejo ver muros a converterem-se em estradas e as estradas em caminhos para qualquer parte do mundo, onde possamos reclamar lágrimas em sorrisos, saudade em harmonia, violência em paz…Hoje sonhei que era um  mago, transformei a morte em vida, a dor em sossego, o caos em arte. Espalhei silêncio pelas ruas cinzentas , deixei o cinzento ganhar cor a cada toque, a cada olhar , não quero perder tempo quero transformar o  silêncio em palavras e a  indiferença em amor. Deixem-me ser mago , tanta coisa mudaria nas vossas e minha vida!

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Hoje a lua olhou para baixo focando o meu caminho deixando de  fora o seu encanto…Não sei o que a fascinou em mim para ter  tempo de me acompanhar até casa. Talvez tenha tido piedade e recordou-se de mim e  dos meus passeios pela escuridão onde nem se conseguia avistar o  verde das árvores e o azul do mar…Estou-lhe muito grato por ter-se dedicado a mim nesta noite …O Sol tinha-me avistado mas!!! Escondeu-se ,  eu não me iludi ao vê-los! Eu sei que há na caminhada humana todos os meios que levam ao caos ou ao cosmos.. Nunca ignorei isso…Sempre foi assim podemos ser tudo ou apenas metade de tudo, podemos ser solidão solitária ou solidão acompanhada. Vitórias perdidas ou  momentos entregues ao luar, ser tudo ou apenas metade!. Foi sempre assim podemos reflectir-nos num  espelho e apenas  ver o corpo sem a alma... Podemos sentir a alma sem corpo… Podemos ler o coração sem vontade. Podemos ser metades de metades, divididas aos poucos, até não serem mais do que grãos de poeira a esvoaçarem pelo céu da  vida, ocultando o sol e a lua que nos Guia…Hoje perco-me no tempo e não em recordo de colher outra coisa. Apenas metades!!! Metade da vida. Metade da realização. Metade do percurso sem fim que se acumulava em nadas, em vazios, em sensações eternas de metade da vida  deste caminho  que tarda… Vivo sonhos escritos empilhados em poemas, que se fizeram livros e se empilharam em estantes onde metade dos sentimentos foram meia mentira e metade dos sonhos ficaram esquecidos nas meias mentiras onde meias verdades dançaram valsas sem par.

quarta-feira, 5 de abril de 2017

O amor em mim é como as mãos cheias de tinta resvalarem no branco nu de uma folha… Traço curvas , recrio sentidos na humildade frágil do tecido despido da vida. Quando escrevo enlaço os dedos e as mãos sobre as cores, que o amor pinta em "nós", e nos faz esbarrar em corpos despidos de desenhos que outrora pintamos!!! É esta simbiose mágica, que exalta os seres humanos e os faz caminhar em compassos incertos, como quem se passeia pelo vazio, preenchendo-o de uma forma audaz as cores de tantos outros seres. Os meu dias vertem , escorrem em declive nesta encosta onde fixo os meus sonhos nus, estéreis na magia da criação, numa arte que é devoção de escrever entre o Amor e emoção, entre razão e desapego e de os homogeneizar  fazendo-os gemer nas palavras que pinto despidas de mim!!! Se escrevesse em tons de amor tocaria os vértices que contornam as curvas, de quem busco mas limito-me a imaginar os rios que em mim desaguam deste mar que se esgota ... Esgotam-se os rios, secam as correntes de palavras, fecha-se a porta , ignora-se o amor feito, abraçam-se as estrelas que uma a uma vão caindo nesta noite que se aproxima...

terça-feira, 4 de abril de 2017

Hoje há silencio nos livros quando quero começar uma nova frase. Estou sozinho e o diálogo não possível, posso até começar um novo diálogo, mas não sei onde  encontrar interlocutor, onde estará , à espreita essa tímida pessoa para me falar, com medo de se comprometer… Um diálogo é um dialogo, como os da vida, falamos , rimos, choramos, amamos...são os diálogos deste livro chamado vida que sinto falta… Quero escrever um livro, quero criar  as personagens: quiçá, TU E EU?!! Publicas-mo? Era uma pergunta que te queria fazer pois sinto o meu  coração tão carregado! E tu viajas pelos passeios pedestres , consegues aliviar a tua dor assim? Ou não existe dor…O meu destino era para ser o de colar os pedaços do teu coração, voltar a remendar as adversidades em ti para que tudo sare…Mas!!!  não está em mim viver no teu coração, se não, apenas, ajuda-lo a bater novamente, e a fazê-lo ver a Primavera a renascer, a trazer-lhe o calor do Verão, o aconchego do inverno…. Não está em mim cura-lo, isso será trabalho do teu poder. não está em mim fazer com que ele bata. Não está em mim…porque o meu destino não é esse.,  meu destino é, apenas, cola-lo. Hoje penso porque  estou aqui…assim, deixado ao acaso! Não mereço eu outra coisa... Somos aquilo que produzimos. Não terei eu produzido o suficiente? Hoje quero começar a escrever um livro mas o dia amanhecera devagar e sobre o mar a neblina habitual toldava a vista das breves ondas. Na  rua eram poucos os vultos e só a espaços um carro cruzava o semáforo… Esperei algum tempo e nada surgiu , sabendo de antemão que ninguém viria... Talvez não devesse esperar, dessa forma, ser porventura surpreendido com uma tua aparição. Talvez esperar desfizesse nas contas do cosmos, a possibilidade real de alguém surgir , de me aparecer “alguém”  vestida de um vestido laranja colorido, de me olhar finalmente e falar alguma coisa… Mas cada um faz o que pode, e eu, em frente a esta rua quase deserta e com o mar nublado, podia esperar-te, e era o que fazia….

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Hoje queria que aceitassem um bocadinho da minha pobre alma, porque o meu coração não me pertence,  há muito tempo que  nada mais tenho para partilhar ou dar…. Queria que a  guardassem no olhar, juntamente com as memórias que atabalhoadamente conservam ,  tentem se possível fazê-lo de alguma forma…Vivemos sob a alçada dos  desígnios das sombras em precipícios  tenebrosos do silêncio que nos fazem equacionar tanta coisa….. Há pessoas que quando partem deixam a nossa vida  vazia , mesmo que algo lhe queiramos dar , não temos!!! O que sobra da nossa alma  vagueia por aí, à espera que o encontrem e aguardem no bolso ou gaveta…Não quero estar vazio, chego a bordar as minhas próprias fronteiras, em redor das minhas formas e vazios, sou alguém que pode voltar a nascer e ascender , mas sempre com novos limites, porque estupidamente, não tenho medo de sofrer e isso faz-me ignorar a dor que por mim muitas vezes caminha... Não preciso  de fugir de ninguém nem de evitar ninguém . Não preciso de falsos moralismos! Se não puder viver quem desejo,  amar quem me guia,  então não esconderei a ninguém que não aceito o que não desejo…. Se puderem aceitar aquele pedacinho da minha alma, saberão que nem toda a felicidade do mundo seria melhor do que chegar ao momento em que estamos predispostos a doara a  alma, sabendo que o coração já tinha sido quebrado e esquecido no fundo da gaveta da vida! Jamais serei escravo de memorias , nem tão pouco me juntarei à amálgama de alguém que celebra a morte , trago em mim sempre quem amo e enquanto morrem eu sento-me ao lado… Somos tão estranhos!!! Cavamos túmulos  escrevemos memorias, poemas , apregoamos  amor, mas não conseguimos parar para dizer adeus…

Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...