segunda-feira, 5 de junho de 2017

Hoje decoro os sons que carrego ao andar,  sons que prevejo na forma desastrada do sentir. Sim a ti sei-te sabendo, das imperfeições, com os medos e fraquezas como quem sabe quem ama!!! quem quer!! Deixei de me focar nas lembranças do passado, de que fugi, não são memórias insignificantes para o erguer de hoje. Faço-me de Anjo,  descrevo e dou o meu  nome aos gestos quase invisíveis que deslizam na pele …Permito-me no silêncio do quarto instalar a forma como os olhos se penetram e fazem amor uma entrega, onde  a respiração serena seja pianos que ocupam os vazios das casas onde vamos ocupando os vazios da vida! Vou desenhando palavras com que muitos limpam as mágoas …Vou verbalizando possibilidades de quedas e convencendo-me de que também o chão é abrigo, e o Céu é para todos , porém apenas  depois! Olho-me neste terminal , vazio onde desenho com cores da expressão do amor …Desvio o cansaço enquanto a armada com escudos do bem querer , me perdem  em batalhas de quem não percebe nada do que quer!!! Acabo fazendo poesia com o desmoronar dos meus castelos, paisagens esquecidas, previsões ingénuas desta bagagem que transporto que se veste de nudez, dos dias longos, dos julgamentos injustos, que acabarei sempre por descrever como quem constrói o som do amor e partilha o dom com quem ama! Não olho para trás mas esse perseguidor , persegue-me !

domingo, 4 de junho de 2017

Não insistam em desvendar a paixão que enlaço em mim!!!!.Não queiram desmascarar nenhuma das minhas expressões... seria um trabalho longo e penoso.Acreditem, porque tudo o que te digo é verdade... E se desperto simpatia de uma forma geral... é porque faço da alma o meu sentir.Além disso, não vejo motivo para que me insultem como alguns já o fizeram gratuitamente ...Se me elevo em nome de uma esfera iluminada e de rara beleza… a lua... é apenas para me sentir mais próximo das estrelas.Por isso volto a insistir...Desistam de tentarem saber mais do que aquilo que eu mostro. De mim nada mais saberão a não ser que… danço na berma do abismo… entre o riso e o enigma... Vivo mais do que momentos… acrescento alegria!!! Vivo mais do que amor… alio sentimentos!!! Vivo mais do que de fascino…Descubro maravilhas!!! Vivo mais de silêncio… revelo-me por gestos!!! Sou mais do que uma luz… sorrio com o olhar!!! Tenho mais do que vontade… desejo!!! Sinto mais do que um universo…Sinto a vida!!! Sou muito mais do que idealizo... Porque? porque sonho!!! Sou mais do que preciso... porque me aproximo dos outros!!!

sábado, 3 de junho de 2017

Hoje não adianta dizerem-me  que um olhar vale mil palavras, que o silêncio diz tudo. Não, não e nem pensar! O olhar fala mas é preciso sentir, tocar, cheirar, provar, morder e ouvir. Ler. Então, por favor, Digam-me , palavras , qualquer coisa que seja, uma frase, qualquer palavra perdida que vos defina que vos projecte. É preciso que as palavras nos eternizem. Palavras foram criadas para fotografar, imprimir o coração,  não poupem o mundo da sua essência, elas são simples mas necessárias, precisas, e insubstituíveis. As palavras são lindas e a pureza de serem ditas, está de não terem de ser de pose ou posse ... Quando a nossa voz perder o sentido então escrevam, ninguém se apaixona só por pessoas, eu me apaixono por frases,  alimento-me de palavras, verdades, incertezas, medos, doçuras e pequenas mentiras...Gosto de provar verbos, gosto de ler, sublinhar, reler por isso escrevam. Hoje são as letras que em encantam, vogais, combinações  escritas entre o que se quer dizer e o que se diz. Não precisa dizer bonito...As palavras viram poesia quando são ditas com a alma. Por isso, rabisco e analiso  palavras,  sentindo-as… Permitam-me dizer que não busco  gramática, dicionário, frases de encantar para preencher vazios. Busco  letras tortas, directas, indirectas,  mas,  verdadeiras, honestas, onde possa brotar o silêncio da alma, que este,  se transforme em palavras que eternizam um amor no coração!

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Hoje estou certo que com este céu que me banha, eu poderia voar apenas com as asas que os meus dedos desenham…Acordei aqui, meio despido de alma nua, nas teias das dores encobertas desenhadas nestas breves palavras em forma de trevo! Procuro um sorriso nas palavras que escrevo, nestas avenidas inundadas pelos sonhos que persigo, na procura e na destruição de lembranças que as flores das minhas sementes deixaram na terra fértil, desmaiadas, na fome das asas dos sonhos insuflados na ternura do bosque dos silêncios…São 7 da manha, e o sol espiga o meu corpo no silêncio de crenças em lenta combustão, embriaguez indecisa em lençóis de estrelas como a pele dum corpo celeste! Fico assim, afogo-me em mel, em lábios molhados, em beijos de fome há muito plantados!

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Hoje pergunto-me se beijar alguém é coabita-la? E se fosse! Seria até que os espasmos de uma morte lenta nos levasse? Eu não minto, eu já acreditei nisso, o meu coração protagonizou-se numa altura em que o sol se punha, entre corpos que não se vêm. Senti-los. É  como se não houvesse mais nada que eu soubesse fazer… Acho que era capaz de sentir até em segredo, sim segredo da certeza que deixa de ser exacta onde a novidade predomina ... Depois recolhemos-nos em  lençóis que agradecem sempre Mas !!! O coração não. Se colocarmos tudo isto numa prateleira, e esquecemos-nos daquilo que somos, para aquilo que vivemos. Ficamos na rua com os loucos e como eles, sim esses mesmo, que falam em amor, como se pudessem falar em amor. Vivem  no corpo de vagabundos insanos, por terem dado a mão à filosofia, e  à banalidade que nos desafia !! Porque tremem as minhas mãos, se nem existem pianos aqui? Para que tremem as mãos, numa noite tão serena? Se não tivermos um olhar para nos fazer reviver, viver, ao som de um violino sentido, mesmo com as marcas do tempo delineadas em silêncios e largos passos de mágoas… Ando com os sentidos agitados, tentando domar este piano que quer tocar ao ritmo do amor , esse carrasco que me mantém a cada passo nesta dança, e me faz entrar nos sonhos como um génio da lâmpada magica , onde me faz ser o Aladino deste cais que fundeio no meu instinto matador despido ao mergulhar no bailado insano, sufocado pelas chamas que me matam em tempestades de vida!
Hoje foi um daqueles dias em que o peito nos obriga a escrever. Depois de tantas paisagens bonitas, depois de tanto Sol na alma. Hoje foi um daqueles dias que esperamos que não acabe, naquele momento certo ...Esperamos que não acabe, eventualmente o ar vai e a monotonia regressa como sufoco ! Mas hoje não...Só mais tarde. Se não fosse a constante sensação de vazio, que me acompanha como se sombra fosse, estes últimos dias, teria possivelmente, um dos dias mais bonitos da minha vida. Pela sua calma, a sua simplicidade,  e pela quantidade de luz e vontade que transportei no peito. Senti que as minhas mãos esta noite não iriam tremer nem tão pouco iria escrever algo estúpido…O meu coração beija o olhar  neste berço da noite, onde há um anel de fogo que inunda a carne embriagada pela entrega…Desejo incendiar as aves intactas, inocentes desse rosto que desenho em pensamento, adormeço no peito em chamas nessa fonte de nudez sussurrada nas palavras de desordem ofegantes…Hoje vou beijar, coabitar os astros , que passam olham mas não vem a outra dimensão daquilo que somos!

terça-feira, 30 de maio de 2017

 Hoje as  linhas por onde escrevo são mais tortas que os simples provérbios e luas cheias na névoa das lágrimas com que nos deixamos ao abandono... Hoje ergo-me voluntariamente da ideia de que realmente as palavras aprofundam os gestos em mim, quando tomamos consciência da nossa essência, libertamos-mos de todos os pressupostos enquanto pessoas desejáveis, mecanizadas e esferas de um sistema. A liberdade de cada um, é uma  dádiva, talvez seja também  uma única oferta possível à existência desta vida . O que nos resta - depois de tanta inconstância - o que de menos temos ainda abdicamos, como se houvesse espaço para isso, tempo para brincarmos às vidas não-felizes de pessoas egoístas que usam o amor como justificação para o mal …Eu não sou assim,  aquilo que deixo de mim , são palavras , para pessoas que me tentam ler,  mas ainda assim deixo a alma em queda livre , atiro pedras ao lago adormecido, navego na neblina, desenho ondas nesse corpo celeste que me provoca o desejo do sentir …Vertigem de um sonho que vou plantando em mim todos os dias…

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Hoje quando a luz do dia se esvaziar eu irei fazer amor em pensamento, apenas com os espaços das palavras que vocês  não lêem  ou fingem não ler... Desenho castelos, transformo as minhas ruínas num palácio onde me  pinto a nu na poesia do resto da minha vida, onde penetro poeticamente de forma desajeitada na ironia rápida de me deixar apaixonar pelo amor feito em pensamento... Hoje estou assim não tenho voz, não tenho magia, ver-to amor,  restos platónicos de mais um dia, e nas paredes deste quarto escuro, debito  previsões  antecipações, de amante, de figurante desta distância que me afoga o peito... Era dum abraço e toda a sua complexidade no sentir que eu reclamava ...Atropelo o silencio, tropeço  e  fico sempre só... Deixo-me então cair nesse espaço em que não sou nada, só eu sei distinguir o que vejo neste  escuto, Mas!!! Sei que a minha palavra é fumo dissipa -se com os sopros do Mundo. Sei que não existe nada concreto na promessa e sei que depois, das palavras não vai haver muito mais  metamorfoses. Para que a noite se transforme de novo em dia ...  
Hoje rasuro o vazio da palavra, nos meus pensamentos, uso pincéis do meu olhar neste mar que me banha sem marés sem ondas, onde os meus sonhos saltam no relógio da vida que ainda não abracei...Há labirintos tristes e descrentes neste projecto escrito, sem reticências de amor naufragado, nas cronicas da saudade facturadas na urgência do ardor obstinado dos cuidados intensivos...Nego ingerir a nudez do remédio que ejacula a epidemia contagiada,  levanto-me desta cadeira de rodas que transporta porões de memoria, momentos, sorrisos, saudade, que jazem no fundo do mar…Agitasse a tempestade cá do alto , nesta falésia triunfal onde seduzo tesouros, escrevo cartas, não lidas, sem destinatário, entregues na robustez do chão pisado grosseiramente pelo meu horizonte despertando nas palavras que eu escrevo as avenidas do sonho em que persisto procurar em atalhos!

sábado, 27 de maio de 2017

Hoje vos garanto que não existem nem princesas nem príncipes encantados, e nessa vida nada é nosso, e quanto mais expectativa se faz de algo, maior é a decepção. Tenho a certeza que paixão, apego e amor são três coisas muito diferentes, embora a maioria dos que aqui polulam a confundam…Sei que possessividade e cobrança não são sinónimo de amor e sei que homens e mulheres sentem de forma diversificadas , e que é mentira que a mulher é o sexo frágil...Frágil Amigos somos todos!!! Aprendi que não vale a pena procurar o amor onde ele não habita , pois quanto mais se procura pelo amor ele mais se esconde de nós…Sei que no fundo todos receamos amar e aprendi que uma relação que não nos faz bem deve encerrar!! Hoje sei que não se pode deixar a responsabilidade de ser feliz nas mãos de outra pessoa, pois nem da dela sabe cuidar… Aprendi que se deve amar no presente, pois o futuro é muito instável, sei que a felicidade é muito dinâmica mas apenas pode girar em torno da honestidade, e homem de verdade e uma mulher de verdade quando se amam assumem-no sem preliminares e ecos…

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Hoje o nevoeiro esfumaçava-se no horizonte pouco lúcido, como os cigarros que se fumam passivamente, como quem não fuma e só inala a alma de outros. Oiço mares revoltados em paisagens apagadas , guardadas como rascunhos de sonhadores, há pegadas óbvias de quem faz estragos no chão, há fumo que parece nevoeiro no horizonte pouco lúcido, como os cigarros que se fumam compulsivamente, como quem respira a própria alma. É estes restos de mim, que resultam em inundações poéticas de quem sofre a arte do silêncio em sonhos restaurados…Escuto o silêncio, que se espalha pelo chão e me une, ás marcas de uma guerra onde os tiros resultaram em cicatrizes tatuadas na pele como se fossem pontos de final, virgulas  que os Deuses cospem nos oceanos fazendo marés cheias onde procuro a felicidade…Vou-me construindo atrás desse  muros, dessas paredes de água , onde vocês  buscam companhia e  eu,  apenas  busco quem quiser…

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Hoje recuso-me a ser aparência! Sei que todos somos rasgões de medos, chagas desenhadas com laminas afiadas …Mas!!! Aparências são presumíveis passos em falso nas pontes que nos atravessam.  Acho que ser um jardim, sem retractamos o que  viajamos mentalmente,  onde a força e a vitalidade predominam é apenas ser uma miragem no horizonte, uma escassez, limitando o existente. Talvez seja neste desequilíbrio emocional que o meu  jeito desajeitado me faz acabar  por ficar na varanda da vida e no limiar do abismo, talvez por isso os espelhos de cada um de nós, tenham uma imagem ofuscada da realidade bonita de outros…Aparências,  é um cálculo que o meu escalão social e emocional não tem como pré requisitos , Por isso faço castings de vida,  vou delineando e arquitectando apenas  existir. Jamais seremos nós mortais responsáveis por quem cativamos , somos responsáveis por nos cativarmos a nós próprios !!! Se o conseguirmos , missão cumprida, seremos pessoas responsáveis o suficiente para cuidar do outro, cativando-o, preenchendo-o… Porque somos humanamente iguais …Feitos "todos" do mesmo, ainda que uns sejam apenas aparência…

Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...