sexta-feira, 21 de julho de 2017

Hoje amigos sei, que viver é algo como montar um quebra-cabeça sem nunca ver o desenho !!! Peça virada, peça substituída e os dias passam sem nunca saber ao certo como vai acabar…Podemos imaginar, idealizar, supor, prever… Porém esse desenho completo, colorido e rico, só nos é apresentado lá bem longe, com o passar do tempo…Não nos é dado antecipações, apenas peça por peça!!! Novo dia, novo sorriso ou decepção, uma coisa de cada vez. Cada novidade, é uma peça que tentamos encaixar sem saber muito bem a que parte do todo ela pertence. È assim que vivemos , comemorando cada parte que se encaixa e lamentando tudo aquilo a que não conseguimos dar sentido…E nesse ponto vale a experiência daqueles cujos quebra-cabeças já estão mais adiantados e ai vemos que algumas partes não se ajustam, outras logo se adaptarão. Vale entender que alguns momentos parecem desconexos pela falta do que ainda virá, do que trará o sentido a esse desenho ou parcela a que chamamos vida. Eu desenho em mim a arte da espera, a habilidade de não insistir na peça que teima em não servir. Sempre tive a sensibilidade de entender e saber que tudo tem o lugar e o momento oportuno. E não adianta tentar-nos guiar pelos quebra-cabeça dos vizinhos …A concepção dos seus desenhos é outra, com cores diferentes e pedaços diversos. Ele não é mais bonito ou menos interessante, é apenas feito para outra pessoa. E, exactamente por isso, seria uma tolice sem tamanho montar a sua vida como se fosse a de outro alguém…Amigos , talvez a tal felicidade passe por isso: encaixar cada peça a nossa vida na certeza de se tratar de um momento único…. Digo-o porque a cada pedaço da vida que juntamos, solidificamos o passado…. E, este amigos jamais o poderemos mudar …O que desejo aqui dizer é que não há garantias de nada na s nossas vidas , ALIÁS NUNCA HOUVE!!! Apenas arriscamos na expectativa de que, no final das contas, sejamos um desenho bonito. E que nossa vida seja um quebra-cabeça que valha ou tenha valido a pena ter sido montado.

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Hoje não me recordo onde deixei as certezas . Derramadas no  chão !!?  Se sim não sei , não vejo marcas que contracenem nessa perda…Desfolhando o  alfabeto, como base para as palavras que precisam de construções  assisto a um pouco de nada, do que escrevo , para um céu longínquo onde as  novidades  assentam apenas num ponto de partida. Continuo com caixas por abrir, permanecem intactas  como os biliões de constelações, estrelas  que ditam caminhos. O meu interior é um átrio e o meu exterior revela-se na necessidade de pausas bonitas,  reconhecimentos de quem é anónimo a outros olhos alheios. Rescrevo conjugações errantes de verbos inevitavelmente mal empregues, mas vou reparando nas marcas que me pintam o chão…Adquiro uma capacidade fácil de saber não ficar; nem de ir mais longe... Tão longe, que o tempo nos faz aceitar  que não podemos modificar comportamentos; tão longe,  que temos de aceitar, que o passado é estático e não pode ser diferente , por muito que quiséssemos que o tivesse sido; tão longe, que aceitamos como somos e paramos de lutar contra nós mesmos; tão longe, que aceitamos que os outros são como são e paramos de lutar por eles; tão longe, que aceitamos que o mundo invariavelmente não quer saber dos nossos passos, nem abranda o ritmo para que consigamos acompanhá-lo; tão longe, que aceitamos que temos de abrandar , a fim de conseguirmos acompanhar o que na vida nos sucede; tão longe , para conseguirmos aceitar de que tudo esteve sempre ao nosso alcance só que nunca parámos para o aceitar…Pára!!!

sábado, 15 de julho de 2017

Hoje numa mera infinidade, sem  tempo de espera, assisto ao encontro de rios, com os 7 mares . É nesse encontro que as pessoas vivem histórias, ajoelhando-se perante o infinito para o derramar de lágrimas, sem se  redimirem …Como se a água salgada dos mares distantes prostituísse e  inundasse os olhares ! Não vejo  futuro, os climas  enfrentam-se, disputam a fonte do calor e a certeza do frio constante nas palavras que escrevo. É neste assalto repentino, que vejo desenhada as memórias rápidas de projectos sonhados, desenho nas minhas memorias lentas  rios, mares que se cruzam, viagens impossíveis que se desfazem em átomos… Esqueço a poeira, escrevo romances, musicas que ninguém escuta!  Como poderei eu dançar este som que a minha vida gera? Olho o Sol e a grande audácia da sua luz, eis que as palavras fazem-me sentido,  muitas vezes estar na solidão, é um trabalho criativo, e por muito idílico e poético que pareça, desgasta , fere os sentidos dos quais somos compostos…Escrever para mim é como estar num palco, onde rasgamos a alma através do que escrevemos, muitas vezes escrutinados , por olhares , julgamentos, descontextualizados que nos fazem renunciar à escrita… Ou temos alma de Betão ou então metade dos dias ficamos na vala  ardente da escuridão. Mas!! eu tenho muita sorte , faço aquilo que quero e gosto,  embora saiba que existe sempre o lado negro, utópico de colocar-me sempre numa fasquia alta e a excelência aqui, é desvalorizada….

terça-feira, 11 de julho de 2017

Hoje sinto que perdi  a intimidade da escrita, já algum tempo que , quando sou lido, não emerge em mim a sensação de renovado, tenho o habito de dizer  não quero  mostrar nem provar nada a ninguém que não a mim mesmo!!!! Perdi a vontade de expor palavras, sujeitando-as a análise, julgamentos que muitas vezes nem tem medida, quando nada há digno de escrutínio... Quando nada existe além da minha vontade solitária de juntar palavras, de me reviver nelas ao mesmo tempo… Não gosto de explicar o que  escrevo, como se o tivesse escrito para alguém, (talvez até o tenha feito) Mas!!! Se o fizer apenas o fiz por ter a vontade de o fazer . Profissionalmente não escrevo, ai, não me sujeito ao constante despir de cada letra, raciocínio e frase, talvez por não  sujeitar-me diariamente à busca pelas falhas que possuo e que me expõem, eu tenha ainda feridas abertas, a julgamento de terceiros, que por prazer, hipocrisia, má formação  acedem às minhas palavras e comentam de uma forma surreal, muitas vezes ordinária e será que tem  prazer em  fazê-lo?  Lamento muito informar aos que vem aqui e sem carácter se escondem, que  a escrita que aqui coloco  não é uma ferramenta de artífice, nem ganha pão,  é apenas uma  vontade louca de escrever , suspiros , amores , pensamentos  para alguém ao invés de deleite pessoal … Não sou adepto de  fecho de ciclos, para mim a vida é um único ciclo!!! Porém sei  que existem transições na vida , algumas  serenas  outras, nem por isso, mas,  sempre passagens para outra coisa qualquer… Mas meus caros, transições  onde muitas vezes não há espaço para outra coisa qualquer que vocês mesmos representam … Desculpem mas esta praia é minha, não vos corto o acesso pedonal a ela mas corto-vos a voz pois ninguém tem o direito de ser ruim para ninguém ... O engraçado é eu ter 18 seguidores e ter mais de 1000 visualizações por dia....Dá que pensar ! 

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Hoje há um concerto entre a constante inconstância de se ser e de não se ser!!!  Dificultando cada passo e presumindo os erros que são premeditados e antecipados…O sol nasce mas não chega!!!.O mar banha mas não submerge tudo . Escrevemos cartas, livros, desabafos  mas!!! Não chegam,  nem o cheiro deles preenche o  vazio, até nós sermos ou nos  revelarmos  um nada . Aqui  falta de tudo, pelos excessos, pelos exageros, pelos tropeços constantemente nos cadáveres deixados no meio das ruas como protesto, falta de vontade de lutar. Depois, é bem mais fácil assistir aos tropeços dos outros.  O desassossego instala-se e a revolução é feita nos silêncios e nos olhares que suspiram quando se cruzam. Pergunto-me para onde vamos? Mas por que raio ainda caminhamos? Tropeçamos nos corpos mortos que derramaram os feitiços, das crenças ilusórias  e tornamos-nos Reis desse mesmo trono, dessa mesma sina. Dormimos ali, no chão que arde com o  Sol que já não chega. Morremos ali, no chão que arde da alma que queima, pelas mentes que se esmagam e se compõem , das mãos que já não escrevem, nas ondas do mar que já não chega. Tenho sede de água sem sal, de sinas mal escritas mas que aceitamos como nossas só porque dá trabalho lutar... Só porque dá trabalho levantar do chão sujo de sangue poético, que foge-me pelos dedos …Não temos vida. Não somos profetas de palavras que já não chegam…

sábado, 8 de julho de 2017

Hoje procuro o rosto sereno, onde viajo em pensamentos distantes de palavras caladas nos lábios marcantes. Hoje assisto aos gestos suaves e meigos que se desdobram em afectos provocantes! Hoje apenas sonho e sinto nos ombros a nudez  na minha alma petrificada e a palidez selada  marcada no rosto sereno! Sinto esta  sensatez estonteante de um pensamento distante! Cada gesto seria um manifesto desafiante se outro rosto em mim morasse e os pensamentos marcantes e distantes fossem a dois! Assim este silêncio absoluto cala-se em palavras...

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Hoje sinto imensos e intensos abraços nas divagações que o coração nos empresta! Solto palavras, em voos rasantes entre recordações, momentos e sonhos de uma vida. Bailo nas emoções, que brindam o inicio e o fim de mais um dia reinventado. Poderia até ser de ilusão se o lugar não fosse este, onde estou, o lugar que esconde e acende o caminho reflectido de um intenso dia ao largo,  perdido entre as ondas, como um farol solitário .Entrego-me ás palavras que navegam com tempo entre emoções e pensamentos escrevendo momentos quentes que o sopro da vida agita, aquietam na profunda ebulição que se gera em mim, deste mergulho de alma, em traje de sonhos, numa carícia de sons, inquietante na margem das ilusões... Escrevo palavras que sussurram instantes desenhando melodias no pensamento, sou cúmplice de quem se passeia em mim!!! Avisto todos os verbos como fossem dedos que se enlaçam, e se me perguntarem qual é o sentimento mais lindo e importante para escrever, eu sorrirei e direi , aquele que for correspondido em toda a sua plenitude!!!

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Hoje perdi-me do brilho que me encandeia os motivos, que me faz ser peregrino das emoções. Agora perdido entrego-vos as palavras como se umas vestes fossem!! Mas!! Sigo as constelações que  guiam a alma,  relembram de que não existe nada nesta minha vida que não esteja ao descoberto, só assim me podem sentir uma alma nua . Descubro  sons deste mundo que vibram no peito cada vez que a respiração falha, eu sei, é a insólita e inexplicável  dádiva dos Deuses para quem descobre que nada é mais puro que o amor… Hoje ao escrever saltei  vedações que têm-se vindo a construir em torno de mim, transformei-me num ser  incomum,  perdido no meio desta anemia poética, relatando-me em ditados perturbantes onde sou actor de pessoas perdidas enclausuradas de corações diabéticos, expostos na bandeja das emoções sem restrições… Ainda assim nesta noite brilho-te no céu, uso o astrolábio dos sentidos,  remo contra a maré num esforço compensado pela certeza de ser corajoso num Universo de fracos,  pessoas empenhadas em beber oceanos, recusando navega-los!  

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Hoje sinto-me exausto! Confuso, embora, saiba que há uma diferença enorme entre fazermos o bem com a consciência de devoção  e fazermos o bem para ficarmos com a nossa consciência tranquila…Esta última é de uma gigante arrogância, uma crueldade  que há quem faça  ao coração, desacelerando e fazendo-o quase parar,  provocando  ilusão de que a vida é breve demais em meros  abraços, a eternidade assim cheira a pouco, os  olhos sedentos que se encontram e se perdem dentro um do outro, dispensam palavras e clamam  sorrisos leves, espontâneos, mãos levíssimas e  coração  próximo de um suspiro. Hoje para aqueles que tem tanto medo de morrer de amor, olhem para mim!!! Encontrei-me  desmaiado, lentamente esvaindo-me em paixão, trocando o amor pelas minhas mãos que  escrevem, as  minhas palavras  tentam-se  fazer existir, mas nunca havia vivido ou sentido que as minhas palavras cresceram durante a minha vida  inteira, antes mesmo de as pensar … Antigamente eram só suposições, ensaios de como seria viver um grande amor, hoje sinto que um dia ele chegou e transformou minhas palavras numa realidade, no mínimo, incrível…  As minhas teorias podem até ser questionáveis, o tempo que eu tanto valorizava parece esquecido!! Para algumas pessoas pode apenas ser um detalhe mas para mim é o meu endereço, o meu rótulo ...

terça-feira, 4 de julho de 2017

Hoje questiono porque existe um princípio associado às decisões que se tomam! Fica a sensação que os projectos são sempre irreversíveis e há  uma obrigação estipulada quando achamos que escolhemos o correcto para nós…Mas não, não existe este princípio associado às pessoas. Falo por mim e até confesso,  que me é difícil mudar de pele conforme as estações, mesmo que  a última hibernação tenha durado mais do que decidi como suficiente… Como tolerável , posso até andar adormecido , mas sei, que é contínua a mudança da alma sempre que me invadem a vida. É compulsivo o sentimento chego a arrastar-me enquanto escavo sulcos nas paredes dos meus projectos, crio  pirâmides que se constroem num futuro nublado. Agora não sei se é a música que nos une, ou o espaço idealizado mentalmente …Faltam-me as coordenadas,  bases para me fazer cair tecnicamente sobre esse empedrado, todas as figuras que componho, não passam de projectos como um” Projecto Casa”  Sei lá !!! Acho que não antevi, que as palavras nunca são suficientes para descrever a sensação de relances e nuances de caminhar-mos em ruas paralelas. Não sei sequer se concordam que as aprumadas traçadas  se espalham nestes mesmos céus, são cúmplices de um cuidadoso plano e talvez por isso combinem e tornem toda a paisagem uma gigante  moldura. Nem sei!!! acho que me enfraqueci com esta dosagem exagerada de ponderação. Por ventura as tonalidades da vida mudaram e estes panos de fundo, deixaram de condizer ficam apenas como meros Projectos emoldurados numa velha parede…. 


segunda-feira, 3 de julho de 2017

Hoje se algum de vocês sentir vontade de chorar, não chorem !Chamem-me a mim, para eu chorar por vocês , mas se sentirem vontade de sorrir, então venham também eu posso sorrir com vocês … Muitas vezes somos obrigados a recuar nos passos dados, não será apenas medo, efectivamente não é medo é apenas a maldita vida que nos faz repensar vezes sem conta tanta coisa... Nem sempre temos a capacidade de diminuir a velocidade mas quando o fazemos, aterrorizamos-nos , somos obrigados a adaptarmos a nossa conduta a situações de fundo,  que nos leva a travar uma batalha emocional, que desgasta que nos faz querer apenas ser figurantes no quadro que se pinta! Deixamos cair as máscaras obrigatórias envolvem-nos numa insanidade extrema apenas para corresponder aos padrões que nos obrigam a seguir! Não , não quero mais sentir-me mecanizado de prosa fácil, de rejeitar o colo, escutar vozes anónimas que me empurram para a escadaria . Mas!!! Eu não quero subir, eu também não quero descer, quero ficar aqui neste piso, neste degrau que me encontro… Quem quiser que suba ou desça a escadaria eu não quero ser grande nem pequeno, quero apenas ser do tamanho que estou…Rir e chorar no momento certo!

domingo, 2 de julho de 2017

Hoje como se me fosse dada a ausência de som em troca, da única fragrância certa de restos de vida eu, mergulho no único mar que me dá ar suficiente para inspirar os Deuses. Todos os meus sonhos, em partículas de água reflectidos. Olho retratos de restos de corpos que se formaram enquanto perdidamente, escrevi  músicas reflectidas em mim como as minhas inspirações na água postadas! Desço as escadas, os lances da vida imaginados na cabeça onde o meu sono nunca se instalou. Naveguei em madrugadas exaustas de preocupações inúteis espalhadas no chão que me persegue, fugi  da terra que não é Terra, da casa que não é lar , dos nomes rasurados nas paredes sujas, das casas em que te sonhei!  Somos eternos sons de pés descalços em ruas vazias, somos sombras de sons projectados de janelas onde os tecidos não escondem a vergonha, onde os olhos não escondem o medo... Exposto em troca de breves caricias e pressentimentos de felicidade encontrada noutro peito que não o único que nos mantém aqui...Vivos; rascunhos de projectos de vida baratos,  herança, de uma casa vazia! Ainda me tenho a mim, agora já nada dói , nem ter restos . O mundo é feito de corajosos,  também eu sou feito de espíritos de cavalos de guerra. Não me rendo !!! Respeito todas as tentativas de desculpa, mas não me rendo. Eventualmente afogo-me nas minhas águas reflectidas e encontro-me nos traços da mão que me for estendida!

Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...