Hoje
sonhei com a lua, estava vestida de sonhos, uma eterna confidente, companheira
dos amantes, feiticeira de magia das sombras que se unem, como os lábios
quentes e intensos, que se beijam à luz do desejo que os alumia… Hoje ela
apenas testemunha calada, ausente dos segredos deixados entre olhares que se
tocam e se beijam, faz-se cúmplice muda, de secretos dizeres, derramados, sem o
prazer consumado de corpos suados! Olho as estrelas e elas reluzem o meu desejo
extasiado ... Eu já senti a carne a arder na fogueira das paixões, já
escutei o crepitar dos suspiros surdos, nas ternuras soltas desse breve, leve,
terno e fugaz olhar, onde o calor das mãos se derrama nas
carícias do carinho na noite fria, que, hoje em mim palpita ao mesmo
tempo que me sufoca o desejo ardente de dar, partilhar esta fome de
amar … Fico então assim como vocês me lêem, passeando suavemente
sobre a pele macia e inquieta da minha alma, sentindo, trajando-me de sorrisos quando um doce arrepio me acaricia e desassossega a mente.
segunda-feira, 20 de novembro de 2017
quarta-feira, 15 de novembro de 2017
Hoje, eis que as palavras amontoam-se, sim, vão
esbarrando, umas com as outras, soltas
no espaço infinito das minhas folhas, deste caderno que aqui vou encerrando na
dormência da inspiração adormecida... Hoje o céu está estrelado, vou aproveitar
e contemplar a Lua que estranhamente continua calada, entre o brilho das estrelas que riscam o céu! Ora
olho para esquerda, ora olho para a direita, aos poucos vou vasculhando esta
nostalgia que a noite escura proporciona no meio de um pensamento, quem sabe se nasce uma
ideia mais audaz, que me permita soltar os desejos e entregar à caneta, os
momentos que fervilham no meu pensamento mais escondido…Hoje estou a gostar ,
acho que vou atrasar o relógio, acrescentando mais estrelas ao meu dia neste
calendário de fantasias, que aqui vou marcando na indecisão de permitir que o
tempo escreva a minha história, com as memórias que ainda não vivi.
terça-feira, 14 de novembro de 2017
Não
há um dia que eu não tente pintar de mil
cores e formas as minhas letras, nem sempre me entusiasmo a fazê-lo,
mas é uma busca incessante da verdadeira essência que em mim existe. Qualquer
traço ao acaso que a alma me segreda, me chega para eu tentar romper as paredes
frágeis da minha dimensão humana. Revejo-me nas palavras que consigo
colorir assim como o pintor se revê no quadro, quando os seus olhos se tornam
pincéis e o seu ser se derrama na tela… Muitas vezes escrevo as cores que vejo,
outras limito-me a derramar as cores que ainda quero pintar na vida! Eu já
experimentei escolher o tom e o brilho de um fogo imenso que não me queima nem
me cega, apenas me causa emoções e ilusões . Por outro lado , outras vezes declino-me
sobre as verdades ocultas, nas tardes cinzentas e noites escuras que me roubaram
o encanto, a magia…Mas!! O meu olhar
continua sereno, espreito e limpo a infinita janela do mundo onde vislumbro o fim de mais um dia, e deixo-me envolver na noite negra que me apaga por momentos, ali fico, quieto,
perdido na resolução deste passatempo absurdo onde a saudade me vence…Percebem
agora ? Preciso me dar por isso vou escrevendo, sem bússola, sem norte, devoluto de sonhos, apenas mais uma vez ausente de mim!
segunda-feira, 13 de novembro de 2017
Hoje
assisto ao descrédito das palavras, nas cortinas do meu olhar, quando se passeiam
na sua, nua, amena beleza…Sinto-as vibrar, o desejo de provocar um sorriso, ou em se perderem no
meio-termo do azul desabitado das marés do meu mar! Há
um grito em cada verso, há um guerreiro em cada um dos meus sonhos, nestas
horas que o relógio não abraçou ainda. É na rua de labirintos tristes e descrentes, que me ergo como imperador e
guerreiro, desenho-me anjo-da-guarda que em reticências de amor se deixa
declamar! Sempre me senti na exata medida do que sou e quero ser, reflicto-me
até em espelhos quebrados, sou uma tela de sorrisos abertos nas quinas dos
sentidos que acariciam a fantasia no olhar ,que o oleiro de barro molda na sua
artea duas mãos! Eu também já fui oleiro, de mitos, de bom senso, de lendas,
já desenhei mapas que desejei desbravar… Hoje sou apenas uma Nau a remar por
desertos, caminhos impossíveis aterrados num oásis onde os meus pés caminham descalços
a escaldar de duvidas no luto da seca circundante …
sexta-feira, 10 de novembro de 2017
quinta-feira, 9 de novembro de 2017
Hoje
gostava de conseguir arranjar verbos
para o que sinto…Mas! as palavras, como eu, e “alguém “não se juntam para formarem as
frases que desejo, como se “alguém”, não conseguisse moldar o desejo em
palavras. É estranha a saudade infinita que mergulha no meu corpo o desejo de abraçar. Abraçar sentimentos jamais extintos…Hoje
vou apenas recordar! Acariciar a saudade
de momentos vividos, instantes belos trocados, sentidos em noites de chuva, sempre iluminados pela presença da
lua. Mas!!! A lua foi “mordida” pela sombra do sol, enquanto alterava a minha face
mutilada pelas garras dos seus raios… Hoje não chove! As gotas ensopadas de dor não invadem a minha
alma de saudade. Mas , é nesta hibernante nostalgia que muitas vezes, recordo momentos de amor, instantes de mim em “alguém” que deixei para trás no meu coração
rasgado...Sinto os olhos encharcados, de
lágrimas, ou pela chuva molhados, sinceramente já não sei!! Hoje apenas devoro esse
corpo celeste em minha mente. Tenho o
meu corpo débil que há muito entrou em
erupção, derramando magma incandescente sobre esta minha alma sem chama…É
verdade eu já me senti magoado, torturado, cansado até abandonado pelo acaso da vida, contudo
sempre tentei ser a chama viva que meu
peito acolhe ! As saudades que eu tenho de ter saudades…Fazem-me pensar que já
não existirá o amanha por isso apenas iluminem-me!
terça-feira, 7 de novembro de 2017
Hoje , para ser sincero tenho de dizer que não sei se a solidão é a impossibilidade de
respondermos sim ao que nos pedem…Fico confuso! Não sei se solidão é não ter
sono e escutar todos os ruídos que se passam na rua, ou se solidão é viver
perdido entre muita gente e rodeado de asfixia que chega a ser audível nas
portas do céu…Hoje não consigo pintar um
sorriso em mim, sinto-me uma "morte" por cumprir,
assim como ontem , falta-me a FORÇA PARA MORRER…Será solidão sentir vontade de escrever, com o
pensamento rodeado em memorias e capas de livros ao som de musicas que não
acordam ninguém!!!? Hoje estou assim, como um lugar mal situado, como uma casa
roubada, como um sitio fora do mapa, como uma planta no deserto…As palavras
podem estar gastas , mas apenas para os mais distraídos, nesta vida gastamos
tudo , gastamos as pedras do nosso empedrado, gastamos o sal nas nossas
lágrimas, gastamos as horas, os minutos do nosso relógio de vida, ficando o silêncio que por muito que o façamos jamais
o conseguiremos reter em nós, ou gastar!
segunda-feira, 6 de novembro de 2017
Hoje
sem duvida que prefiro o silêncio, esse surdo gemido que me agride na
vestimenta do vazio das palavras! Vou adornando esta estadia voluntária
e apática de prisioneiro , sem luz … Por muito que tenha tentado fintar os
buracos da grade que me circunda, não consigo deixar
de ser violado pelo plagio voluntário da mente que o silêncio agressor
deixou cair em mim nas minhas palavras
despidas …Há
paredes que foram caindo do meu peito, onde o mar se deixou arpoar pelo sol intenso…Resta-me o perfume do seu
azul quando a noite
cai no deserto do meu olhar! Deixem-me ficar ai, no escuro dessa noite, onde
os pretextos são desenhados de forma adultera, onde
a carne da alma é indivisível , onde os terramotos são menos intensos, as
trovoadas menos barulhentas e as marés menos vivas … Em
todos nós existirá alguém capaz de sentir a densidade da sua garra, da sua
força? Ou haverá alguém em nós destinado a ser quem é?
Ou
será que eu existo por ter sido o que já fui?Sinceramente nem sei se as palavras que aqui emprego
tem o vigor que precisariam de ter, mesmo que estas não passem de meras sombras
dos meus segredos, falta-me a força para
morrer nas noites em que o meu corpo se recusa a dormir …
sexta-feira, 3 de novembro de 2017
Hoje mesmo com esta chuva eu sinto o incêndio que queima cada pedaço do meu
cio, olho o céu que penetra no meu profundo vazio e é por esse
caminho que sigo, por entre o olhar e o brilho das estrelas que não vejo…Olhem-me sou uma
chama intensa, sou um mar de lava adormecida, sou, o eclodir dum corpo nu sobre
o horizonte , sou a água fervente que inflama a mente na devassidão e na
tempestade. Eu já fui a força dum vulcão em plena erupção!!! Hoje sou apenas o
despertar da letargia, que os meus dedos transpõem em pura magia. Hoje em dia amar
é esculpir uma obra de arte, é pintar o céu com os tons da lua, como se tudo em
nosso redor crepitasse num fogo suave que nos derrete os sentidos. Hoje amar
não é só desejo é também conhecer todo e qualquer segredo, descobrir todos os
lugares onde nos guardamos, é libertar as loucuras que escondemos nas fantasias
a sete chaves fechadas. Hoje já não sou capaz nem quero quebrar os limites que
fundem corpo e alma, desejo e luxúria, que fazem dos sentimentos a mais
profunda sensação. Prefiro percorrer o silêncio dos meus gemidos, percebendo as
curvas que os contraem, a ondulação cadente com que os sonhos ficaram suspensos
nas minhas mãos…Muitos de vós Dir-me-ão que escrevo apenas letras, descrições ,
utopias , ilusões mas nesta amalgama de sonhos vocês todos sentem-se parte
integrante do meu presente narrado nesta saudosa viagem que não me canso de
inventar…
quinta-feira, 2 de novembro de 2017
Hoje, percorri os céus,
apenas quando o dia se pôs na mesma solidão! Ergui os braços aos céus
vestido de enganos e de certezas, vestido de orgulho pelo trajeto traçado,
aceitando os meus medos para um qualquer lugar onde apenas caminhe só…Esta
noite, ao contrário de tantas noites, não olhei o céu fiz-lhe ao invés uma
vénia. A minha mão tocou o chão para o
cumprimentar. Amei-o mesmo depois das nuvens terem manchado a sua fachada.!
Calou-se a multidão a seus pés , cantou-se a beleza, o amor e saudade. As suas
lágrimas de pedra começaram a caíram, invisíveis para tantas pessoas, mas eu
vi-as. Vi-as quando elas derramaram sobre o meu orgulho, nesta humilde esperança…
Senti finalmente que uma era se acabava para outra começar. Moldei a voz para ouvir outra voz uma vez mais, dizendo que o
rumo pode sempre ser alterado no olhar por um tempo… E isso não significava que
não pudesse voltar a abri-los para ver tudo de forma mais clara...Hoje não sinto
a falta da força daquele cansaço que não mata mas também não nos fortalece,
hoje apenas sinto a poesia do pensamento
que devora as poções dos caldos das bruxas que neste Halloween enfeitiçaram o meu ritmo de escrita na eterna
e silenciosa recordação de luz no meu olhar…
terça-feira, 31 de outubro de 2017
Hoje
reflito e sinto que a esmagadora MAIORIA de nós, afoga ilusões e esperanças, e
todos os dias renascemos no mesmo sonho que já deu à luz muito do que já
vivemos… Todos os dias o sol até pode nascer mesmo quando o não vemos, nublado
pelas cortinas de chuva ou do próprio olhar! Do fundo de nós arrancamos sempre
a força para acreditar, mesmo que meio cegos de tantos rostos ver se julga
haver alegria e abundância, quando tantas vezes impera um quase
existencialismo, uma necessidade urgente de si e do outro, uma solidão ainda
que menor, uma lágrima não percebida da sua própria condição…. Falamos de
amor constantemente como uma das
palavras mais utilizadas no quotidiano , mas cujo mais profundo sentido corre
paralelamente às nossas vidas… O amor deve florescer sem qualquer contrapartida,
sem contratos , sem cláusulas tal como o sol e a chuva se cruzam insistentes
além do olhar, também nós geramos arco íris como bolhas de vida no cinzento dos
dias sem amor... E se de repente tudo se harmonizasse, talvez então não fosse
fatídico e necessário que houvesse sempre dor além de uma intrínseca alegria
sempre auto limitada nas curvas do viver. Hoje todos nós percebemos
que somos feitos da mesma massa, e que na diversidade individual que
caracteriza o único, fermenta em todos nós …Mas!! Apenas alguns o tentam ser…Deixemos
o céu e prossigamos a nossa estrada, quem sabe um dia se possa descobrir num
olhar, num abraço e na entrega mais
do que uma mera projecção! Vamos viver a eternidade e é isso que nos faz únicos,
restritos, espontâneos , eternos no silencioso amor
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Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...

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