segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Hoje sonhei com a lua, estava vestida de sonhos, uma eterna confidente, companheira dos amantes, feiticeira de magia das sombras que se unem, como os lábios quentes e intensos, que se beijam à luz do desejo que os alumia… Hoje ela apenas testemunha calada, ausente dos segredos deixados entre olhares que se tocam e se beijam, faz-se cúmplice muda, de secretos dizeres, derramados, sem o prazer consumado de corpos suados! Olho as estrelas e elas reluzem o meu desejo extasiado ...  Eu já senti a carne a arder na fogueira das paixões, já escutei o crepitar dos suspiros surdos, nas ternuras soltas desse breve, leve, terno e fugaz olhar, onde o calor das mãos  se derrama nas carícias  do carinho na noite fria, que, hoje em mim palpita ao mesmo tempo que me sufoca  o desejo ardente de dar, partilhar esta fome de amar … Fico então assim como vocês me lêem,  passeando suavemente sobre a pele macia e inquieta da minha alma, sentindo, trajando-me de sorrisos quando um doce arrepio me acaricia e desassossega a mente. 

sábado, 18 de novembro de 2017


Hoje  sou obrigado a exaltar a persistência e perseverança de um ser único em minha Vida, o meu Avô,  Parabéns Querido Avô pelos teus 100 anos e espero que para o ano nos possamos reunir todos para celebrar mais um ano teu.

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Hoje, eis que as palavras amontoam-se, sim, vão esbarrando, umas com as outras,  soltas no espaço infinito das minhas folhas, deste caderno que aqui vou encerrando na dormência da inspiração adormecida... Hoje o céu está estrelado, vou aproveitar e contemplar a Lua que estranhamente continua calada, entre o  brilho das estrelas que riscam o céu! Ora olho para esquerda, ora olho para a direita, aos poucos vou vasculhando esta nostalgia que a noite escura proporciona no meio de um pensamento, quem sabe se nasce uma ideia mais audaz, que me permita soltar os desejos e entregar à caneta, os momentos que fervilham no meu pensamento mais escondido…Hoje estou a gostar , acho que vou atrasar o relógio, acrescentando mais estrelas ao meu dia neste calendário de fantasias, que aqui vou marcando na indecisão de permitir que o tempo escreva a minha história, com as memórias que ainda não vivi.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Não há um dia que eu não tente  pintar de mil cores e formas as minhas letras, nem sempre me entusiasmo  a fazê-lo, mas é uma busca incessante da verdadeira essência que em mim existe. Qualquer traço ao acaso que a alma me segreda, me chega para eu tentar romper as paredes frágeis da minha dimensão humana. Revejo-me nas palavras que consigo colorir assim como o pintor se revê no quadro, quando os seus olhos se tornam pincéis e o seu ser se derrama na tela… Muitas vezes escrevo as cores que vejo, outras limito-me a derramar as cores que ainda quero pintar na vida! Eu já experimentei escolher o tom e o brilho de um fogo imenso que não me queima nem me cega, apenas me causa emoções e ilusões . Por outro lado , outras vezes declino-me sobre as verdades ocultas, nas tardes cinzentas e noites escuras que me roubaram  o encanto, a magia…Mas!! O meu olhar continua sereno, espreito e limpo a infinita janela do mundo onde  vislumbro o fim de mais um dia,  e deixo-me envolver na noite negra que me apaga por momentos,  ali fico, quieto, perdido na resolução deste passatempo absurdo onde a saudade me vence…Percebem agora ? Preciso me dar por isso vou escrevendo, sem bússola, sem norte, devoluto de sonhos, apenas mais uma vez ausente de mim!

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Hoje assisto ao descrédito das palavras, nas cortinas do meu olhar, quando se passeiam na sua, nua, amena beleza…Sinto-as vibrar, o desejo de provocar um sorriso, ou em se perderem no meio-termo do azul desabitado das marés do meu mar! Há um grito em cada verso, há um guerreiro em cada um dos meus sonhos, nestas horas que o relógio não abraçou ainda. É na rua de labirintos tristes e descrentes, que me ergo como imperador e guerreiro, desenho-me anjo-da-guarda que em reticências de amor se deixa declamar! Sempre me senti na exata medida do que sou e quero ser, reflicto-me até em espelhos quebrados, sou uma tela de sorrisos abertos nas quinas dos sentidos que acariciam a fantasia no olhar ,que o oleiro de barro molda na sua artea duas mãos! Eu também já fui oleiro, de mitos, de bom senso, de lendas, já desenhei mapas que desejei desbravar… Hoje sou apenas uma Nau a remar por desertos, caminhos impossíveis aterrados num oásis onde os meus pés caminham descalços a escaldar de duvidas no luto da seca circundante …

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

 Hoje sinto-me a morrer mesmo diante da vista desarmada de um cego arrasto de sol onde escorro as lágrimas…Subo e desço a colina do olhar, percorro vales, onde as flores não tem nome! Vou inventando-lhes nomes, não me canso, fortifico-me, porque as pedras que carrego são pétalas da primavera que se avizinha…Mas!! Todos procuramos as cores mais lindas, mesmo estando atolados em pântanos como árvores moribundas, perdidas no escuro onde as suas raízes se sustem…Estou farto de alimentar a alma, apenas pela razão…Farto de implorar que o céu azul filtre a escuridão que teima em adornar os meus prados de vida, quero descer dos céus, caminhar e abarcar horizontes neste mapa de nascentes sombrias onde os frutos não germinam e os ramos suspensos na sombra tendem a ceder ao silêncio das pedras atiradas ao nosso lago adormecido! Fecho mais uma vez o relógio que conta o meu tempo incompleto, mas viverei sempre com esse tempo por cumprir, inacabado em mim

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Hoje gostava de  conseguir arranjar verbos para o que sinto…Mas! as palavras, como eu,  e “alguém “não se juntam  para formarem as frases que desejo, como se “alguém”, não conseguisse moldar o desejo em palavras. É estranha a saudade infinita que mergulha no meu corpo  o desejo de  abraçar. Abraçar sentimentos jamais extintos…Hoje vou apenas  recordar! Acariciar a saudade de momentos vividos, instantes belos trocados, sentidos em noites de chuva, sempre iluminados pela presença  da lua. Mas!!! A lua foi “mordida” pela sombra do sol, enquanto alterava a minha face mutilada pelas garras dos seus raios… Hoje não chove!  As gotas ensopadas de dor não invadem a minha alma de saudade. Mas , é nesta hibernante nostalgia que muitas vezes,  recordo momentos de amor, instantes de mim em  “alguém” que deixei para trás no meu coração rasgado...Sinto os  olhos encharcados,  de lágrimas, ou pela chuva molhados,  sinceramente já não sei!! Hoje apenas devoro esse corpo celeste  em minha mente. Tenho o meu corpo  débil que há muito entrou em erupção, derramando magma incandescente sobre esta minha alma sem chama…É verdade eu já me senti magoado, torturado, cansado  até abandonado pelo acaso da vida, contudo sempre tentei ser  a chama viva que meu peito acolhe ! As saudades que eu tenho de ter saudades…Fazem-me pensar que já não existirá o amanha por isso apenas iluminem-me!

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Hoje , para ser sincero tenho de dizer que não sei se a solidão é a impossibilidade de respondermos sim ao que nos pedem…Fico confuso! Não sei se solidão é não ter sono e escutar todos os ruídos que se passam na rua, ou se solidão é viver perdido entre muita gente e rodeado de asfixia que chega a ser audível nas portas do céu…Hoje não consigo pintar  um sorriso em mim, sinto-me uma "morte" por cumprir,  assim como ontem , falta-me a FORÇA PARA MORRER…Será  solidão sentir vontade de escrever, com o pensamento rodeado em memorias e capas de livros ao som de musicas que não acordam ninguém!!!? Hoje estou assim, como um lugar mal situado, como uma casa roubada, como um sitio fora do mapa, como uma planta no deserto…As palavras podem estar gastas , mas apenas para os mais distraídos, nesta vida gastamos tudo , gastamos as pedras do nosso empedrado, gastamos o sal nas nossas lágrimas, gastamos as horas, os minutos do nosso relógio de vida,  ficando  o silêncio que por muito que o façamos jamais o conseguiremos reter em nós, ou gastar! 

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Hoje sem duvida que prefiro o silêncio, esse surdo gemido que me agride na vestimenta do vazio das palavras! Vou adornando esta estadia voluntária e apática de prisioneiro , sem luz … Por muito que tenha tentado fintar os buracos da grade que me circunda, não consigo deixar de ser violado pelo plagio voluntário da mente que o silêncio agressor deixou  cair em mim nas minhas palavras despidas …Há paredes que foram caindo do meu peito, onde o mar se deixou arpoar pelo sol intenso…Resta-me o perfume do seu azul quando a noite cai no deserto do meu olhar! Deixem-me ficar ai, no escuro dessa noite, onde os pretextos são desenhados de forma adultera, onde a carne da alma é indivisível , onde os terramotos são menos intensos, as trovoadas menos barulhentas e as marés menos vivas … Em todos nós existirá alguém capaz de sentir a densidade da sua garra, da sua força? Ou haverá alguém em nós destinado a ser quem é?
Ou será que eu existo por ter sido o que já fui?Sinceramente  nem sei se as palavras que aqui emprego tem  o vigor  que precisariam de ter, mesmo que estas não passem de meras sombras dos meus segredos,  falta-me a força para morrer nas noites em que o meu corpo se recusa a dormir … 

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Hoje mesmo com esta chuva eu sinto o incêndio que queima cada pedaço do meu cio, olho o céu que penetra no meu profundo vazio e é por esse caminho que sigo, por entre o olhar e o brilho das estrelas que não vejo…Olhem-me sou uma chama intensa, sou um mar de lava adormecida, sou, o eclodir dum corpo nu sobre o horizonte , sou a água fervente que inflama a mente na devassidão e na tempestade. Eu já fui a força dum vulcão em plena erupção!!! Hoje sou apenas o despertar da letargia, que os meus dedos transpõem em pura magia. Hoje em dia amar é esculpir uma obra de arte, é pintar o céu com os tons da lua, como se tudo em nosso redor crepitasse num fogo suave que nos derrete os sentidos. Hoje amar não é só desejo é também conhecer todo e qualquer segredo, descobrir todos os lugares onde nos guardamos, é libertar as loucuras que escondemos nas fantasias a sete chaves fechadas. Hoje já não sou capaz nem quero quebrar os limites que fundem corpo e alma, desejo e luxúria, que fazem dos sentimentos a mais profunda sensação. Prefiro percorrer o silêncio dos meus gemidos, percebendo as curvas que os contraem, a ondulação cadente com que os sonhos ficaram suspensos nas minhas mãos…Muitos de vós Dir-me-ão que escrevo apenas letras, descrições , utopias , ilusões mas nesta amalgama de sonhos vocês todos sentem-se parte integrante do meu presente narrado nesta saudosa viagem que não me canso de inventar…

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Hoje, percorri os céus, apenas quando o dia se pôs na mesma solidão! Ergui os braços aos céus vestido de enganos e de certezas, vestido de orgulho pelo trajeto traçado, aceitando os meus medos para um qualquer lugar onde apenas caminhe só…Esta noite, ao contrário de tantas noites, não olhei o céu fiz-lhe ao invés uma vénia. A minha  mão tocou o chão para o cumprimentar. Amei-o mesmo depois das nuvens terem manchado a sua fachada.! Calou-se a multidão a seus pés , cantou-se a beleza, o amor e saudade. As suas lágrimas de pedra começaram a caíram, invisíveis para tantas pessoas, mas eu vi-as. Vi-as quando elas derramaram sobre o meu orgulho, nesta humilde esperança… Senti finalmente que uma era se acabava para outra começar. Moldei a voz para  ouvir outra voz uma vez mais, dizendo que o rumo pode sempre ser alterado no olhar por um tempo… E isso não significava que não pudesse voltar a abri-los para ver tudo de forma mais clara...Hoje não sinto a falta da força daquele cansaço que não mata mas também não nos fortalece, hoje  apenas sinto a poesia do pensamento que devora as poções dos caldos das bruxas que neste Halloween  enfeitiçaram o meu ritmo de escrita na eterna e silenciosa recordação de luz no meu olhar…

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Hoje reflito e sinto que a esmagadora MAIORIA de nós, afoga ilusões e esperanças, e todos os dias renascemos no mesmo sonho que já deu à luz muito do que já vivemos… Todos os dias o sol até pode nascer mesmo quando o não vemos, nublado pelas cortinas de chuva ou do próprio olhar! Do fundo de nós arrancamos sempre a força para acreditar, mesmo que meio cegos de tantos rostos ver se julga haver alegria e abundância, quando tantas vezes impera um quase existencialismo, uma necessidade urgente de si e do outro, uma solidão ainda que menor, uma lágrima não percebida da sua própria condição…. Falamos de amor  constantemente como uma das palavras mais utilizadas no quotidiano , mas cujo mais profundo sentido corre paralelamente às nossas vidas… O amor deve florescer sem qualquer contrapartida, sem contratos , sem cláusulas tal como o sol e a chuva se cruzam insistentes além do olhar, também nós geramos arco íris como bolhas de vida no cinzento dos dias sem amor... E se de repente tudo se harmonizasse, talvez então não fosse fatídico e necessário que houvesse sempre dor além de uma intrínseca alegria sempre auto limitada nas curvas do viver. Hoje todos nós percebemos que somos feitos da mesma massa, e que na diversidade individual que caracteriza o único, fermenta em todos nós …Mas!! Apenas alguns o tentam ser…Deixemos o céu e prossigamos a nossa estrada, quem sabe um dia se possa descobrir num olhar, num abraço e na entrega  mais do que uma mera projecção! Vamos viver a eternidade e é isso que nos faz únicos, restritos, espontâneos , eternos no silencioso amor 

Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...