segunda-feira, 11 de março de 2024

Hoje fiquei a olhar o calendário, desfolhei os dias em todas as suas páginas eu dei por mim a pensar em que dia, e a que horas marcariam no relógio naquele momento magico em que nos cruzamos e que eu sem perceber me apaixonei pelo teu sorriso e me encantei pelo teu olhar! Não fazia sol, nem chovia, era noite, ou apenas me deixei encandear pelas estrelas que te rodeavam porque o teu olhar me deixou blindado e tudo em meu redor deixou de existir. Olhei-te e de repente senti-me uma parte de ti. A outra metade de mim. A gota de ousadia que me faltava. A partícula de timidez que te sobrava, estava tudo ali. Tu eras tudo o que eu não tinha, e eu tinha tudo aquilo que tu procuravas… Eras a eternidade que eu nunca tive e que procurava nos sonhos que ainda não sonhei. Esse foi o momento exato em que te amei, ainda sem saber. Sem perceber que agora nada mais voltaria a fazer sentido. Hoje olhei-te e senti-me na projeção desse pensamento. A exclamação no final de cada uma das tuas frases. O ponto de interrogação nas horas de dúvidas, nas reticências sobre o que será o futuro dos sentidos, por isso, olho-te e lá estou eu, sempre incluído nesse pensamento, revejo as minhas mãos no teu rosto, a delinear o meu mundo! Também vieste dar cor aos meus dias. Os sentimentos que foste escrevendo no meu coração eram tão fortes e intensos que nem precisei de passa-los para o papel, para que fosse necessário guarda-los na minha memória. Eram uma tatuagem feita na minha alma e que ficou guardada no meu coração. Datas e momentos que não precisaram de agendas para que sejam recordados. Pois, eles são uma recordação viva, de instantes de felicidade pintados no meu corpo que jamais serão esquecidos. Isso é a memória viva do sonho que me arrisquei a viver, uma recordação do que amo, de alma e de coração, a história que fica para a eternidade. Hoje se me pedissem um poema apenas, um só poema, eu ficaria aflito a imaginar…Não saberia fazer jus às suas belezas, nas palavras, mesmo de coração aberto com a subtileza da Natureza que me embriaga o olhar! Se me pedissem palavras eu ficaria feliz, muito feliz por ver que se lembravam de mim! Eu sei que sou pouca coisa, mas ficaria também nervoso e preocupado por ficar aquém expectativas de outros, pois um dia ser rei e outros nem ter o que comer é silabicamente triste… Ser metade de algo não preenche a não ser quando somos metade de outro alguém … A verdadeira ousadia do ser, é despir a alma do sonho que outrora vestimos para mergulhar no silencio absoluto, Umas vezes vestimos o olhar de chuva ao derramar lagrimas, outras entramos em valsas de sentimentos onde temos de despedir-nos de sentimentos que fizemos nascer … Voltamos ao cais de partida, de alma vazia, coração sem ritmo, corpo isento de sensações que tanto investimos para ser embalado… Outrora foi tratado com carinho, paciência, ternura e embalado com um sorriso no olhar! Tive de me proteger com a força do orgulho entreguei o meu ser ao ritmo da batida do coração. Não o quiseram … Temos de aceitar, mas não o devolvam, não existe sozinho…

sexta-feira, 8 de março de 2024

Hpje, visto-me no silencio em que a alma se calou…Desisto de sentir…Não é de alguém que me afasto nem do tempo que passou…É deste sentir que nos outros, não viveu…Fiz da Procura a minha condição humana, nessas linhas que tecem coração, nas teias emaranhadas de pensamentos onde vivemos constantemente e nos horizontes de uma alma em silêncio, calada pela voz da incompreensão e da insensatez… Solto palavras soltas que nascem nas pontas dos meus dedos, escritas em folhas brancas como nuvens de algodão doce, trazendo o sabor das sensações esquecidas, das saudades daquilo que poderia ter sido e dos desejos que ainda persistem em minha alma, porque sonhar já é poesia…Sei que me perco nas entrelinhas, sentidos que só eu encontro, porque saber ler, nas frases escondidas, nas rimas de uma canção, num sorriso uma lágrima, nos sonhos que se acabam em cada madrugada… Há pessoas que apesar de tudo vivem em nós mesmo que nos ausentemos de sentidos, de promessas… Do silêncio em que a voz se cala para não magoar, nos gestos suspensos num segundo que os ponteiros de um relógio esqueceram de marcar, nas emoções que ainda sinto e nos desejos por revelar….Ás vezes esqueço-me de mim lembrando de outros, sempre que a noite se ilumina com o brilho de uma lua cheia onde as estrelas se espelham , porque o sonho e se faz de esperança em nós, queiramos ou não… Esqueço-me para melhor recordar o olhar dos dias que me fizeram sonhar, nas manhãs em que o sol me devolveu sorriso e nas tardes em que a chuva cai neste olhar numa tristeza sem fim…Lembro de pessoas nas horas que se fazem tempo passado, nas palavras escritas num futuro que nasce e morre no agora. Lembro para não perder as memorias de uma vida que passa e fica… gravada na alma com aquilo que um dia eu sonhei…Amar é isso procurar para não te perder… Esquecer-me para te lembrar… Aquilo que sou, por vezes não chega para mostrar tudo o que sinto. Fico procurando palavras para dizer o que o meu coração sente, e não encontro palavras que sejam o rosto do meu sentimento. Falta-me a coragem para inventar novas palavras que possam acompanhar o grito da minha paixão. Palavras que conheçam a intensidade deste sentido. Os sonhos existem para nos darem sentido à vida. Os sonhos são o alimento da alma. A forma exacta de ela nos dar conselhos. A maneira certa de ela nos mostrar o que queremos viver e assumimos perante o mundo, mas!!! É nos sonhos que vivemos sem medos. Ali não existem fantasmas que nos assustam. Nada nos trava e tudo pode acontecer. Ali sempre seremos felizes. Os sonhos existem para nos levarem até à felicidade de que tantas vezes desconfiamos e nos fazem desconfiar...Os sonhos não morrem, mas, por vezes, a alma precisa de adormece-los. Precisa de travar a nossa necessidade de sentir alguns sentimentos mais intensos. O nosso impulso para transportarmos para o sonho desejos que ainda não chegaram ao seu tempo. A alma adormece-os para que possam aparecer no momento oportuno. Na hora em que a vida os deixe de considerar futuros e lhes abra a porta para eles saírem. Sim, porque a vida não nos deixam antecipar futuros. Da mesma forma que jamais nos deixará sonhar sonhos antes do tempo. Os sonhos existem em nós e nós não deixaremos de os procurar. Sem eles a vida deixaria de ter sentido. A vida, apenas os calendariza-la, coloca-lhes um rótulo com a data e hora de nascimento. E eles têm de esperar. Tudo tem o seu tempo, até os sonhos.Seja qual for o seu sonho, comece. Ás vezes ousar não é correr atrás de ninguém, é sim, ser genial, ser humilde e admitir quanto erramos pois há sempre dois lados... Porque hoje quando me enfileiro entre os demônios, deixo guiar a vontade ao centro nervoso do meu interior, onde acuso o que decididamente me desorienta e ao mesmo tempo acomoda. Não dá para ficar à parte… As maiores mazelas moram dentro de nós, como uma doença adoece o nosso mundo, o olhar esse, fatigado anui a dor que vive à custa da nossa intolerâcia. Será possível domar o que nos eletrocuta com doses significantes de apatia? Sinceramente não sei, se ao menos a luta fosse abalizada com ternura, colhida com a maciez propícia de quem realmente se propõe a se elevar, a dar vida às cores desbotadas pelo tempo, e mudar as vestes, os calçados... Esta mudança é interna ornamenta os caminhos com legitimidade, com a essência humana e necessária para dar novos tons ao que se pendura ao redor. Que a luz desacomode e finalmente intervenha pela mudança estritamente imprescindível à minha alma com destreza e delicadeza, sem causar vandalismos na pátria que construímos dentro de nós mesmos ao longo dos anos, Mas!! O mundo é reflexo de nós. Sua manutenção nem sempre é espelho de nossas ações. Os sonhos esse ficam cada vez menos ativos! Hoje o peito devora-me em saudade, alienando o silêncio para as profundezas. Por tanto tempo estive adormecendo minhas memórias para reciclar um pouco de paz. Contudo, hoje exalta a vontade de delirar os versos do que tenho sentido, porque nem sempre é possível, nem sempre há dia para desejar e noites para amar... Nem sempre há estrelas cintilando na arquitetura esplêndida dos céus; nem sempre há olhos para admirá-las. Nem sempre as palavras nascem e se intercalam com doçura. Mas quando elas surgem, surgem, e nem sempre há alguém para as lêr... Nem sempre há abraços. Nem sempre...Ne sempre há carinho. Nem sempre ..

terça-feira, 5 de março de 2024

Hoje estou incrédulo sinto que vivemos, de forma incessante, buscando uma realidade que resulte numa equação equilibrada, mas!! Fazemo-lo, muito frequentemente, sob os alicerces da imaginação. A imaginação é, assim, necessária até na equação de vida! É preciso criar uma visão para a própria vida e se possível, borda-la com um propósito e significado especifico, as pessoas não são todas iguais e não devemos medi-las pela mesma bitola! Tudo o que fazemos ou não fazemos, comunica uma verdade. Essa verdade pode envergonhar-nos, mas não deixa, por isso, de ser verdade, como também dela nos podemos orgulhar… Mas há sempre um espaço entre o estímulo e a nossa resposta ou se quiserem reação. É esse intervalo que compõe a pauta de um destino verdadeiro. Deveríamos, em decorrência disso, valorizar os intervalos como aqueles momentos em que, parados, podemos respirar profundamente, esvaziar a mente e decidir como queremos sentir-nos a cada momento. O intervalo é, sem dúvida, de confiança. Mas não aquela pausa corruptora, em que nos vendemos à insegurança, ao medo e ao desânimo. Não! Esse intervalo, apesar de sedutor, não merece a nossa devoção. Ás vezes temos de abolir o intervalo que se traduz em desistir de nós mesmos e da vida que todos podemos criar, cada intervalo dá espaço a que, nossas ideias, sejam o espelho da vida que queremos e podemos abraçar! Juro que tento entender as leis da raça humana, mas não fazem sentido. Oiço o que as pessoas dizem e baralho-me com o que fazem… Na minha cabeça, não bate uma coisa com a outra e há dias em que isto me desorganiza. Muita retórica, muita palavra eloquente e, no final, nenhuma consistência. Não consigo orientar-me nesta desordem. Sei que não tenho de entender tudo mas gostava de perceber o que leva as pessoas a serem egoístas , mentirosas, desonestas… Parte de mim sabe que metade desta ansiedade vem unicamente da minha própria existência, por ser muito critico até de mim mesmo….Mas observo muitas incongruências, afinal o ser humano é mesmo vulgar! Lutamos por coisas tão pequenas e insignificantes, fechamos os olhos a genocídios, fraudes ecoisas horriveis, a troco de quê? Esquecemos de onde vimos e hipotecamos quem somos. engolimos todo o mal que os outros nos fazem de forma gratuita, sem nexo, sem propósito, sem humildade… Não é humilde o que tem pouco, é sim humilde aquele que faz do pouco muito, e se alicerça nas pequenas coisas, valoriza a singularidade de cada momento e jamais esquece o poder de um sorriso franco. Mas ser humilde não significa aceitar tudo, morder cada sentimento como se nada doesse ou esquecer os caminhos da angústia. Significa sim, ver algo de belo ao longo do percurso, ainda que este seja sinuoso. Significa não permanecer onde nos ferimos, mas estar grato, pelo bom que retivemos e valorizar a vida, a magia do primeiro sopro de todas as manhãs, cada batida do coração que nos permite existir. Significa ser e sentir, em plenitude, desconstruir e nascer de novo. Tantas vezes quantas forem necessárias. Significa lembrar ainda assim, que, apesar de faltarem ainda tantas respostas, sentir a cadência do mundo na vibração a cada impulso que damosaos dias e isso sim é um sentimento bom, reconfortante, que nos devolve serenidade à alma, em momentos de tanta inquietude. Por isso hoje, fecho os olhos, respiro lenta e profundamente e faço de conta que tudo está no seu lugar. Talvez, quando os abrir, tudo esteja. Incluindo eu…

segunda-feira, 4 de março de 2024

Hoje visto-me da ausência...Uma palavra tão pouco mencionada e ao mesmo tempo tão presente no nosso quatidiano! Talvez, todos tenhamos já sentido ausência daqueles que vamos perdendo simplesmente porque a vida não se compadece com as nossas fragilidades em perder pessoas que foram ou são pilares nos nossos dias … Nunca se prepara um adeus. Qualquer que seja... Imaginar um adeus não nos habilita a compreender a tontura de sermos apanhados de surpresa quando perdemos alguém… Preparar ou impor uma despedida não nos ensina a dizer adeus mas, simplesmente, a preveni-la … Muitos vivem na opacidade dos sentimentos por pensarem assim, ao invés dos viver, tentam-se preparar para um fim que só nas suas cabeças existe! Há situações que não conseguimos evitar...Achamos sempre que poderíamos, deveríamos ter feito mais... mas acabamos por aprender a viver com a perda…Não sei se isso nos torna mais fortes, bem! Eu acho que não , mas é apenas uma opinião! Há também outros tipos de ausências...Ausência do tempo em que éramos crianças e a vida estava de portas abertas para nós. Claro que com a idade umas se fecham mas outras se vão abrindo, mas algures fica a sensação de perda de haver algumas coisas que já não nos pertencem e não, não estou numa crise de identidade ou idade, a vida é mesmo assim … Há ausências que nos são impostas e ausências que criamos, seja porque razão fôr. As que nos são impostas aprendemos a conviver com elas, outras acontecem por circunstâncias da vida e o ser Humano, que tem uma capacidade fabulosa de adaptação, lá sobrevive, redefine os seus objetivos de vida, ergue a cabeça e segue em frente. O grande problema é que por vezes a vida nos passa rasteiras e o que já estava assumido como ausente aparece do nada, e aí a confusão fica lançada. Nós, Seres Humanos, somos particularmente resistentes, no entanto nem sempre estamos preparados para as surpresas que a vida nos reserva, sejam elas boas ou más. Parei agora e reli o que escrevi e até me rio ao pensar que poderá este texto ser interpretado como uma qualquer mensagem codificada...que não é de todo!!! É apenas uma reflexão do dia de hoje, e dos últimos tempos, das pessoas que me são próximas. Mas para chegar ao cerne da questão falo das ausências que tentamos assumir, com toda a sua perda inerente. Assumimos conscientemente determinada ausência, pois no prato da balança com tudo devidamente pesado o resultado é que a ausência é menos prejudicial que a presença…Porque uns merecem tanto e outros, não merecem tão pouco! Temos dias que nos despimos dos nossos mantos, afastamos os adivinhos e mágicos, para ficarmos sozinhos em silencio, ante a nossa própria face, mas de todos os ausentes há aqueles que nos fazem falta , de mãos , de ombros onde o nosso coração desce as escadas do tempo mas não os encontramos , apenas avistamos planícies de silêncio, mesmo que os seus rostos estejam para alem do tempo opaco este jardim de silencio é de todos o que se faz mais ausente… Por isso meus amigos, nao devemos poupar palavras como, gosto de ti, és importante para mim nesta vida... Só existem dois dias do ano que nada pode ja ser feito, um é o ontem e outro o amanhã!

sábado, 2 de março de 2024

Hoje olho ao longe para um caminho e cada um dos feitos, tem como alicerces a família base, ou a ausência dela os afectos que vamos recebendo ou não e enquanto a infância vai passando e dando lugar à juventude, os pilares da nossa personalidade vão-se formando. Mas só com a experiência de vida ganhamos uma nova perspectiva. Não é por acaso que a juventude é vivida de uma forma apressada, queremos tudo o que a vida tem para nos oferecer e esperamos ansiosamente tomar as rédeas da nossa vida… Inocência esta a de nem sequer percebemos que, embora balizados pelas regras de quem nos educae da sociedade, vamos tendo já na mão o nosso caminho nas pequenas acções da nossa curta existência! Chegados à “idade adulta”, para muitos começa cedo demais infelizmente pois a infância é quase inexistente, temos agora por inteiro a responsabilidade das nossas acções e as respectivas consequências….As boas e as más! Cabe-nos interiorizar e com este processo vamos ganhando maturidade. Tenho uma profunda admiração por pessoas que não tendo tido os mesmos alicerces que alguns tiveram, conseguem cortar esse ciclos negativos, superar o que falhou e serem pessoas estruturadas, positivas, realistas, deixando de lado caminhos de azedume e mesnos positivos que seria aparentemente um caminho bem mais fácil. Para mim faz sentido andar neste mundo e tentar ser melhor pessoa, seguir os meus princípios, melhorá-los, fazer o que considero que está certo, por mais que isso muitas vezes me custe . Não sou pior nem melhor que ninguém…Sou eu apenas no meu caminho, no qual também são muitas as vezes em que erro, mas nada como aprender com o erros e seguir em frente, até porque quando temos filhos temos a obrigação de ensinar pelo exemplo, e fazer sempre o melhor para que também se orgulhem do nosso percurso, e esse é o legado que dlhes deixamos...Claro que neste caminho vamos batendo com a cabeça, por vezes tomamos más decisões, somos egoístas, erramos, magoamos, somos magoados…faz parte da natureza humana e da vida. O segredo está na forma como vamos vivendo todo este processo internamente e a forma como o vivemos com os outros. Não acredito pelo que testemunhei até hoje que, uma existência que cresce apenas para dentro, faça sentido ou traga qualquer ponta de felicidade. Uma existência onde um vive para si mesmo acaba por ser doentia, como um quarto que nunca é arejado e fica fechado, cheio de fungos e doentio. Não conheci até hoje uma alma que fosse feliz ou se sentisse realizada com este tipo de existência, até porque normalmente quem vive assim fica azedo, invejoso do que os outros têm, não falo de bens materiais…falo de afectos, de vida, de amor, sem perceber que estando a porta fechada não sai nada para ninguém e tão pouco entra, a não ser por pessoas altruístas que sentem necessidade de ajudar...També digo que não acredito que as vivências passadas sirvam de justificação para actos presentes ou ausência deles . Obviamente que há casos e casos mas refiro o normal de relações entre pessoas. Somos todos uma obra inacabada, em crescimento e para mim não faz sentido a estagnação do ser….são sentimento que corroem e corrompem a nossa alma e nada trazem de positivo. Choca-me a existência de quem apregoa princípios do alto da sua sapiência, e na prática não os pratica, nos mais pequenos detalhes, dia após dia, ano após ano. Choca-me a distorção da realidade em benefício próprio, ignorando por completo aqueles que estão próximos e também os que pedem ajuda. E não é fácil a ninguém pedir ajuda…requer humildade. Mas há sempre urgências, há sempre um bem supostamente superior...Como se pode falar em caridade, em direitos humanos, em ética, em moral quando se ignora quem está ao virar da esquina… Mas também há aquelas pessoas que nos aparecem do nada e iluminam a nossa vida, com uma presença discreta sem megafones, mas sólidas, amigas e coerentes e a paz e alegria que estas pessoas transmitem é o que nos faz continuar o nosso caminho e aspirarmos um dia a ser como elas. São Almas com Alma. Desculpem mas hoje estou assim, porque cada alma é por si só uma sociedade secreta, e algumas são como as estrelas... Absolutamente inalcansáveis!

sexta-feira, 1 de março de 2024

Hoje são as extremidades da Alma as artesãs dos sentidos e dos afetos, e eu… Apenas me abrigo, envolto em papel com laços simples da minha cor! O Baloiço da minha infância ficou vazio há muito, lá bem longe, num tempo de horas sem relógios e de futuros demorados ! Num tempo , onde o tempo foi esquecido mas eu ainda me lembro, ele parece aqui tão perto, esse baloiço de infância… Era lá que os outros ficavam sem palavras, porque triste não é deixar todos os demais sem palavras, triste é nada termos a dizer…Triste, não é ignorar afetos, triste é vulgariza-los quando ficamos sós e esquecer os que mandamos embora, triste é saber que quem trata assim o passado, fará num futuro o mesmo, com o presente! Hoje estou assim , com as palavras a fugirem-me pelos dedos, correndo, brincando, contorcendo-me por entre desatinos da alma. Como em criança, corro, agarro-as , recolho uma a uma, para aleatoriamente as degustar, devorar, num jogo de sabores inigualáveis! Ainda hoje lhes sinto o peso, o cheiro, a cor… inebriam-me nesta dança vulgar onde se doam e eu me dou, uso-as para me contar ao esbarrar-me neste ecrã onde lhes dou ainda uma réstia de vida, amando-as numa justa troca de afetos onde me faço gente, grito e leve… hoje sinto-me descalço nesta linha da vida, onde preciso sentir o toque, o pulso, a tranquilidade porque sei que mais lá para a frente antes da minha ultima curva de vida esperam por mim…É com esta imaginação onde não permito invasões que albergo o que quero e jamais alguém ceifará com o seu Ego o meu sonho… Porque triste não é adormecer no passado, tristeza é olhá-lo com desdém e fingir que não existiu, triste não é deixar de amar, triste é dizer que nunca se amou…Triste não é potenciar a felicidade num outro sitio, triste é fingir que nunca lá se morou! Não é triste dizer-se que não se quer um “presente”, triste é sentirmos que com eles nos quiseram comprar, triste não é lutar por quem desejamos, triste é fazer-lhes crer que são os primeiros e as prioridades, triste, não é silenciar, triste é comportamo-nos como se nunca tivéssemos falado, triste não é tentar erguer a alma, triste é esquecermos que também temos uma, triste não é de todo verter uma lágrima, triste é nem saber o que é uma! Mas hoje, triste mesmo, é fortalecer-me de silencio e das palavras que não digo até que as deixe de sentir ou que simplesmente morram em mim….

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Hoje são as extremidades da Alma as melhores artesãs dos afetos e é nas minhas que me abrigo! Guardo nos lábios letras feitas de silencio palavras que um simples beijo reteve em mim! Há vidas que são largadas ao vento, de sonhos rasgados à mão…Levam-nos a mergulhar no mar e pescar o sol com um pequeno fio de lua, mordendo a luz da lua na escuridão da noite, ficam-nos nos dentes, pedaços de estrelas que arrepiam a pele na calmaria da noite tingida …Hoje o sussurro do vento envolveu-me os dedos na brisa das ondas que me fazem dançar na noite para la do horizonte longínquo… Ponho as Asas, e na margem dos meus pensamentos, aliso as águas, nesse leito de todos os rios que correm ao sabor dos ventos, arrastando os grãos de areia desse seu abrigo onde montam a mesa esperando, que a vida escancare os raios de sol refletidos nas pedras que ladeiam a cascata das linhas de água adormecida, elas vertem puros poemas de cor de prata… Sinto-me polido mas não gasto como as pedras da calçada, sem passado e futuro, apenas presente , embrulhado em fios de lua na calmaria de um musco verde, que se adensa nas margens deste rio onde cada estrofe se faz inteira de uma canção inacabada! Sou tantos seres diferentes, quanto os olhos que me olham… Mas!! Não basta que me olhem, é preciso que me vejam, para perceberem quem sou…Como sou…Façam as perguntas que desejem, mas respostas, estas só aparecem onde os anjos escrevem, porque, as palavras agarram-nos, são tão fáceis, embora há quem as diga sem sentido, e quem as diga sem sentir, e há até quem faça as duas coisas…No meio de todos estes, há quem prefira “usar” palavras doces, os que preferem “usar “ palavras que doem … Por final há os que usam a máxima de faz o que te digo não o que faço, esses sim, são os politicamente corretos, donos da corretíssima teoria, mas de um desprezível comportamento, e na minha ótica, os que são mais perigosos , já que em 10 palavras 9,5 delas são apenas cenário...Hoje não escrevo tudo o que sinto, mas sinto tudo o que escrevo…

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Hoje vejo em todas as asas que cruzam os céus o amor que ensinei a voar, porque há coisas na vida que simplesmente se gosta, que nos sabem bem ao sabor dos sentidos. Coisas que nos fazem felizes por momentos, ou por dias, por eternidades não são uma música, um jantar realmente bem feito, uma paisagem ao pôr do sol, umas férias - curtas ou longas, aquele casaco no primeiro frio do outono, ou aquela camisa que nos ofereceram ! Há coisas que nos sabem a toque dos pés na calçada, momentos que se vivem por minutos ou horas, mas que nos dão sensações de prazer, que ficam na memória curta e que nos fazem dar sentido aos dias, há coisas que nos fazem adormecer com aquela imagem de um dia bem passado, bem vivido de sorriso feliz...Há muita coisa mesmo, mas depois há coisas na vida que nos preenchem na íntegra... O abraço da família, o riso dos amigos, um olhar de ternura quando se tem um gesto bom, uma mão que toca, quando se diz adeus. mais que momentos que se vivem, são sensações que despertamos, naqueles que nos rodeiam. interacção bonita esta de dar e receber, de soltar risos em alguém, de emocionar alguém, como uma simples brincadeira no trabalho, um telefonema na parvoíce, o permanente divertir, provocar, sentir quem nos rodeia. É quase defeito, esta procura permanente de perceber o outro em frente, de o animar, de o confortar, ou simplesmente de cuidar... São especialmente bonitas as pessoas que se perdem a cuidar dos outros, dos que nos pertencem, sejam família, amigos, sobrinhos, ou apenas próximos, porque, são esses momentos que nos dão sentido à vida e é aí que, adormecemos com a sensação terna que fizemos o nosso melhor por alguém, que fomos o melhor de alguém. Mas!! Único, é quando somos completos.. Podem vir mil filósofos das teorias modernas da independência, mas quem já amou de verdade, entende bem o que digo, porque quando conhecemos a outra metade de nós, percebemos que fomos feitos assim... Apenas metade, na espera do outro encaixe, da peça do puzzle que fica ali, exatamente no abraço perfeito, no corpo que se sente colado, no beijo que é energia, na pele que se toca e dá choque...Não é alguém igual a nós, isso é a nossa cópia, não, mais que isso, é alguém que sendo diferente, tem os pontos de encaixe perfeitos em nós!Tanta vez dão faísca, que arranham com as dificuldades da vida, que magoam com as merdas que fazemos torto, que quase partem com os timings errados... Mas!! É a única peça em que sentimos o alívio estranho de que não há mais nada para ver, para procurar...É aí que eu adormeço com a certeza rara que é ali, parte de ti, que sou maior...Ou que podia ser ainda maior! Hoje as letras enforcam-se nos fios da alma, como peças soltas de um puzzle que não se consegue montar, não se juntam, nem encaixam, nem tão pouco o querem ! Desmaiam as palavras das canetas que roçam o papel branco , amarrotado pelo pouco que sabemos e entendemos! Hoje bastaria um gesto porque, ai sim as palavras faltariam...

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Hoje a ausência de palavras nas paredes , formam gelo e só as minhas mãos aquecem nestes dias, as palavras são indefesas perpetuam-se em nós e é assim que gelam, assim ao esbarrarem nas paredes geladas feitas de céus trasvestidos de imagens que os dias nos fazem rever ... Acho que todas as palavras passaram a repousar nos silêncios onde elas pertencem neste momento, por isso estende as tuas mãos para que elas aqueçam também só mais um pouco! Hoje que todas me perturbem numa doce inquietação, que me agitem os sentidos e que se escrevam ousadas, quando as paredes de gelo derem lugar aos muros caiados de branco, cheios dos reflexos dourados das igualmente douradas estrelas que se esconderam do frio deste inverno! hoje apenas me deito neste deserto das minhas mãos onde se forma um imenso vácuo de noites e sonhos, no espaço que me segura, nesta viagem de galáxias mais antigas que este mundo, me mostrou e, reconstruo-me, enquanto esqueço histórias de vidas passadas , onde se erguem cidades de uma vida suspensa… Sabem do que mais gosto? O que mais gosto é correr nesta praia e vagar a minha voz pelo horizonte, onde não há rumos nem becos, nem pressas e é ai, que as palavras nascem, nas sílabas à solta por dentro de mim, onde não vislumbro mapas, bússolas , ampulhetas que me prendam, neste grito de gaivota sem improviso que a aurora desfeita me faz sentir e partir, para universos longínquos, onde, nenhuma história da humanidade se tenha feito noite, nem deserto e nenhuma alma imperfeita faça de novo a noite cair… Porque apesar de tudo, pode-se amar, pode-se viver, sentir, arriscar...Porque apesar de tudo!Abrimos mãos de tudo e o melhor conselho que alguem nos pode dar e por mais coisas que nos faltem na vida, há tanta coisa que não nos falta nesta vida...Apesar de tudo podemos aceitar os dias que nos resta sem exigencias e a unica exigencia é ter mais um dia hoje e menos um que amãnha !

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Hoje tenho no olhar fantasias poéticas que outrora vivi, sempre quis viajar e desbravar o universo, mas tive de me conformar apenas com alguns versos numa viajem interior…Cheguei querer mudar o mundo, mas apenas tive o consolo de mudar e acomodar o meu …Sempre quis aprender a tocar piano, mas apenas aprendi percussão! Juntei batidas ao invés de teclas … Sonhei ser amado, mas, aceitei apenas amar…Sempre adorei conversar mas, com a falta de quem me ouvisse, optei por escrever! Quis sentir menos do que sinto, mas a minha emoção nunca parou de crescer, sempre gostei de rir e sorrir , por não ser sempre capaz, optei por me esforçar fazer outros sorrirem…Sempre lutei para saber qual era o meu lugar, sempre me quis encontrar, mas hoje apenas humildemente, já apenas aceito não me perder. Lutei tanto para libertar a alma mas cheguei à conclusão que, beleza existe na prisão do corpo, sendo ateu , levou-me a fazer do amor a minha única fé! Eu sempre fui assim, pensativo, sempre me adaptei, sempre amei escrever, sempre escrevi sentimentos que vivi, ou que desejei viver e outros que me soavam a algo! Escrevi e escrevo, que seja muito claro, sempre pela necessidade de comunicar, pela companhia, pela fantasia, pela alma, pelo que sou, pela necessidade de falar e não ter tido quem, me tenha sabido escutar, muitas vezes apenas frases que encolhi para quem, não me leu… Mas!! Hoje já não tenho pressa de chegar a todos os lugares, onde no passado cheguei apressado...Não tenho pressa de ver o futuro que me está reservado, porque sei que o tempo não se ganha nem se apressa, não tenho pressa de me encontrar, pois sei que a seguir me vou perder novamente...Não tenho pressa de encontrar o amor, porque por ele já fui encontrado e também o encontrei ! Talvez não nos temnhamos sabido preservar.... Sinceramente não sei e já nem o quero saber! Não tenho pressa de ser feliz, porque sei que a felicidade é um caminho e não uma meta...Não tenho pressa, embora tudo me pareça urgente, mas, não tenho pressa...É que , hoje o dia nasceu e o mar em calma traz a música de ondas pequeninas a afagar esta areia onde me sento numa cadência tranquila. Vejo alguns banhistas sem medo ao frio entram no espelho da água, ali onde o sol faz brilhar num amarelo intenso a superfície, enquanto outros passeiam a molhar os pés no mar, correndo a praia de ponta a ponta e conversando sobre vidas, trabalhos, intimidades ou as últimas reviravoltas da política atual… Eu, apenas fecho o livro, um momento bom, um momento a sós, de paz e eternidade, a sorrir ensolarado e a pensar em nada de concreto além do sol que brinca a penetrar entre as folhas das árvores criando jogos de luzes entre a areia e os meus dedos descalços. Nada além avisto além de crianças , felizes a construírem poças e barragens, muralhas e castelos com o entusiasmo de quem acredita ainda que poderá vencer a força das marés. nada além das mostras de afeto que fazem com que feche os olhos por momentos como antes tinha fechado o livro… É um bom momento, só meu, em que estão também comigo aqueles todos que já lá se foram e também aquelas pessoas que, ficando longe, eu sinto muito perto. Não, estamos sós, estamos em paz, se estivermos bem (e quanto custa a perceber que é tudo tão simples tantas vezes! ), nunca estamos realmente a sós... É tanta a beleza e alguma amizade que fomos forjando com o tempo e que sempre nos acompanha cá dentro, num lugar só nosso e que só de cada um de nós depende...Eu sei que há momentos ruins também, e sei-o tão viva pele, para todos, duros, que podem converter em gelo por milhões o mais grande dos corações, mas hoje firmo de novo a minha convicção de que a vida é superior a qualquer tristeza, a gratidão é capaz de sarar quaisquer velhas feridas, o amor pode ser puro e sem condição tal como são o afeto ou a plena confiança nas crianças… Sinto magia a ver as minhas filhas, rodopiando ao redor duma moeda arremessada para o céu e que nunca mais voltou a cair num espetáculo de mágicos e feiticeiros… Há uns minutos lá estava de novo, aminha pequena no jogo de quem se esconde melhor, com umas crianças pelo parque de arvoredo atrás de mim , ou num baldinho cheio de caranguejos e estrelinhas de mar que se mostram para crianças excitadas, agora mesmo, neste instante, vejo o sol se por trajando-se de um amarelo carregado de laranja….A magia vinda do oceano que invade as minhas narinas e acaricia as pontas dos pés descalços na areia deixam-me os cabelos no ar, abertos a fluir as marés e os ventos… Aqui, tudo me impregna, sinto-me rodeado mesmo sozinho… Vocês Sentem também a maresia? Fechem os olhos ela vem ai!

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Hoje escrevo só para ti! Oh! Como tu sabes, que é para ti que eu escrevo? Mas, se é assim que pensas que ao menos não te percas entre pontos e vírgulas, nem fiques renitente entre as minhas reticências... É para ti que escrevo, para que me leias, para que me vejas nu em palavras que se ligam, para que pegues todos os meus significados e os rasures nas tuas interrogações… Porque, ás vezes vou até mais fora de mim mesmo, escrevo sobre isto e aquilo, inocentes alvos que fazem parte desta minha vida desalinhada. Tenho mais, há sempre algo mais que faz parte de quem sou e que está acima de mim. As minhas filhas, são as casas que me fazem ausentar das horas que roçam os sentidos da realidade, logo estou só, abstrato e muita vezes concreto apenas para ti, só tu não o vez… Talvez por isso hoje, escreva a alma a desfiar-se em cada letra desenhada, a murmurar tantos ecos no silêncio dos espaços sulcados entre palavras. Diz-me... lês-me tu? Então deixa me pedir-te bem baixinho, escreve tu para mim, de ti desse ser que descobri de sorriso aberto para mim! A menos que não te reencontres nestes rabiscos meus. Que te pressintas, sujeito na soma platónica de todos os meus parágrafos. (sim eu sei que não faço parágrafos) Que saibas que mais do que isto não será, palavras entre nós, pois a minha paz escreve-se com letras maiúsculas, em pedras brutas desse empedrado que fiz do meu caminho …Mas estou aqui conscientemente, é uma travessia que é para durar. Nela, eu faço o que eu quiser com aquilo que eu sinto! No meu pensamento, mandas tu , nas minhas palavras mando eu. E eu ofereço-te a paz! Vou escrevendo apenas linhas, em pedaços minúsculos de mim mesmo, vou pintado cada abraço com sentimentos coloridos com as palavras que por milhões, saem de mim. Cada vogal desordenada, cada consoante esfarrapada, cada erro ortográfico, sejam todos cúmplices meus, para que quando as mãos se voltem a dar, as palavras se transformem em estações do ano, não importando nunca a cor do céu ou das paredes onde essas palavras embatam!Há caminhos demasiado largos para serem estreitados, assim como na caligrafia dos amantes, há sílabas no túmulo e no altar, joram sacrifícios e decisões do tudo e do nada, do cheio e do vazio, esse lugar é o nosso coração que de tanto cheio que é, acaba sempre depois de tanto ficar meio vazio...

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Hoje sei que, todos nós tricotamos cosemos pintamos recortamos, colamos pedacinhos dos dias com as nossas proprias mãos. Às vezes deixamos outros nos ajudarem, às vezes não… Numas, juntamos coisas novas, noutras reciclamos, temos surpresas e saudades, dias escuros cinzentos, claridades, coragens, céus, rios, mares, medos, e ainda uns quantos gritos que quando segredos, no inicio de um novo ano, desejamos melhor, mesmo que dançando a mesma melodia… Quantas vezes sem perceber, sempre só nós a cantar, a navegar, e a tecer, a pensar, a sofrer, a não entender, e quem o entende, esconde respostas! Sempre fui quem quis na minha vida, sempre escrevi textos que falam por mim, sempre colori as palavras com a cor que me reflete mas se precisar ,despinto, repinto, corto, recorto, reduzo-me , amplio-me, decolo-me, enquadro-me , distorço-me como se eu mesmo não passasse de uma ferramenta! Sim sempre fui e sou quem quero ser, nunca me deixei de ver, ou fiquei invisível mesmo que alguém me tenha apagado. Escrever ainda é como ter a alma sempre macia, é saber saborear algo que jamais vivi...Consigo calcular equações com a saudade, esperando por um anjo após a ventania passar... Ouvi-lo ditar aos feitiços de sua magia e prometer passar tudo ao papel na calmaria mas!!! Ao acordar, esquecer disso e de tudo que sente, é como ver profundamente, sem qualquer pressa, dentro de mim mesmo! Posso até dobrar-me na minha própria mente e afastar o olhar antes que o brilho da lua venha-me cegar...Há palavras que nos abrem os céus, que falam do nós de dentro, e nos desenham, trazem um mar de vida... São apenas palavras mas apertam-nos, comovem-nos, despem-nos e quando somos tímidos precisa-mos delas para voar...Eu Queria ser um livro, em que pudesses folha a folha desfolhar e em cada palavra de carinho pudesses ler o sumo deste meu amor e no coração a alegria pudesse ser devolvida... Queria ser um livro, não um livro que não quisessem ler, mas sim, um livro de sublime perfume que cada página conseguisse dizer palavras que me incendeiam como lume, numa dádiva que até as letras ilegíveis se pudessem ler! Hoje só queria ser esse livro...

Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...