sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Eu tenho um sopro na voz engasgado na garganta, uma música que eu não ouso concretizar, lágrimas que acovardadas não rolam, face árida e sobreposta pela solidão. Tenho um poema apaixonado que perambula pela casa, e que volta e meia me assombra, diz que precisa nascer antes que eu o faça morrer... Tenho uma noite de paixão misturada aos meus guardados, veneno injectado em minhas veias, e por mais que eu negue a saudade é ela que alimenta o meu coração. Tenho uma cicatriz esquisita, do lado esquerdo do corpo, que na mudança de tempo incomoda, suas marcas em mim; seus rastros em mim; seu cheiro em mim, são paixão que eu não ouso confessar. Todos os dias desfolho o livro de contos e histórias que eu trago comigo, lembranças sentidas, numa tapeçaria de vida inacabada, palavras que eu não consigo pronunciar. O corpo fala o tempo todo umas vezes confirma ou contradiz, palavras que são ditas e outras apenas subentendidas. É esta prática nesse exercício de vida que faz o diálogo acontecer entre duas almas ...mesmo que em silêncio se toquem e se sonhem!!!

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.

Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...