terça-feira, 30 de maio de 2017

 Hoje as  linhas por onde escrevo são mais tortas que os simples provérbios e luas cheias na névoa das lágrimas com que nos deixamos ao abandono... Hoje ergo-me voluntariamente da ideia de que realmente as palavras aprofundam os gestos em mim, quando tomamos consciência da nossa essência, libertamos-mos de todos os pressupostos enquanto pessoas desejáveis, mecanizadas e esferas de um sistema. A liberdade de cada um, é uma  dádiva, talvez seja também  uma única oferta possível à existência desta vida . O que nos resta - depois de tanta inconstância - o que de menos temos ainda abdicamos, como se houvesse espaço para isso, tempo para brincarmos às vidas não-felizes de pessoas egoístas que usam o amor como justificação para o mal …Eu não sou assim,  aquilo que deixo de mim , são palavras , para pessoas que me tentam ler,  mas ainda assim deixo a alma em queda livre , atiro pedras ao lago adormecido, navego na neblina, desenho ondas nesse corpo celeste que me provoca o desejo do sentir …Vertigem de um sonho que vou plantando em mim todos os dias…

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Hoje quando a luz do dia se esvaziar eu irei fazer amor em pensamento, apenas com os espaços das palavras que vocês  não lêem  ou fingem não ler... Desenho castelos, transformo as minhas ruínas num palácio onde me  pinto a nu na poesia do resto da minha vida, onde penetro poeticamente de forma desajeitada na ironia rápida de me deixar apaixonar pelo amor feito em pensamento... Hoje estou assim não tenho voz, não tenho magia, ver-to amor,  restos platónicos de mais um dia, e nas paredes deste quarto escuro, debito  previsões  antecipações, de amante, de figurante desta distância que me afoga o peito... Era dum abraço e toda a sua complexidade no sentir que eu reclamava ...Atropelo o silencio, tropeço  e  fico sempre só... Deixo-me então cair nesse espaço em que não sou nada, só eu sei distinguir o que vejo neste  escuto, Mas!!! Sei que a minha palavra é fumo dissipa -se com os sopros do Mundo. Sei que não existe nada concreto na promessa e sei que depois, das palavras não vai haver muito mais  metamorfoses. Para que a noite se transforme de novo em dia ...  
Hoje rasuro o vazio da palavra, nos meus pensamentos, uso pincéis do meu olhar neste mar que me banha sem marés sem ondas, onde os meus sonhos saltam no relógio da vida que ainda não abracei...Há labirintos tristes e descrentes neste projecto escrito, sem reticências de amor naufragado, nas cronicas da saudade facturadas na urgência do ardor obstinado dos cuidados intensivos...Nego ingerir a nudez do remédio que ejacula a epidemia contagiada,  levanto-me desta cadeira de rodas que transporta porões de memoria, momentos, sorrisos, saudade, que jazem no fundo do mar…Agitasse a tempestade cá do alto , nesta falésia triunfal onde seduzo tesouros, escrevo cartas, não lidas, sem destinatário, entregues na robustez do chão pisado grosseiramente pelo meu horizonte despertando nas palavras que eu escrevo as avenidas do sonho em que persisto procurar em atalhos!

sábado, 27 de maio de 2017

Hoje vos garanto que não existem nem princesas nem príncipes encantados, e nessa vida nada é nosso, e quanto mais expectativa se faz de algo, maior é a decepção. Tenho a certeza que paixão, apego e amor são três coisas muito diferentes, embora a maioria dos que aqui polulam a confundam…Sei que possessividade e cobrança não são sinónimo de amor e sei que homens e mulheres sentem de forma diversificadas , e que é mentira que a mulher é o sexo frágil...Frágil Amigos somos todos!!! Aprendi que não vale a pena procurar o amor onde ele não habita , pois quanto mais se procura pelo amor ele mais se esconde de nós…Sei que no fundo todos receamos amar e aprendi que uma relação que não nos faz bem deve encerrar!! Hoje sei que não se pode deixar a responsabilidade de ser feliz nas mãos de outra pessoa, pois nem da dela sabe cuidar… Aprendi que se deve amar no presente, pois o futuro é muito instável, sei que a felicidade é muito dinâmica mas apenas pode girar em torno da honestidade, e homem de verdade e uma mulher de verdade quando se amam assumem-no sem preliminares e ecos…

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Hoje o nevoeiro esfumaçava-se no horizonte pouco lúcido, como os cigarros que se fumam passivamente, como quem não fuma e só inala a alma de outros. Oiço mares revoltados em paisagens apagadas , guardadas como rascunhos de sonhadores, há pegadas óbvias de quem faz estragos no chão, há fumo que parece nevoeiro no horizonte pouco lúcido, como os cigarros que se fumam compulsivamente, como quem respira a própria alma. É estes restos de mim, que resultam em inundações poéticas de quem sofre a arte do silêncio em sonhos restaurados…Escuto o silêncio, que se espalha pelo chão e me une, ás marcas de uma guerra onde os tiros resultaram em cicatrizes tatuadas na pele como se fossem pontos de final, virgulas  que os Deuses cospem nos oceanos fazendo marés cheias onde procuro a felicidade…Vou-me construindo atrás desse  muros, dessas paredes de água , onde vocês  buscam companhia e  eu,  apenas  busco quem quiser…

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Hoje recuso-me a ser aparência! Sei que todos somos rasgões de medos, chagas desenhadas com laminas afiadas …Mas!!! Aparências são presumíveis passos em falso nas pontes que nos atravessam.  Acho que ser um jardim, sem retractamos o que  viajamos mentalmente,  onde a força e a vitalidade predominam é apenas ser uma miragem no horizonte, uma escassez, limitando o existente. Talvez seja neste desequilíbrio emocional que o meu  jeito desajeitado me faz acabar  por ficar na varanda da vida e no limiar do abismo, talvez por isso os espelhos de cada um de nós, tenham uma imagem ofuscada da realidade bonita de outros…Aparências,  é um cálculo que o meu escalão social e emocional não tem como pré requisitos , Por isso faço castings de vida,  vou delineando e arquitectando apenas  existir. Jamais seremos nós mortais responsáveis por quem cativamos , somos responsáveis por nos cativarmos a nós próprios !!! Se o conseguirmos , missão cumprida, seremos pessoas responsáveis o suficiente para cuidar do outro, cativando-o, preenchendo-o… Porque somos humanamente iguais …Feitos "todos" do mesmo, ainda que uns sejam apenas aparência…

quarta-feira, 24 de maio de 2017

É aqui no vazio das horas que compreendo,  que não há equilíbrio nas coisas que são demasiado vagas e pouco vastas! A simples constatação de rapidez com que a noite se transforma em dia, leva-nos a ficar com a  sensação de potência ou será de impotência?  Tento fazer destas duas palavras uma base consistente alienadas ao sentimento, que se multiplica ou simplesmente desaparece… Se os átomos e as moléculas  fossem visões e a ciência não fosse exacta ou até se eu soubesse ler a sina, ficaria com a certeza  que todos nós somos apenas meros destinos! Muitas vezes  magoa-me a alma, mas , sei que os meus olhos me guiam e que as mãos só se desprendem por necessidade… Transformo os rastos da noite em constelações, pois sei que somos resultado de um momento breve, de uma distância óbvia. Se os átomos fossem visões e a arte fosse exacta e soubéssemos ler a sina , descobríamos que não existem destinos, mas existem pessoas que ficam não por ser bonito ficar, mas por ser essa a sua vontade…Todos conseguimos viver longe do nosso destino, mas os pensamentos entrelaçam-se na estratégia de segurança do coração…Assim sendo, faço com que a noite seja a minha tela , retiro a varinha magica digo palavras únicas e voo no tempo em segredo para o meu destino...
 Hoje o silêncio acaba por entrelaçar nas mãos a sensação de vazio. Como se fosse uma bagagem espalhada no chão com a armadura a arder deixando as mãos vazias! Somos feitos de desconstruções, sem cimentos cinzentos, mas de dias cinzentos…Escrevo sobre a busca de  identidade, uma constante procura de palavras mais especificas e pessoas que não nos façam sofrer. Há vocabulários para quem  não ama , há ortografias de quem morre por amor, há suspiros paradoxos, há tardes  tão vazias que deixam  no corpo a certeza de uma solidão planeada.  Na calada da noite fica a certeza de não existirem muitos amanhãs, há sempre o tempo que é tempo e uma vida que não é vida…Hoje está calor,  transpiro as cores das estações, verto-me  numa prosa fraca, na  poesia de quem não é poeta e música de quem não dança….Não deixo os meus  restos para  ninguém, converto o  abstrato de todos nós enquanto, arrumo os adjectivos fáceis …E omito!!! Faço nascer no estômago a revolta e no coração a  flor que não brota! Desenho jardins sem corpos,  corpos sem amor, uniões sem prazer, quando o único prazer é não existir união...Deixei cair  a bagagem das pessoas que vivem para amar,  afogo-me na fonte que de água, onde só existe o cheiro do sonho de chuva…. Esta  desconstrução pinta-me o olhar  da recordação de uma noite fria  do amor em abundância na ingenuidade do calor que se faz sentir!

terça-feira, 23 de maio de 2017

Hoje quero despir-me das vestes do irresistível e turbulento oceano, cheio de átomos coados nos corpos que semeiam o lago dos sentidos …Nele dançamos os despojos da alma, tocamos os poros da pele, submergimos espasmos adormecidos…Hoje proponho-me a falar do nu em mim, nas esquinas do meu corpo , em curva contra curva,  acendo a vela que desenha no meu peito os pingos do inflamado desejo em sobremesa sobre a mesa vazia do meu olhar…Decido cozinhar a magia que escrevo como se duma sopa se tratasse , sinto os aromas a ferver nas recordações, que belos condimentos são os meus legados …Segredos, saudades, paladares, sítios que não conheço, sítios que existem dentro e fora de mim …Meu Deus!!! São tão poucos os dias que me consigo recordar de mim como um todo, que quando acontece fico assim …Meio perdido a achar-me de novo

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Hoje é no muito silêncio que se me repete o tempo, onde a sombra sagrada vai rebentando sonhos,  imagens, que o universo nu envolto no vapor da neblina  das folhas,  faz desintegrar das árvores … Escuto as plantas marinhas a vibrar  nas escamas dos peixes, vislumbro a imagem desse mar nas esquinas da minha madrugada nesta noite escura como sonetos sujos numa carta de amor! Resvalo pela sombra do meu rosto de lábios mudos com os olhos virados para a  eternidade, vendo naus carregadas de futuros, destinos, aos quais nunca pertencerei …Maldita ilha que me isola ! Derramo o meu sangue pelas ruínas deste porto que abarcou a minha alma, expulso dos meus sonhos , reduzo os escombros  que seguram a minha raiz …Deixo cair as rugas neste corpo lacrado à dor, espreito o silêncio que se repete neste tempo onde o espelho não me reflecte...A paciência tornou-se num piano calado, que arrasto pela casa! Hoje estou cansado de sequestrar o meu coração desta areia, desta praia onde o sol não nasce… 

domingo, 21 de maio de 2017

Hoje conto a minha maior fortuna, e ela está, nos gestos que vão morrendo a cada olhar descalçado na partida… Esta noite enchi os olhos de água e na madrugada carreguei  os espelhos impenetráveis da noite, sonhei na embriaguez do meu peito o compasso do êxodo dos Deuses do meu caminho. Hoje escrevo palavras que povoam o meu peito literário como picadas de abelhas…Escrevo palavras que posam no papel soando a mel, quinando vazios do desejo colado à carne …Agarro nos pincéis e transcrevo o vazio das palavras, este desabitado meio-termo, sem chave, sem relógio onde fecho o meu tempo e onde completo o que ficou incompleto. É nesse baú que guardo a alma e me torno livre de viver outras virtudes e pecados Mas! A chave desse baú está guardada na saudade a desenhar o futuro …

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Hoje gostava de escutar paraísos quando a voz me arde e me assaltam os sentidos, queimando-me as pestanas com o brilho da lua no perder de vista das estrelas...Hoje amava de olhos fechados escondendo a luz presa na mente ás portas do silêncio que recrio constantemente... Há quem sobreviva ao amor, outros enfeitiçam-se, engrandecem-se , nas promessas, é nos presentes envenenados que a ausência de sol na noite carrega o relógio de bolso ! É neste degrau que chamo a nau que partiu do meu mar, é nesse porto que procuro o porão da minha voz, entretanto vou desenhando barcos de papel para abordar o cais da minha espera sem dor ...Há quem ame de olhos fechados uma fortaleza nas areias de silêncios que as águas transparentes da minha praia encerram...Hoje levanto ancoras do meu peito, sigo sobre faróis cegos, transpondo nevoeiros onde os mares se cruzam sem terra à vista!

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Hoje acordei o monstro a meio da noite e senti que esse monstro não dormiu…Ficou à espera anos pelo amor, esperar mais umas horas por um sonho, não podia ser difícil…Os sonhos agitam-se a dor ameaça-o apenas fazendo-o entoar um uivo, que podia ser uma lágrima ou um grito, percorrendo as esquinas, ecoando pelas ruelas vazias e assustando os seres encantados que, tal como o Monstro, estavam agora condenados à solidão… Ouviu um barulho lá fora no quintal, seria imperceptível a qualquer outro  ser mas!! Ouvi claramente o som doce da humidade a cair no solo, formando uma camada húmida sobre a relva seca do jardim…  Agora que a solidão impera é fácil amar tudo em redor…Olho-me ao espelho, esse mágico, que tudo reflecte e nada pergunta limita-se a fixar o  reflexo, procurando nele qualquer réstia de humanidade. Não vislumbro o que anseio… Tenho voz de feiticeiro, curvo-me em tom de serventia à vida que um dia sonhei ….Ainda me recordo quando o que sonhava era só meu, mas!!! Aos poucos vi o mundo a mudar, nada posso fazer Já não consigo descongelar o gelo com o meu olhar...Sinto uma fome obscena, grito mas sigo na procissão dos homens calados velando o coro cego dos Deuses...

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Sabem como é viver num caminho rodeado pelo fogo, onde queimo o olhar e este crava na minha carne, e penetra, sem preencher mas deixa pegadas baças na superfície ondulada da minha vida??!!!!Os meus olhos bebem o fogo da vontade, e é neles que me deixo cair em cascata, derramo-me por todo o precipício . Agito-me, numa dança sem sentidos, como se quisesses segurar a vontade, guardá-la, mais um instante antes de me dignar a agir , levanto as minhas mãos que afagam incessantemente o horizonte queimado, faço ondular desejos de uma vida contidos nesse fogo perdido que assola o meu caminho…Sinto o calor da saliva na minha boca, a perder a força, até para uma mera palavra ….Fui inundado pelo maremoto de meras vontades que em mim não desaguam ..Num certo momento da vida tive dois caminhos …Escolhi percorrer o menos percorrido e isso fez-me esbarrar com o meu destino embora tenha escolhido fugir dele…

terça-feira, 16 de maio de 2017

Hoje vou tentar relembrar-me dos elos que nos ligam  à vida, irei recria-los um a um ...Nesta noite, irei procurar nos céus a constelação onde os sonhos se afogam nas imagens que combatem os retractos que em nós não mais queremos algemar. Trago cor comigo e imagens que uso para decorar o meu sorriso, trago a minha voz presa nos lábios secos pelos raios de sol, sinto o aroma do mar nas entrelinhas cadentes deste sabor cortiçado bordado em silêncio nas palavras que rompo na ausência de um rosto.... Tenho vontade de abrir o hotel das minhas memorias, varrer o sopro do vento, adormecer no sonho, voar perante o abismo, esculpir a pedra fria em palavras, abraçar em lágrimas o caminho que descuidado corrompi na ditadura da minha revolta! Hoje vou continuar a passar fome das minha palavras interditas que democraticamente a sombra da lua incendeia em mim. Vou desenhar o sorriso, salvando-me deste livro, sou pagina em branco à espera que me preencham! Pintem-me o coração, façam arte em mim, que eu apenas prossigo olhando para trás vendo as minhas pegadas na areia. Hoje sei que me abandonaram, não preciso de lutar mais as únicas pegadas que vejo nas minhas costas são as minhas….

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Hoje no palco da vida, vejo espectadores que nada entendem !! Não vivem, fintam a voz da razão, insistem em ignorar os espinhos que pisaram . Viver por constantes ataques súbitos parece ser a melhor opção ...É difícil mesmo é entender o porquê!!! Ignorar as coisas mais singelas, que tem verdadeiros sentidos para se agarrarem entre si ao que nada tem valor. Caminham nos trilhos escondidos, onde esperam ser achados... Vivem na mais profunda solidão, cobertas por angustias que parece não ter mais fim, mas que são arbitrariamente escolhidos por nós. Hoje vejo espectadores no palco da vida e a minha maior tristeza é sentir saudades de pessoas que nem imaginam a falta que me fazem...

domingo, 14 de maio de 2017

Hoje é em segredo que digito a minha primeira palavra. Sabem, eu já tive uma vida para viver, mil desgostos à minha espera, muitos textos para me afogar… Foi em segredo que me apaixonei e foi num segredo ainda maior que dei por mim a quebrar a minha caixinha de pandora para  oferecer a minha felicidade como se conhecer bastasse e já não precisasse de mais nada para poder sorrir.  Foi em segredo que virei costas e transformei o meu mundo num mundo que já não me pertencia, e foi o maior dos segredos que não voltaria aos mesmos lugares…Imerso no silêncio dos murmúrios de um pensamento, foi sozinho e em segredo que compreendi e aceitei o que não tinha como ser compreendido ou aceite, e foi em segredo que limpei as lágrimas e ergui a cabeça. Foi em segredo que rezei por vocês , desejando que a minha felicidade ainda estivesse guardada no  bolso e que nunca dele saísse. Foi em segredo que agradeci aos céus pelo meu espelho da vida...hoje este foi o meu primeiro poema,  adormeci sem vontade de acordar e foi em segredo que me entreguei a sonhos proibidos. Hoje sou  uma pessoa de dentro para fora,  vejo que a minha  beleza está na minha essência e no meu carácter. Acredito em sonhos, não em utopia.  Mas quando sonho, sonho… Sei bem que  viver é  cair, aprender, levantar e seguir em frente. Sou isso hoje...Amanhã, já me reinventei. Reinvento-me sempre que a vida pede um pouco mais de mim.Sou complexo, sou mistura, sou um homem que consegue pensar como um deus e como um mendigo..E vice-versa. Me perco, me procuro e me acho. Não me dou pela metade, nunca serei teu meio amigo, nem teu quase amor.  Ou sou tudo ou sou nada. Não suporto meio termos.

sábado, 13 de maio de 2017

Hoje nasci à deriva, em caminhos perdidos nos tempos, deixei fluir os sentidos em penas duma ave que esvoaça na brisa que vem dos mares. Sinto uma força mágica que vem das profundezas e que me chama, que me atrai para o fundo rochoso dos seus pensamentos. O céu azul é um lago pleno de sentidos onde quero mergulhar. Há muito que sinto as minhas asas cansadas a estenderem-se em todas as direções do infinito, e num ínfimo espaço de tempo continuo pássaro sem destino! Sinto a leveza da alma que no ténue equilíbrio deste vento me afaga o corpo gelado, a pele arrepiada pelos sentimentos que lavram fundo a terra de que sou feito... Esperei por esta Primavera, só ela me trará o abraço cálido, o afago terno, o brilho imaculado da madrugada que acorda a minha Noite. Vou germinar-me de novo em flor, no resplandecente fulgor, a imensa beleza do vazio, no perfume inebriante das pétalas que são gotas de luz que resplandecem aos poucos em mim. Olhem-me numa noite estrelada, só ai, as minhas mãos se enlaçam noutras e se fecham até ao próximo tórrido Verão, para fazerem nascer a semente que guardo no meu incandescente...É nesse momento que irão perceber que eu nunca parti, apenas vivi, dentro da minha alma.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Hoje eu consigo ler a alma num simples olhar. Com esse olhar consigo  corromper o coração!!! levo todas as minhas certezas para um reino onde não nos podemos completar com fama, com carinho, com realização pessoal sonhos ou felicidade! Nesse reino nada é certo, tudo perturba,  perco-me  nesse espacinho que fica vazio no coração , ando ás voltas nessa utopia  …Quero tanto preenche-lo!! Algures no tempo perdi a minha verdade,  por isso ando ás voltas nesse pedacinho que está vazio no coração , há quem chame solidão, para mim é apenas uma liberdade de ainda procurar e tentar  escolher no labirinto os olhos que me irão guiar, por isso , pouso as armas para o meu  exército não me tenta roubar a vida…Se eu morresse amanha o que me diriam hoje? Não  pensem que desisto de lutar pelos meus sonhos, e não desisto de tentar ser feliz. Apenas desisto e abdico daquilo em que não acredito. Acredito no olhar , dispo-vos a alma, sinto-vos nus perante o criador …não se importam!? Hoje ando ás voltas neste pedacinho vazio do coração, nesta sala de estar sem sofá onde sinto esvair a vida na minha desistência, onde me roubam o mais intimo suspiro…Ainda me questiono se vale a pena deixar a mente como uma folha estendida na brisa, se vale a pena encher o escuro de luz, escrever no negro da noite com os traços de fogo na ausência forçada desse espacinho que está vazio no coração….

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Hoje parece que vai chover. Mas quem é que controla a chuva? Que se atreve nos dias de hoje a deixar cair  gotas do tempo sobre a vida sobre o dogma da Natureza ! Caem pingos, gotas de saudade  nas árvores nos arbustos nas rochas nos  rios, caem  gotas de poesia sobre as cabeças dos Deuses. Todos eles, seja qual for a sua estrada , carregam  sobre os seus ombros divinos,  os sangramentos das tempestades, mas nada fazem para a travar  não podem travá-la. Apenas retocam o eco do trovão…Que soa, ressoa, invade nas raízes que nos sustem alicerçados à densa floresta de cimento e betão que o nosso mundo faz germinar…Escorre pelas ruas uma cascata fina, feita de lágrimas, de todos nós...Homens e Mulheres, sem morada que assentes em vales e montanhas, contribuímos para cascata de lágrimas …Involuntariamente  também fazemos chover. Lançamos o trovão  nos pensamentos enclausurados e perguntamos  por que razão é que vai chover, a quem o devemos ? Porque nem a chuva esse dito Deus consegue, sequer, travar ? Quem é este Deus, tão imperfeito  e susceptível às tempestades ? Será que um Deus também chora ? Terá já essa cascata de chuva dono? Antes que nasça o sol vou aproveitar e chorar também com esse Deus as lágrimas que tenho evitado chorar !

quarta-feira, 10 de maio de 2017

 Eu hoje sou o medo mas também sou objectividade …Andei por entre flores sem ver mais do que ruelas e becos. E já nadei em águas e correntes sem sentir mais do que frio. Já caminhei junto ao mar, desejando que o céu desabasse, já andei por entre a desgraça de uma vida sem a sentir, já conheci terras que se amontoaram num sem fim de montanhas, já passeia por ruas que ficaram gastas dos meus passos vazios, já fui abordado pela calçada das ruas, que me perguntavam para onde ia…Mas eu!!! Sorrindo-lhes,  respondo que nem sei onde estou…Quanto mais para onde vou! Por tudo isso hoje peço-vos  que não me amem…Mas!! se quiserem correr esse risco, façam-no pelos meus olhos, pelos meus lábios, pelas minhas palavras, ditas ou pensadas, pelos meus segredos, pelo meu corpo, pelo meu modo de agir, pela minha personalidade. Não me amem por pena. Não me magoem!!  Não o façam pelo que os outros dizem de mim ou pelo que escrevo , nem ousem tomar textos meus que julgam-nos vossos …Vejo o mundo ruir em profecias apocalípticas, vejo festejar glorias fúteis de corpos endeusados em frágeis vaidades…Eu nunca serei o teu, o vosso livro das inibições literárias, eu nunca serei dado aos anseios gramaticais apenas serei a voz de sentimentos na cadência viva dos meus pequenos, surdos dias. Hoje sinto-me um verme no cio! Ataco as minhas defesas, as minhas ruínas, remexo desejos íntimos em erupção para converter em palavras a covardia dos sentidos.   

terça-feira, 9 de maio de 2017

Considerar momentos e sonhos, acaba por ser realizar proezas com magia. O que nos dorme no pensamentos nos assegura destemperos vãos de olhares vazios...Olhos vazios e sem cores,  sem vozes, são o tempo  inimigo da felicidade...Geram dores em quantidade... Representam  mãos e pés cansados,  mente e corações dilacerados. Somos simplesmente...reféns da angústia ocasionada pelos  sons constantes dos olhares dispersos no horizonte da luz...Sinto essa indiferença, numa presença...Sem olhares, beijos e toques sem nada além de um querer, esmerado em retoques desta noite a cair, que se traduz Incompleta...Nas minhas verdades, busco  momentos longínquos nesta ausência infinita... Lamento este tempo perdido que teima em persistir sem verdades vividas, sinto toques inocentes, sedentos de paixão calores indiferentes que me roçam os lábios ...Viver em nós a este  ritmo de cores imaginadas é viver a essência que nos eterniza!!

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Hoje  pergunto-me onde devo desenhar as minhas palavras. O eco desta pergunta é a única resposta que percorre o tempo entre o que fui e o que sou hoje. Talvez nesse vazio que deixei instalar na minha vida,  tenha perdido no meu mapa,  o norte,  que foi feito de dois braços em redor dos meus sonhos, abraçando um, após outro na esperança que, se calhar, tornassem-se reais! O silêncio que resta em mim  é feito do mais profundo vazio, o mesmo vazio que é feito da dor que percorre o  corpo em cada minuto que nos vamos desertificando.  Hoje olho em redor e não há nada. Olho para mim e vejo o caminho de quem já perdeu a rota, e,  talvez por isso tenha convertido os meus sonhos em palavras . No horizonte dos meus sonhos  há um fantasma  percorrendo do nada, daquele nada que há muito abriu mão da sua alma,  sua vida e apagou todas as palavras bonitas que tinha gravado para dizer... Porem não ouso sequer tentar arrancar do meu coração  as palavras  que apagaram tudo o que era importante proferir, escolhendo um mundo de ilusões efémeras. Talvez eu as tenha perdido quando me perdi no tempo, naquele tempo irreal que era somente a recriação fugaz de um passado que jamais seria futuro. Muita coisa circula  em mim! Sinto-o, sei-o! Tudo o que me leva a caminhar , cada passo,  cada pensamento deste mundo que, apesar de tudo, continua vazio. Tão vazio como os meus lábios onde secou a promessa de um amanhã,  onde morreram as palavras. Hoje é através das folhas que confesso, através de letras dolorosas com frente e verso os meus pensamentos. Não acredito num mundo sem palavras, sem frases , sem capas , sem dias letrados despejados nas vozes roucas que os nossos pergaminhos deixam resvalar  no coração.

domingo, 7 de maio de 2017

Hoje suavemente escrevo nas janelas inundadas, de chuvas torrenciais de letras vivas, na estrada dos sentidos proibidos, onde me perco todas as noites num passeio no escuro... Ao longe vejo as luzes da cidade como se fossem pétalas de flores roubadas. O meus meus olhos respiram quase fora do alcance do meu horizonte , em sobressalto e impelem-me a caminhar nesta estrada sem fim, onde as cidades iluminadas vão ficando para trás, ou correm lado a lado connosco, numa cumplicidade de magia que esconde os meus desejos ocultos...O vento empurra violentamente, as palavras engasgadas, estas, abandonam-me o corpo nu, em segredos sussurrados, como se fossem carícias de mãos que não se deram, poemas que se foram... em olhares aguados para nos perdermos de nós...Escuto em cada passo a musica nas fendas rochosas do sorriso, coloco os pés nus com que piso a alma e apenas ver-to uma só lágrima na perplexidade do óbvio...

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Na vida há sonhos que crescem como se fossem árvores... Mas!!! Não há formulas secretas para evitar que um dia todos nós tome-mos o rumo que tomam os anjos… Que viajemos para lá da madrugada de cristal, onde pedimos que chovam dias a fio para que as mágoas que restam da certeza vincada da alma se lave e as forças da natureza verguem todos os caminhos que trazem ingenuidade dobrada nas malhas de encruzilhadas de destinos que não queremos para nós...O que quero para mim são olhos, olhar para mim, através de mim... E no dia em que o vento pegar na minha dor e o sol entrar pela minha alma como o faz por uma janela escancarada, eu seguirei… leve, pausado, seguro e se fosse musico eu seria uma harpa e entoaria hoje, um cântico para realçar a destruição de todas as minhas crenças. Mas não sou harpa… sou apenas gente, que sente, como toda a boa gente..Sou gente sem forças… zangado, cansado de ilusionistas que despem e vestem expressões de afecto. Cansado de rostos sérios, que se dizem justos, sábios, sensatos, desconhecendo o poder das palavras que calçam. Estou sozinho porque não sei viver dois mundos… duas vidas. Sinto-me como se tivesse atravessado um furacão violento que não respeitou a minha sensibilidade e sem dó nem piedade me atirou ao chão para lamber todas as minhas possíveis culpas... Sinto-me uma árvore inclinada sobre o abismo, quebrada, fraca pela fadiga e pela violência do embate de ter descoberto o quanto difícil é reerguer-me sem me tentarem derrubar ...
Hoje tentaram pintar-me  o olhar em retrato ... Esse retrato frio e pálido, de preto e cinza sobre branco amarelecido pelos anos, no qual me olho  com o tempo que não soube esbater. Pintei a carvão, os olhos negros, os sorrisos cinzentos, os rostos com tons de palidez eterna. Julgaram-me sem me ver!!! São apenas loucos para julgar que olhavam para mim e captavam a alma nesses tons forçados… Traíram-me tanto quanto a arte consegue trair alguém. Foi insensatez, essa linha certa e perfeita que nos traçou os bustos, pois jamais serei apenas um retrato a carvão! Há vestidos a vermelho, rostos de uma pele clara  levemente marcados pelo sol e pela idade, eu lembro-me bem, que a vida não tem cor se os nossos olhos não forem sérios honestos para reflectir apenas a cor que cada um reluz . Os nossos olhares, podem ser verdes, roxos, amarelos e cor-de-rosa…Ter a cor do vento, a cor do céu, a cor do mar, a cor da eternidade de um amor de sangue. Sabem , todas as cores do arco-íris, se podem ver ! As que não se vêem são aquelas que escondemos nos nossos baús , são as que envolvemos em mistérios  que só nós víamos… Podem até tentar pintar a carvão a minha  morte…Mas!!! Esse dia em que as estrelas se apagarem e os pássaros não puderem cantar, o Outono ficará gélido, como o Inverno, e o tempo perde o seu fundo onde as memórias são apenas papeis amarrotados sem nenhum conteúdo...Sei de cor todas as angústias, e pesadelos mais profundos. Eu sou o silêncio, aquele que pacientemente, escuta, que não interrompe a lamuria e deixa que conduzam as palavras para os lugares certos, fazendo da  oração uma prece que  prova  devoção. Sei que há pessoas que sempre viveram na luz, mas hoje escondem-se nas sombras porque temem demasiado o brilho,  temem não ser de todo entendidos,  porque afinal, são alma e corpo, são diferentes de todos os demais , que apenas são humanas como eu…Hoje pintaram-me um retrato que ficou na parede branca do meu quarto, este ultimo reduto onde cada palavra dita quebra o ar e agita a energia que sustem a  minha raiz, nesta intimidade do meu silêncio onde abraço barcos abandonados no cais da eternidade

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Os meus pensamentos vão e vem do baú das minhas memórias! Pergunto-me o que aconteceu? Em que ponto do caminho eu falhei?Sinto na boca o gosto amargo do fracasso! Busco as mais variadas explicações…E no confronto das emoções...Olho o horizonte, sigo em frente...Em tempos seria capaz de escrever em poucas palavras algo que vos cativasse o suficiente para me sentirem.. Hoje é no escuro me acho, me agacho, fico ali. Olho para o céu escuro e desenho as gargalhadas do sol, diluindo na brisa que passa e o tempo...Ui!!!  Esse não pára quando queremos , acelera, mais e mais, corre e por mais que nós até tentemos ele não para foge-nos sempre...

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Hoje seduzi as estrelas, quando a noite caiu, as minhas  roupas caíram no chão enquanto desenhei corpos celestes …Olhei o céu de forma mais  romântica do que casual. Olhei para o fundo do meu copo, e nesse fundo vi a noite que se fazia manhã. Sem responsabilidades… Sem promessas… Deslizei perante bebidas que nem ouso tocar…Apenas com elas perdemos o espaço para a vergonha para a inibição…Esta noite refiz a minha cama com  outros lençóis,  como quem dança a mais erótica  das danças. E, em seu redor, as paredes projectaram o silêncio que a tantos Inebria na embriaguez  intemporal dos corpos que lutam, que se batem , que se completam como estranhos na noite, que se fazem conhecidos sob o olhar casual de olhos que não vem…Os corações ritmam  do pulsar caótico da dor no centro  da agitação, há músicas sem nome completo,  das centenas de pessoas que se juntam seduzindo as estrelas…. As estrelas cintilam nos meus olhos de amargura,  indiferentes, tocam-me a pele calejada pelo tempo. Por esse tempo que não sabe esperar… Há mil crianças a, adormecerem na sua voz. Calmas, puras, indiferentes. Mil pessoas sonham os mais belos sonhos do mundo. Distantes, egoístas, mudas. Mas ela? Ela gritou! Um choro que se transformou na eterna luz das estrelas…Não irei arredar pé desta noite ,  porque tenho de dizer tudo o que guardava. O primeiro raio de sol vem iluminar-me o rosto. E, deixo assim de ser o fantasma  que a noite viu desvanecer, evaporar , na guerra da sedução das estrelas, numa sombra da escuridão que me acolheu ao acariciar-me o rosto, com o primordial gesto de ternura.

terça-feira, 2 de maio de 2017

Hoje resvalo nos meus pensamentos,  debato-me tanto que os olhos vertem espasmos de uma noite mal dormida…. Arremesso sentimentos que a minha alma deixou de sentir. Doía-me o corpo da  incerteza. Doía-me o vazio que veio substituir esse grito constante da minha alma, que hoje me fez debater pela luz que se desviou do nascer do meu dia... Hoje acordei e parei há janela , como um animal, numa armadilha, que aceita, em plena consciência ou por mero instinto, que o caminho a seguir foi suspenso ali … Mas eu nunca me deixei cair sem erguer os braços aos Deuses , e reclamar uma mão amiga que se estenda a  tempo para eu lutar, para eu ter tempo para negar, para eu ter tempo para eu reprimir o tempo que não aceito…Eu acordei , eu sei!! Mas, eu esta noite também sonhei  por isso, reclamo aquele sonho que sempre se exibiu exoticamente mesmo à distância de um toque. Sim esse mesmo!! Aquele que estava um milímetro longe demais e, por um milímetro, não pude agarrá-lo e obrigá-lo a libertar-me das amarras frias e dolorosas que me mantinham cativo,  como se esse sonho, tivesse odor a  ópio  e me fizesse escravo de um passado,  memórias, que involuntariamente , condicionavam tudo à minha volta….Hoje resvalei no meu pensamento em palavras insensatas, que me vão escravizando o futuro, esse insano que demoradamente vou abraçando com a força inevitável de não o deixar escapar… Eu já me senti escravo do abismo. Como se as minhas correntes me arrastassem na sua direcção, afastando-me, passo a passo, de tudo o que sonhei um dia para mim…Eu já me debati numa luta mas hoje apenas choro! Choro  pelos passos que dei, choro, pelo  rumo que a queda no abismo me fez dar na esperança. Hoje choro na sombra do atalho,  no qual acabarei por mergulhar durante anos de tantos sonhos que deixei, de todas as pessoas que não esqueci e de toda uma vida que perdi! 

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Hoje sonhei, que corria-me a eternidade nas veias. Senti o pulsar acelerado do meu coração, parecia uma balada desfeita em mil notas de promessas feitas. A minha pele nua, reflectia as cores estreladas do luar fazendo dos meus cabelos um rio sem fim nem rumo, correndo para o lugar em que o sonho e a realidade não têm fronteira…Hoje sonhei e o meu coração pelo menos bateu. Preciso escrever, assim escondo os olhos que reflectem o brilho da esperança. A minha pele ardia sob a chama sempre acesa de uma paixão, hoje ela alimenta-se do esplendor e da subtileza dos movimentos das minhas mãos, nesta dança perfeita que parece em mim uma criação da mão divina. Antigamente morava no meu peito o desejo de viver para sempre. Queria acordar de juventude, correr o mundo de felicidade. Dormir nos braços do contentamento. Havia mais do que perfeição nas minhas palavras, havia mais do que mera beleza, era como se o mundo tivesse parado para se curvar ao eterno. O longínquo fascina-me é como se pudesse contagiar o Universo. Hoje foi em segredo que, agarrei nas teclas e escrevi um poema de amor. Um poema triste. Um poema sobre o silêncio e a saudade. Um poema sobre todos os segredos que a minha alma guarda e não mais partilhou. Foi em segredo que continuei a respirar sem viver, pensando num breve sorriso que a única coisa realmente certa que fiz na vida foi deixar na sombra a felicidade que guardara e escrever um poema que, mais do que palavras, carregam todos os segredos do meu coração.

Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...