Eu hoje sou o medo mas também sou objectividade
…Andei por entre flores sem ver mais do que ruelas e becos. E já nadei em águas
e correntes sem sentir mais do que frio. Já caminhei junto ao mar, desejando
que o céu desabasse, já andei por entre a desgraça de uma vida sem a sentir, já
conheci terras que se amontoaram num sem fim de montanhas, já passeia por ruas
que ficaram gastas dos meus passos vazios, já fui abordado pela calçada das
ruas, que me perguntavam para onde ia…Mas eu!!! Sorrindo-lhes, respondo que nem sei onde estou…Quanto mais
para onde vou! Por tudo isso hoje peço-vos que não me amem…Mas!! se quiserem correr esse
risco, façam-no pelos meus olhos, pelos meus lábios, pelas minhas palavras,
ditas ou pensadas, pelos meus segredos, pelo meu corpo, pelo meu modo de agir,
pela minha personalidade. Não me amem por pena. Não me magoem!! Não o façam pelo que os outros dizem de mim
ou pelo que escrevo , nem ousem tomar textos meus que julgam-nos vossos …Vejo o
mundo ruir em profecias apocalípticas, vejo festejar glorias fúteis de corpos
endeusados em frágeis vaidades…Eu nunca serei o teu, o vosso livro das
inibições literárias, eu nunca serei dado aos anseios gramaticais apenas serei
a voz de sentimentos na cadência viva dos meus pequenos, surdos dias. Hoje sinto-me um verme no cio! Ataco as minhas defesas, as minhas ruínas, remexo desejos íntimos em erupção para converter em palavras a covardia dos sentidos.
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Meu Deus, assusta ler tanta intensidade, amo ler-te tens algum livro já publicado?
ResponderEliminarAcabo de ler e sinto vontade de voltar a ler, não por não compreender mas por, ficar com a sensação que essas palavras são minhas... Sinto-as, apenas não tive a coragem de as partilhar. Mas PAulo quem pode amar-te por pena! As pessoas podem apenas lamentar não haver sentimento teu por elas , és um homem lindo e de sensibilidade estrondosa e sedutora. beijinho, ainda vou ler o outro