terça-feira, 26 de setembro de 2023

Hoje os olhos vendados são o limite das palavras, padecem na levitação do corpo onde nem a musica dos dedos no teclado fazem o silencio na heresia do pensamento. Tudo o que passa fica nos acordes íntimos da pele, que vai contendo a explosão que nos trará a leveza… Há palavras que não deviam ser proferidas, são insanas , inverdades e contrariam o que se sente na realidade… São palavras que tem vida própria, saem desmedidas como símbolos gramaticais para nos magoar, não são a nossa ordem de mundo, e não nos revemos nelas…As palavras são soberanas, magoam-nos assim como nós sabemos que ao proferi-las magoamos os outros, elas não foram lapidadas nas roxas , não são a nossa cor nem o nosso peso, são arremessos insanos que desmedidamente arremessamos na incúria dos nossos corações! Somos todos, sem exceção, muito pequenos quando nos erguemos e levantamos a mão para falar de amor, perdemos-nos tanto nesse sentimento, mesmo ele sendo capaz de nos fazer VIVER SONHOS REAIS, as promessas que se cumprem de todos os desejos que temos …São nesses pequenos instantes que eu, e falo por mim, vejo onde pertenço! É nos abraços apertados de quem nos busca para os imortalizar, que ficamos de corpo e alma, só quando estamos a mais é que nos recusamos ai a pernoitar…Somos mesmo pequenos, estúpidos, insanos, porque quando falamos desse sentimento, não nos podemos aliar de cuidar dele também, proteger o nosso coração, fazer com que o destino de todas as conversas, sejamos só um e não viver num circulo onde terceiros opinam e fazem das nossas dores um suporte para a queda deles mesmos…Seja como for, hoje sinto-me mais humano, sem duvida, grato por muita coisa...Grato pelas ondas que fazem som na minha alma, nesta simbiose de corpo com, água e sal, nesta ilha que desenhei, que me esmaga, me abraça, me conforta, e angustia, num misto de solidão e paz, de luz e de negro, onde sempre me acho na quietude do consolo deste espelhado infinitivamente azul. Olho o céu mais uma vez nesse ponto onde um dia, o sol se pôs , entre duas almas, que tão longe, hoje se colocam num ponto inalcançável, de palavras imprevistas , inteiras, insensatas, transgressoras até! Peço à voz que não soa, que me roube no coração,as palavras que escrevo…os sonhos que sonhei…o respirar que inalei… Podem fazer-me parecer noturno , imperfeito , mas !! Olhem-me de novo, sou a água que escapa do rio, delizando apenas, sem tocar as margens, com menos nas mãos mas mais atento...

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