Hoje o que escrevo fica em livro de
sentimentos nos quais por mais que escreva e leia
me revejo...Sempre... Revejo-me em cores diferentes todos os dias,
revejo-me em muitas curiosidades que quero conhecer... Esta
Página de vida tão completa tão "perdida"... Debita de
mim pedaços, metades que partilho ao escrever, mas!!
Desconheço-me mas aceito ter de absorver…Vou desfolhando
palavras nesta folha tão marcada tão delicadamente lida, passo a próxima página
sem ler no verso…Sinto-te passar por mim sem eu ter armas para te resgatar ,
vou quebrando sem reacção, sinto me
distante sem conseguir acordar…O livro gasta-se nas letras já lidas vezes sem
conta que em mim não desaparecem!!! Vão desaparecendo…Tudo serve para compor
rimas nas nossas vidas , tudo ressoa a Eco , tudo soa a amor de mentira , tudo
soa a amor de rua, numa pessoa de sentimentos nua.
quinta-feira, 27 de outubro de 2016
terça-feira, 25 de outubro de 2016
Hoje há uma linha quase invisível a
separar o céu da terra. É feita de sonhos, separa a luz da terra e a
escuridão do céu...Separa sentimentos de amor, mais uns quantos de vontade
outros tantos de coragem que respeitosamente sustêm o horizonte que
desenho a pulso. Sabem! Há tanto que persigo a verdade e hoje de “alguém”,
só queria uma mentira...Hoje agarrei-me a um sonho a uma memória pois
quando escrevo, ainda sinto uma mão na minha, a tentar desfazer este
maldito “sentimento”…. Agora que o dia já quase passou, quero que saibas, que
passou por nós de mãos dadas...Quando te penso desejo sempre ter mais
vidas…Terminar uma agradecendo a próxima , iniciando uma agradecendo a ultima!
Quando te penso sinto um rio de gratidão a circular-me pelas veias …E meu Deus
quantas vidas precisaria eu para te sussurrar apenas esta? Fica apenas sabendo
que o teu nome é uma simples poesia que com os meus lábios no ar vou desenhando
enquanto o próprio ar me grita que uma vida só não chega…Quando te penso!!!
Obrigado pois estejas onde estiveres sei que me virás ler!
segunda-feira, 24 de outubro de 2016
domingo, 23 de outubro de 2016
Hoje em dia eu cultivo a palavra, a mensagem, de todos os que me trouxeram até este lugar onde fiquei inerte. Sou o mensageiro, aquele que fala em nome de outros e em nome dos seus silêncios, sou aquele que pronuncia o que lhe foi dito, que escreve o que já foi sentido e ainda é... Mas meus caros nada sou mais que uma folha de papel, pedaço em branco sem existência que apenas carrega a cor da tinta que alguém em mim imprimiu. Sou o silêncio, porque não falo com a minha voz, sou o anjo porque não sou salvador, apenas protector, apenas o que fala em nome de outro!!! Este não é o meu caminho, mas o trilho que percorro, algures no tempo alguém me instigou pelo objectivo de atingir o meu… O meu lugar! A minha eternidade. Estes não são destinos, são momentos que em vão percorro, e enquanto o faço arrasto aqueles que me escutam, que me seguem, que me lêem. Das palavras faço os sentidos que se propagam por tantos destinos, por tantas almas que, como a minha, são gotas de luz … Não temo a noite porque ela dá as estrelas que me hão-de conduzir ao destino, não temo a luz porque ela é a porta, não nego em falar sobre as imagens que guardo em meu coração! Se carrego alguma dor ela provem do inicio e não do fim das palavras…
sábado, 22 de outubro de 2016
Não é à toa que digo que a alma é erótica. Não pensem que erótico é o corpo. O corpo só é erótico pelos mundos que andam nele. Não existe amor que resista a um corpo vazio de fantasias. Um corpo vazio de fantasias é um instrumento mudo...São as palavras que me beijam, serenas, a face dos sonhos por isso deixo-me envolver no mar de sensações que brotam de cada brilho de estrela e não procuro uma margem. ..Nem tão pouco, morrer na asfixia dos sentidos para saber que sou gente! Tudo que sou, não largo nem mesmo no escuro...
sexta-feira, 21 de outubro de 2016
Hoje é como
se precisasse de beber toda a chuva, para acender uma
claridade nos meus sonhos!!! Preciso apagar estrelas com os pés descalços,
para acordar o fogo que deixei adormecer em mim...Os sonhos enchem
os espaços vazios, entre nuvens e palavras. Morre um, chora uma
nuvem, na extremidade do que morre nasce outro que a dispersa por isso
preciso do que morre, para regar o que nasce... Hoje por mais que
eu me vista de metade, não é mais que um disfarce a cobrir um corpo
inteiro...Como podia eu ser a metade de outro, se nada tivesse para doar ,
que metade lhe daria? Sou saudade, do que já
foi outrora sou memória que arrasto até à outra metade, que
descobre o que ainda será... É isto meus amigos , amar é ser apenas um mero
peregrino que busca o paraíso de um oásis, onde nunca sabemos ficar.
Amar é exigência constante, de ter apenas uma metade do outro a morar
dentro de nós, por nunca o sabermos aceitar por inteiro.
quinta-feira, 20 de outubro de 2016
Hoje de "ti
"apenas queria as coisas que não tenho...O que me falta e não
consigo chegar! Hoje queria o segredo dos que dormem numa paz
"inexistente" . Queria o sonho dos que ousam
acordados pintar numa hora que seja um minuto de sonho que
vingue ou que valha ...Queria o sonho, de ti queria um sonho! Queria
o sonho em detrimento dum sono vazio cansado de tantas realidades
que me dissesses ao ouvido bem baixinho a que cheira um
sonho ou a que sabe... Esta ilusão que nos faz perceber o pouco
importantes são os enredos da vida, lê-me como se fosse a minha voz a faca que
corta o abandono, nada mais tenho do que este canto... Sou infinito
como todos, um dia deixarei de sentir o peso nas pernas
e apenas serei terra que acama as raízes de uma árvore,
serei a primeira folha dessa árvore e a primeira folha dela a
cair também... Hoje segredo-vos apenas que a "morte" nas
palavras não existe, serei sempre no horizonte infinitamente um novo inicio.
quarta-feira, 19 de outubro de 2016
Há sons que teimam em soltar-se das brumas solitárias do
tempo... Ousam voar alto sobre jardins de estrelas e nesse bailado de asas
perfumadas soltam gritos mudos que ecoam no vazio , materializam -se palavras
deixando simplesmente fragmentos de alma espalhados pelo silêncio ferido!!! É
inquietante esse silêncio que habita na solidão dos instantes ... São pedaços
de tempo onde o coração se invade de uma voz que nos cala, faz-nos, quebrar
mesmo que não queiramos. Soltam-se palavras inquietas que sonham voar , mas há
vazios que se impõem, abraçam-nos num caminho sossegado de prudência! Gosto
dessa inquietude desse momento onde o ruído adormece e nos devolve a serenidade
dos sonhos nas horas surdas do dia...
terça-feira, 18 de outubro de 2016
Hoje assisto ao erguer da tristeza como a pior das bandeiras, arrasto-a pelo meio do caos deste Outono com cheiro a medo, é sangue o que corre nas mãos, dos homens que semeiam vazios, nos coração das flores...Ando cansado do tempo, deste tempo que passa sem nada que em nós viva.... Uma e outra vez grito para dentro a mesma pergunta e nos vagos intervalos desta chuva vermelha, oiço como a resposta sangra nas ruas... Afinal do que temos medo? Do grito deste vazio... Que sangra? Ou do Amor que deixamos cair das mãos? E não digam que o amor nada salva ! Pois se juntarem o vosso ao meu derrubamos o medo regamos as flores....Salvamos as flores...Parece fácil por aqui a lua vive no coração das nuvens! continuemos a sonhar...
Hoje
passeei-me por onde há muitos séculos ninguém ousa passar, sentei-me, parei
onde há muito, ninguém descansa, sorri onde a imortalidade há muito não
me deixa chorar. Ai fui, Rei, Pastor, Escritor, Sonho e Homem. perdi a alma,
onde há muito tempo outros também a perderam....Sigo a estrada onde o caminho
continuou mas eu parei. Parei e encontrei-me sentado, onde também há muito
tempo ninguém descansava. Perdi a alma. Sim, perdi-a onde há muito, outros
também a perderam. Porém. Sinto como ninguém a sensibilidade das
mulheres umas, actrizes outras, feiticeiras, rainhas, escravas.
Escravas de uma imortalidade que as deixa sentir e ver aquilo que há muito
tempo ninguém vê,. Elas escutam elas vêem, sentem. sofrem. sonham,
acordam, morrem e outras são apenas imortais. Procuro é verdade onde há
muito ninguém procura. Mulher, mãe, rainha de um sítio onde há muito ninguém
reina. Vejo-me parado a brilhar num palco onde ninguém aplaude. Sim,
choro. sorriu. mas agora, sentado onde há muito ninguém pára...
Enfeitiça-me num milhar de homens, escolhe-me, desafia-me a conhecer os
recantos do inconcebível. Dá-me o teu cheiro o teu sabor mesmo que estejam fora
dos teus limites de doação...Pois!!! Eu continuou na
eternidade, onde fui rei; governei; fui pastor, cuidei; fui escritor, sonhei... Hoje sou
homem, escravo da minha existência, da minha imortalidade. E digo-o porque
o silêncio é sempre imortal ...
segunda-feira, 17 de outubro de 2016
Hoje escrevo sem ter para quem, sem um endereço sem destinatário, lanço-me no vazio dos meus braços e caio desamparado. Hoje trocava as palavras por um olhar, a razão por sentimentos, a amargura no olhar por uma réstia de esperança, por um motivo para sonhar. Hoje trocava um texto meu pelo prazer de uma companhia.. Dizem que tudo o que buscamos, também nos busca!! O amor é isto, uma síntese de palavras cortadas pelo tempo...
sexta-feira, 14 de outubro de 2016
Hoje fechem a janela e acendam uma luz para mim , o meu caminho é escuro e não há um verso que me encontre. Deixem a chuva lavar essa luz para que meus olhos abram nessa solidão vertida na folha. Para acreditar-mos num trovão basta ver a chuva , ensinem-me a pregar aos deuses pois eu apenas sei falar ao vento das estações, acendam essa luz para mim para que ela faça mover corações de pedra , eu, já estou repleto de ausências por isso dou por mim a desejar um rasto de uma estrela cadente para segurar na minha mão o brilho das águas de uma lagoa que amam sem molhar a ponta dos dedos...Tenho dias assim que penso coisas estúpidas , projecto metáforas que não me calam os gritos, nem beijam os medos, na verdade o que mais me assusta é eu apenas ser um aprendiz, e quando vejo a noite cair-me na algibeira com as estrelas limito-me a costurar memorias na boca que derrama um beijo na franja da lua prateada !!!
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