domingo, 30 de outubro de 2016
Hoje confesse-vos, que um dia num rodopio de um choro convulso e aflito cheguei a pensar suspender a minha existência. Segui no compasso seguinte do silêncio pontiagudo que se estreitou entre mim e a vida, fui distorcendo palavras de uma mágoa qualquer!!!. Imaginei apenas o meu olhar vazio e triste, ávido de cabelo em cascata a cair-te pelos olhos claros, o desalento dos meus passos e uma mão repetidamente nervosa a cair-me no colo em cada soluçar reticente dos amigos agora esvoaçantes. Desembaciei a distância na tentativa de a encurtar e esperei tranquilo pela tua desilusão. Cheguei num pequeno abraço e, sem darem por isso, a despedir-me dos que mais amava....senti-me uma criança abandonada num súbito naufrágio de pessoas sem cor!!! De repente a minha manhã vestiu-se de um breu inóspito, próprio de uma noite sem lua e fiquei perdido no labirinto do meu coração. Compreendem?? o que sinto cada vez que uma lágrima ousa me espreitar!!! Eu pelo menos sei compreender-me e percebo o que sinto quando a sublime escuridão me extasia os sentidos... Vive agora em mim esta angustiante vontade de voar para um espaço aberto e conferir a esperança que hoje me desampara por um qualquer motivo que o destino ditou. Queria ser a brisa na palma de uma mão, para que não sentissem necessidade de cerrar os punhos numa revolta que não é caminho. Queria continuar a sonhar, como tantas vezes soube fazer, "dançar" com a vida neste rodopio distorcido que ela nos impele. Queria roubar-vos um sorriso para que com ele conseguisse apagar esse amor ancestral que guardo ainda em mim. No entanto, continuo suspenso perante a inevitabilidade de uma lágrima, perante a impotência me agasalhar o coração numa redoma de amor. A minha noite antecipada congela-me os músculos e questiona cruelmente esta existência que no meu pensamento e em lágrimas que me vou dando vida...
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