sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Muitas vezes sinto a vida presa apenas por cordas, mas nem todas me seguram e as que não me seguram são de entrelinhas  talhadas pelo tempo que ganham  e perdem sentido...As minhas palavras  são agora emaranhados vagos perdidos em  linhas numa emoção de retalhos...Sou um  fragmentado, que flui do íntimo sem amarras sem som definido ... Esta é a visão que tenho de mim, como um cego tacteando Braille, tentando decifrar os enigmas de uma vida que me expele... E quanto mais eu busco achar o que penso, mais eu penso em não achar o que busco...Muito estranha esta percepção rara de que nem tudo é mais o que almejo, dúvida certa de que nada é melhor que um beijo, que una os lábios sedentos de tanto desejo...Percorro a alma ardente de uma espécie de fôlego sem ar, quando o resto de tudo é pequeno demais para tentar desatar as cordas das entrelinhas que ousam me revelar...

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