segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Quero tanto que a recordação do amor se eternize nas imagens que em mim guardo que quase tenho medo de continuar a viver!!! A serio !!! Na vida há momentos de uma perfeição poética tão exagerada como a estrutura da ilusão, que nos sufocam o respirar e nos transportam para um estádio julgado inatingível de felicidade. Sonho acrescentar-lhes novos dias, sons posteriores, ou influências externas, que  implica estrangular, com a repetição aperfeiçoada do recordar, o que o passado nos permitiu viver e desfocar a imagem do que já foi real. Quero tanto recordar o amor,  indefinidamente,  que quase sinto a coragem para congelar o meu coração e a parte do cérebro que imprime as fotografias do olhar... Agora pergunto seria  a solução viável parar o decurso do meu próprio tempo, doá-lo ao imaginário que nunca vai existir e permitir que esse imaginário seja a eternidade possível? para ser sincero não sei!!! Hoje invade-me este medo de pisar o terreno estranho dos dias que ainda hão-de vir mas, enquanto a cobardia desse sentimento me impedir o abandono deste palco, vou continuar a legendar o incerto com as imagens que os meus olhos souberem construir, procurando agarrar este prazer que é o de conseguir eternizar em palavras a infinidade do meu infinito!

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