terça-feira, 23 de maio de 2017

Hoje quero despir-me das vestes do irresistível e turbulento oceano, cheio de átomos coados nos corpos que semeiam o lago dos sentidos …Nele dançamos os despojos da alma, tocamos os poros da pele, submergimos espasmos adormecidos…Hoje proponho-me a falar do nu em mim, nas esquinas do meu corpo , em curva contra curva,  acendo a vela que desenha no meu peito os pingos do inflamado desejo em sobremesa sobre a mesa vazia do meu olhar…Decido cozinhar a magia que escrevo como se duma sopa se tratasse , sinto os aromas a ferver nas recordações, que belos condimentos são os meus legados …Segredos, saudades, paladares, sítios que não conheço, sítios que existem dentro e fora de mim …Meu Deus!!! São tão poucos os dias que me consigo recordar de mim como um todo, que quando acontece fico assim …Meio perdido a achar-me de novo

1 comentário:

  1. Pode parecer ridículo o que vou dizer, mas paulo, cada texto teu parece-me uma tatuagem da pessoa que idealizo que sejas!É impressionante, o que escreves começa a ter o teu cunho pessoal que te define que te numera. Como se rum puzzle te tratasses e aos poucos fosses construindo-o peça a peça . Adoro sempre tanto ler-te a partilha que fazes das tuas palavras a mim pessoalmente ajuda-me tanto. beijo

    ResponderEliminar

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.

Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...