terça-feira, 30 de maio de 2017

 Hoje as  linhas por onde escrevo são mais tortas que os simples provérbios e luas cheias na névoa das lágrimas com que nos deixamos ao abandono... Hoje ergo-me voluntariamente da ideia de que realmente as palavras aprofundam os gestos em mim, quando tomamos consciência da nossa essência, libertamos-mos de todos os pressupostos enquanto pessoas desejáveis, mecanizadas e esferas de um sistema. A liberdade de cada um, é uma  dádiva, talvez seja também  uma única oferta possível à existência desta vida . O que nos resta - depois de tanta inconstância - o que de menos temos ainda abdicamos, como se houvesse espaço para isso, tempo para brincarmos às vidas não-felizes de pessoas egoístas que usam o amor como justificação para o mal …Eu não sou assim,  aquilo que deixo de mim , são palavras , para pessoas que me tentam ler,  mas ainda assim deixo a alma em queda livre , atiro pedras ao lago adormecido, navego na neblina, desenho ondas nesse corpo celeste que me provoca o desejo do sentir …Vertigem de um sonho que vou plantando em mim todos os dias…

2 comentários:

  1. Gostava de dizer algo diferente , mas acho que a maior vertigem é não conseguir aceder a ti!
    Podes deixar um contacto teu ou email? Dádiva era conseguir aceder a ti

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