quinta-feira, 8 de junho de 2017

Hoje sinto a pressão constante que é a de escrever, a necessidade de dar palavras ao nada, aquece-me a alma numa contradição protagonista da infinidade daquilo que sou. Ao contrario do verão, o inverno sempre me trouxe a inspiração necessária para escrever. Sem que fosse isso sequer uma escrita criativa, são, apenas pensamentos de fácil colocação em papel…Sabem estou cansado de viver algo que não me é totalmente dado! Viver algo só porque fica bem ou porque está na moda a mim não me agrada de todo! Chega uma altura da vida que nos apercebemos que bebemos o mesmo chá de sempre, e que apenas as mossas mãos mudaram na forma de pegar a chávena…Esse dia acaba sempre por chegar a todos, usamos sempre as mesmas palavras, contamos as cartas que escrevemos e ainda assim foram escassas, para guardar numa cómoda de um coração que nunca te esperou…Quando chegamos à conclusão que não vão existir mais céus a não ser o  que te vai receber na hora da partida,  então olhas para os teus livros, e para os teus retratos na parede de uma vida, e,  fechas os olhos e prometes-te a ti mesmo voltar a visitar os mesmos lugares e a amar as mesmas pessoas que amaste …Então o que faltou nesta vida? Talvez memorias de um amor que não chegaste a dar-te ao trabalho de viver! Vou adormecer agora, ai sim eu tenho asas para poder viajar pelas nuvens e guardar nelas o egoísmo do coração …

1 comentário:

  1. Fabuloso Paulo , sempre único ler-te ...será que ainda ninguém viu a tua capacidade de escrever? É sempre uma viagem diferente, como se contasses e partilhasses o teu diário de vida ... Já pensaste em publicar um livro? amo ler-te, obrigado pela tua partilha.

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