sexta-feira, 23 de setembro de 2016
Nesta noite clara, tendo a lua como testemunha, vou confidenciar-vos o meu intimo segredo. Faço um pedido às estrelas....peço que me ensinem a mostrar a vida e todo o brilho que nela existe. peço ainda...que não me deixem caminhar sozinho, Não o mereço , como uma embalagem enfeitada com laços de amor eu sinto-me um cartão de entrega, reflectido nos meus olhos... letras da cor do mar.. Sim é verdade são lágrimas de todas as maneiras !! É a falta de Amor que transcende o corpo e cega a alma. Ah! a alma todos nós queremos entender essa estranha forma de nos levitarmos além daquilo que somos como matéria ...Quando nos ausentamos de nós mesmos atraídos pela vontade de sentir... Sentir mesmo que seja um amor sem toques, mas !! que toca a alma, quando na realidade, as palavras ouvidas soam como um recital de poesias, e deslizam pelos lábios com infinita e doce ternura. Estranho amor... Que se sente como uma suave canção, que deixa no ar perfume de romance e nos pensamentos uma única intenção...Simplesmente querer. Tento entender esse estranho amor, que nasceu da imagem de um olhar triste.Que levou um coração ao encontro de outro coração, no desejo de sonhar os mesmos sonhos de viver uma só história...Onde a emoção possa entender cada vontade escondida de um amor transbordante de paixão magia, sedução e poesia... Sinto-me estranho perante a busca deste amor que sublinho como estranho amor..!!!
quinta-feira, 22 de setembro de 2016
Hoje em apenas num relance que me paralisa de olhar
sereno, era capaz de pegar num papel e desfolhar um sonho num riscar de
fósforo...Num riscar finito perpétuo na dor, bastava -me um pequeno sorriso e
ai pegava no papel onde te “rascunhava”
num punhado de palavras que me enchiam os dedos. Quem dera poder voltar
a colorir-te de letras esvaídas de amor. Mas não. Com sublime fundo negro,
perco-te o rasto na rasura dos encantos e nem esse teu cheiro a framboesa me faz perder sentidos... Outrora fui tentado com arte, num redopiar convulso que em mim já não cabe!!! Finto-me com dedos de xadrez, pouso-me neste pulsar de sangue que em mim se esvai...Hoje meu, outrora "teu", segredos são imortais soltam-nos mais, despertam na orla por um flácido olhar, que não passa de um magnifico desamparo. Se tudo o que mais desejo se perdeu, então que se abram as portas desamparadas, que se soltem os gritos das amarras do cais das certezas, e lancem as redes sobre o prazer submisso, pois ainda consigo esculpir o corpo nu tatuado nas minhas mãos...Olhem !! É o olhar por olhar, que nos revela de dentro para fora e é essa a real beleza do carácter...Como todas as pessoas eu também acredito nos sonhos mas jamais em utopias.
Há um céu enorme em tudo o que tocamos ....Sem duvida que há e um dia tive uma proposta de amor vinda da alma onde havia um universo de palavras simples por dizer, onde havia um espaço imenso que se separou pela dor, onde nasciam olhares sussurrando o amor… Houve esse momento na minha vida ... Que deu importância à minha existência, mas hoje já não há lugar para a reinvenção das sombras só aguardo pelo nascer da manhã , esta sim a inevitável luz que se fez na minha vida presente … Hoje vou falando comigo mesmo como fazem os loucos, enquanto ao meu redor sinto anjos a esculpir no céu!!! Chego a convencer-me de que tudo é possível, sinto uma força imensa, invisível, Lá fora no céu há agasalhos de luz, afagos da maresia esbarrar nas pedras , deixo-me embalar pela rebentação das ondas e adormeço sem a esperança do amanhecer, misturando-me com as cinzas da tarde, das palavras que aqui vou transformando num livro antigo de culpas devoradas pelo fogo que faz de mim um trovador surdo , vagabundo , que bifurca o coração deste mal sentido, que derramo nas mãos pesadas do desentendimento, por isso deixei-me perder neste mundo…Hoje sou uma estátua cansada, de baixa a cabeça, no aconchego de uma casa vazia numa reza, sem terço, que procura esmagar esses dias de frias recordações pois é tão urgente não atropelar o começo…As ondas esbarram nas rochas e não há nenhuma que resista à violência da raiva deste mar que Deus exalta sobre mim , onde anda a mulher que congeminou feitiços de amor que o vento fez cair sobre mim!!!??
quarta-feira, 21 de setembro de 2016
Se hoje vivo em silêncio, é para esbarrar contra as muralhas dos sonhos
passados …Eu sei que há sempre dias por inventar,
delírios embriagados na nudez da cruel pequenez das nossas lágrimas a
desaguar no infinito.É ai, que me ergo, quando escrevo, e amigos,
escrever não é espalhar qualquer coisa em uma tela em branco.
Escrever é uma gestação, é ser Pai das palavras!!! Estas tomam forma, vida
acariciamos cada sílaba, enfeita-mos de cores, as veste conforme a ocasião.
Partilhamos a sua intensidade, somos generosos em dividir, porque são pedaços
nossos, saíram de nós. E mesmo que ganhem o mundo, somos sua morada. Mas não me
peçam um ponto final, não acredito no definitivo, sou feito de reticências e de
pedaços da noite obscura e sombria!!!
terça-feira, 20 de setembro de 2016
Hoje
digo-vos que podemos amar uma pessoa que não existe. Ou o amor é exactamente
isso, amamos virtualmente e projectamos tudo que nos falta em alguém, a partir
daí, vamos moldando nossa metade em outra metade!!! Somos doentes ao
reconstruir os cacos que nos moldam? Não. Será que nossa vida deveria ser feita
como um painel, juntando pedacinhos de pedras sem formas, formando belas
imagens? Como ilustraria a minha vida, se assim pudesse? Quais cores usaria? Como
perceber a matemática do amor? Dois mais dois ou dois para lá, dois para cá? É
metafísico ou é altamente químico? Existe medida? Tantas perguntas mas agora
pergunto como duas almas diferentes se encontram em meio do caos que vivemos?
E, o mais ilógico, como almas diferentes convivem superando egoísmos e
caprichos? acreditem uma pessoa pode amar alguém que nunca viu!!! e digo-o
porque o amor é algo maior que os cinco sentidos... Banalizamos tudo que
realmente é importante, caminhamos muitas vezes com os pés no chão, mas sempre
com a cabeça no mundo da lua. Eu, que sempre tive tantas perguntas, me calei
quando percebi a resposta...Hoje eu sei que há dias em que não nos conhecemos,
outros que esquecemos que vimos pela primeira vez... É ai que deixamos de nos
ver pela primeira vez para sempre...Hoje juro em mim deixar de
te conhecer de vez , só para ter a possibilidade de te ver
pela primeira vez , outra vez...
segunda-feira, 19 de setembro de 2016
Hoje amigos sei, que viver é algo como montar um quebra-cabeça
sem nunca ver o desenho !!! Peça virada, peça substituída e os dias
passam sem nunca saber ao certo como vai acabar…Podemos imaginar, idealizar,
supor, prever… Porém esse desenho completo, colorido e rico, só nos
é apresentado lá bem longe, com o passar do tempo…Não nos é dado
antecipações, apenas peça por peça!!! Novo dia, novo sorriso ou
decepção, uma coisa de cada vez. Cada novidade, é uma peça que tentamos
encaixar sem saber muito bem a que parte do todo ela pertence. È assim
que vivemos , comemorando cada parte que se encaixa e lamentando tudo
aquilo a que não conseguimos dar sentido…E nesse ponto vale a experiência
daqueles cujos quebra-cabeças já estão mais adiantados e ai vemos que algumas
partes não se ajustam, outras logo se adaptarão. Vale entender que alguns
momentos parecem desconexos pela falta do que ainda virá, do que trará o
sentido a esse desenho ou parcela a que chamamos vida. Eu desenho em mim a arte
da espera, a habilidade de não insistir na peça que teima em não servir.
Sempre tive a sensibilidade de entender e saber que tudo tem o lugar e o
momento oportuno. E não adianta tentar-nos guiar pelos quebra-cabeça dos
vizinhos …A concepção dos seus desenhos é outra, com cores diferentes e
pedaços diversos. Ele não é mais bonito ou menos interessante, é apenas
feito para outra pessoa. E, exactamente por isso, seria uma tolice sem tamanho
montar a sua vida como se fosse a de outro alguém…Amigos , talvez a tal
felicidade passe por isso: encaixar cada peça a nossa vida na
certeza de se tratar de um momento único…. Digo-o porque a cada pedaço da vida
que juntamos, solidificamos o passado…. E, este amigos jamais o poderemos mudar
…O que desejo aqui dizer é que não há garantias de nada na s nossas vidas
, ALIÁS NUNCA HOUVE!!! Apenas arriscamos na expectativa de que, no final
das contas, sejamos um desenho bonito. E que nossa vida seja um
quebra-cabeça que valha ou tenha valido a pena ter sido montado.
Hoje acordei de sobressalto passei a mão nos cabelos e penteei meus sonhos...A barba por fazer coçava meu rosto, e o dia nascia e contra mim pois lá estava o sol que insistia em me bagunçar o olhar lacrimejante... Preparei o meu café e lá fui a mais um dia! Banhei meu corpo, agora nu, água escorrendo aos prantos lavava meus sonhos inacabados, na minha sensatez do brilho intenso da saudade dum choro derramado pelos cantos, do caminho, onde esvazio meus versos, que nem são mais versos são palavras, onde desfaço poesia, derretendo sentimentos como asas de cera que desaparecem no calor das distâncias...Não imagino um voo, nem dores eternas, sóbrias, imaculadas, persistentes mas!!! Adoptadas como um sobrenome onde as rimas flutuam , dia após dia, noite após noite, como um cavaleiro das trevas solitário, que se esconde do sol que se foi, que se apagou com o coração castigado, sem sonhos, sem vida ...E assim sigo, não persigo, bebo aos goles as sombras geladas dos momentos que virão tentando não desistir de vez em quando daquela vontade danada de fazer das palavras um tropeço, sem nexo, sem sentido, sem amor nos versos pois nem sempre as palavras são justas, ou brilham , como a saudade da luz brilha na lua que de dia se esconde dos vidros quebrados espalhados por todos os locais em que vagueei. Em cada um deles está um reflexo que me pertence. Sei de cor o ponto em que descansa cada um dos fragmentos e tenho esta estranha obsessão de lhes passar por cima e dispersá-los ainda mais para de noite reflectirem o brilho que a Lua lhes concedeu !!
sábado, 17 de setembro de 2016
Hoje desafio as sombras no silêncio de mais uma noite onde, há versos nos meus dedos que se diluem no tempo... há o ontem, o hoje e expressões sem rosto de um amanhã… Hoje em mim abre-se uma imprecisa fenda e no sóbrio fulgor do amanhã é o mar que me abraça, as raízes que prendem-me à terra… Elas não falam, mas empurram-me nas sombras. Sustenho os meus gritos, e como uma árvore , crescem-me os braços, onde há dor nesse silêncio de tantas luas onde o sangue pesa-me no corpo, e , fervilha como a cal ardente, rebentando as folhas que cobrem os meus galhos… Hoje a boca acordou seca com palavras meias loucas que suportam o fogo ardente da mão inundada e listrada de tanto desenhar os sonhos…Mas acordo e a manhã apaga os passos do silêncio únicos da presença de um rosto, uma sombra triste e frágil esboçada na ânsia do sono… Continuo com sede e quebro as palavras que cantam no eco de um tempo sem nomes. Não posso aceitar apenas uma imagem desfocada de um corpo indefeso nem a música que grita no teu peito enquanto neva no inferno da minha alma caminho sobre cal caída das paredes sujas de palavras…É um fascínio sonhar!!
sexta-feira, 16 de setembro de 2016
Hoje sinto-me um ser poeticamente modificado , porque só sabemos
que amamos quando esse amor nos transborda ...Não é se sentir completo, é se
sentir pleno, transbordando, não cabendo num corpo só. Mas toda essa loucura
acontece num silêncio e numa calmaria que são assustadores... Só quem
já viveu isso sabe o quanto vale a pena esperar pelo grande amor....Se
engana quem pensa que intimidade é tirar a roupa para outro, intimidade é muito
mais. Ser íntimo de alguém exige muita coragem para derrubar todos os
degraus que existem até chegar, finalmente, lá. Ter intimidade é despir a
alma, abrir cada botão da razão, despi-la subtilmente e deixá-la
confessar… Confessar que tem medo do escuro, de quem é de verdade, do quanto
é desapegada, racional e irritante. Encher o outro de medo e
depois fazer sumir isso tudo num lento e doce abraço !!Ser íntimo é
escolher quebrar as barreiras que guardam aquilo de mais precioso que há em
nós, a essência de nós mesmos, que está no coração. Ser intimo é escrever nas paredes do
céu , pintar o pontão de abertura dos 7 mares, regressar na maré num
sopro de maresia profunda de saudades sentidas em ondas da madrugada …
Mas!!! Ser intimo faz-nos chorar os sonhos, abandonar a vida , cobri-la
de emoções , agasalhar os medos, assassinar as noites, e acabar seguindo o
mesmo caminho de costas voltadas
Hoje procuro minha mão no escuro, encontro escombros de um dia de sono ou apenas pesadelo de uma noite mal dormida; fumaças de cigarros num lugar estranho, pessoas desconhecidas ao meu redor. Não sei se devo dizer bom dia!! Sinto que algo está para terminar. Cada vez mais veloz, o fim parece se aproximar. Vejo uma vela acesa, de uma vida inteira voltada para a luz embora procure minha mão no escuro onde encontro escombros de uma noite de insónia. Sinto o corpo frio, mas olho para o céu imagino estrelas perdidas no tecto de uma vida sem brilho... sinto uma brisa no rosto, não sei seu nome! Escuto vozes suplicando desculpas!!! Tudo parece fora de lugar. Não quero me preocupar...É tarde demais! Olho para a minha sombra , sinto o frio derreter os meus sentidos. Mas olho para os outros e também os vejo perdidos em labirintos tortuosos tentam-se convencer que tudo está bem mas!!! Se olharem a vossa sombra elas vos dirá, estão enganados....
quinta-feira, 15 de setembro de 2016
Hoje é daqueles dias que posso andar no meio de uma multidão e ainda assim irei sentir-me só...Sinto-me só quando bocejo as palavras contra as mãos!! É ai que elas se esvaecem num suspiro sem sombra, sem sequer aquele reflexo de arrepio que nos toma sem qualquer explicação!! Palavras escritas tomam-me a soro em veias vazias pois sinto-me só quando sufoco as palavras .. Escrevo num tecido que sangra !!!Hoje é um desses dias em que me sinto leve só enrolado em mim, em voltas e revoltas num ritmo sem dilemas, apenas de pés que subjugam o pó das cinzas, nas sombras do silêncio que apenas é uma caixa onde todas as palavras ressoam e nela sinto que a arte já me cansa!!! Só me resta a esperança de me esquecer do que sou e tornar a ser criança...
quarta-feira, 14 de setembro de 2016
Sabem hoje senti uma vontade de escrever uma carta de amor, em que as palavras se vestissem da cor de todas as palavras de amor, que soassem como todas as palavras de amor, que fossem apenas banais como todas as palavras de amor podem soar...Desci em mim no mais íntimo, e é ai , que nos apagamos, mas é também aí que o silêncio se incendeia, iluminando a realidade e unindo-nos a ela. Senti que é esse o nascimento de nós mesmos e o nascimento do próprio mundo que nos cerca!!!. Nesta dialéctica senti uma suprema suavidade em fusão pois ai nesse intimo , somos livres e unos, idênticos e puros. É aí que habita o silêncio primordial e é a partir daí que principia tudo... A pulsação do nosso corpo deriva das palavras, é esse o fruto que nos impermeabiliza à silenciosa matriz do sentimento. É nesse momento que a palavra conduzir-nos-á à nudez viva do silêncio, à transparência do ilimitado num gesto obsceno com que o amor nos sufoca...Moral da historia !!! hoje quis escrever uma carta de amor e descobri que não sei palavras de amor banais
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Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...

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Hoje reflito com o pensamento de como juntar, aproximar quem se afasta, sinceramente não sei. Apenas sei que é o amor aproxima, que as div...
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Hoje fechei a porta que em círculos e cercos, fechou as margens e estancou num pântano o silêncio, consumado na pálpebra cerrada que tranco...
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Hoje até podiam sentar-se na minha cama e contar-me mentiras... Que o amor tem a forma da minha mão ou que os meus beijos são perguntas qu...