sábado, 17 de setembro de 2016

Hoje desafio as sombras no silêncio de mais uma noite onde, há versos nos meus dedos que se diluem no tempo... há o ontem, o hoje e expressões sem rosto de um amanhã… Hoje em mim abre-se uma imprecisa fenda e no sóbrio fulgor do amanhã é o mar que me abraça, as raízes que prendem-me à terra… Elas não falam, mas empurram-me nas sombras. Sustenho os meus gritos, e como uma árvore , crescem-me os braços, onde há dor nesse silêncio de tantas luas onde o sangue pesa-me no corpo, e , fervilha como a cal ardente, rebentando as folhas que cobrem os meus galhos… Hoje a boca acordou seca com palavras meias loucas que suportam o fogo ardente da mão inundada e listrada de tanto desenhar os sonhos…Mas acordo e a manhã apaga os passos do silêncio únicos da presença de um rosto, uma sombra triste e frágil esboçada na ânsia do sono… Continuo com sede e quebro as palavras que cantam no eco de um tempo sem nomes. Não posso aceitar apenas uma imagem desfocada de um corpo indefeso nem a música que grita no teu peito enquanto neva no inferno da minha alma caminho sobre cal caída das paredes sujas de palavras…É um fascínio sonhar!!

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