Hoje é como
se precisasse de beber toda a chuva, para acender uma
claridade nos meus sonhos!!! Preciso apagar estrelas com os pés descalços,
para acordar o fogo que deixei adormecer em mim...Os sonhos enchem
os espaços vazios, entre nuvens e palavras. Morre um, chora uma
nuvem, na extremidade do que morre nasce outro que a dispersa por isso
preciso do que morre, para regar o que nasce... Hoje por mais que
eu me vista de metade, não é mais que um disfarce a cobrir um corpo
inteiro...Como podia eu ser a metade de outro, se nada tivesse para doar ,
que metade lhe daria? Sou saudade, do que já
foi outrora sou memória que arrasto até à outra metade, que
descobre o que ainda será... É isto meus amigos , amar é ser apenas um mero
peregrino que busca o paraíso de um oásis, onde nunca sabemos ficar.
Amar é exigência constante, de ter apenas uma metade do outro a morar
dentro de nós, por nunca o sabermos aceitar por inteiro.
sexta-feira, 21 de outubro de 2016
quinta-feira, 20 de outubro de 2016
Hoje de "ti
"apenas queria as coisas que não tenho...O que me falta e não
consigo chegar! Hoje queria o segredo dos que dormem numa paz
"inexistente" . Queria o sonho dos que ousam
acordados pintar numa hora que seja um minuto de sonho que
vingue ou que valha ...Queria o sonho, de ti queria um sonho! Queria
o sonho em detrimento dum sono vazio cansado de tantas realidades
que me dissesses ao ouvido bem baixinho a que cheira um
sonho ou a que sabe... Esta ilusão que nos faz perceber o pouco
importantes são os enredos da vida, lê-me como se fosse a minha voz a faca que
corta o abandono, nada mais tenho do que este canto... Sou infinito
como todos, um dia deixarei de sentir o peso nas pernas
e apenas serei terra que acama as raízes de uma árvore,
serei a primeira folha dessa árvore e a primeira folha dela a
cair também... Hoje segredo-vos apenas que a "morte" nas
palavras não existe, serei sempre no horizonte infinitamente um novo inicio.
quarta-feira, 19 de outubro de 2016
Há sons que teimam em soltar-se das brumas solitárias do
tempo... Ousam voar alto sobre jardins de estrelas e nesse bailado de asas
perfumadas soltam gritos mudos que ecoam no vazio , materializam -se palavras
deixando simplesmente fragmentos de alma espalhados pelo silêncio ferido!!! É
inquietante esse silêncio que habita na solidão dos instantes ... São pedaços
de tempo onde o coração se invade de uma voz que nos cala, faz-nos, quebrar
mesmo que não queiramos. Soltam-se palavras inquietas que sonham voar , mas há
vazios que se impõem, abraçam-nos num caminho sossegado de prudência! Gosto
dessa inquietude desse momento onde o ruído adormece e nos devolve a serenidade
dos sonhos nas horas surdas do dia...
terça-feira, 18 de outubro de 2016
Hoje assisto ao erguer da tristeza como a pior das bandeiras, arrasto-a pelo meio do caos deste Outono com cheiro a medo, é sangue o que corre nas mãos, dos homens que semeiam vazios, nos coração das flores...Ando cansado do tempo, deste tempo que passa sem nada que em nós viva.... Uma e outra vez grito para dentro a mesma pergunta e nos vagos intervalos desta chuva vermelha, oiço como a resposta sangra nas ruas... Afinal do que temos medo? Do grito deste vazio... Que sangra? Ou do Amor que deixamos cair das mãos? E não digam que o amor nada salva ! Pois se juntarem o vosso ao meu derrubamos o medo regamos as flores....Salvamos as flores...Parece fácil por aqui a lua vive no coração das nuvens! continuemos a sonhar...
Hoje
passeei-me por onde há muitos séculos ninguém ousa passar, sentei-me, parei
onde há muito, ninguém descansa, sorri onde a imortalidade há muito não
me deixa chorar. Ai fui, Rei, Pastor, Escritor, Sonho e Homem. perdi a alma,
onde há muito tempo outros também a perderam....Sigo a estrada onde o caminho
continuou mas eu parei. Parei e encontrei-me sentado, onde também há muito
tempo ninguém descansava. Perdi a alma. Sim, perdi-a onde há muito, outros
também a perderam. Porém. Sinto como ninguém a sensibilidade das
mulheres umas, actrizes outras, feiticeiras, rainhas, escravas.
Escravas de uma imortalidade que as deixa sentir e ver aquilo que há muito
tempo ninguém vê,. Elas escutam elas vêem, sentem. sofrem. sonham,
acordam, morrem e outras são apenas imortais. Procuro é verdade onde há
muito ninguém procura. Mulher, mãe, rainha de um sítio onde há muito ninguém
reina. Vejo-me parado a brilhar num palco onde ninguém aplaude. Sim,
choro. sorriu. mas agora, sentado onde há muito ninguém pára...
Enfeitiça-me num milhar de homens, escolhe-me, desafia-me a conhecer os
recantos do inconcebível. Dá-me o teu cheiro o teu sabor mesmo que estejam fora
dos teus limites de doação...Pois!!! Eu continuou na
eternidade, onde fui rei; governei; fui pastor, cuidei; fui escritor, sonhei... Hoje sou
homem, escravo da minha existência, da minha imortalidade. E digo-o porque
o silêncio é sempre imortal ...
segunda-feira, 17 de outubro de 2016
Hoje escrevo sem ter para quem, sem um endereço sem destinatário, lanço-me no vazio dos meus braços e caio desamparado. Hoje trocava as palavras por um olhar, a razão por sentimentos, a amargura no olhar por uma réstia de esperança, por um motivo para sonhar. Hoje trocava um texto meu pelo prazer de uma companhia.. Dizem que tudo o que buscamos, também nos busca!! O amor é isto, uma síntese de palavras cortadas pelo tempo...
sexta-feira, 14 de outubro de 2016
Hoje fechem a janela e acendam uma luz para mim , o meu caminho é escuro e não há um verso que me encontre. Deixem a chuva lavar essa luz para que meus olhos abram nessa solidão vertida na folha. Para acreditar-mos num trovão basta ver a chuva , ensinem-me a pregar aos deuses pois eu apenas sei falar ao vento das estações, acendam essa luz para mim para que ela faça mover corações de pedra , eu, já estou repleto de ausências por isso dou por mim a desejar um rasto de uma estrela cadente para segurar na minha mão o brilho das águas de uma lagoa que amam sem molhar a ponta dos dedos...Tenho dias assim que penso coisas estúpidas , projecto metáforas que não me calam os gritos, nem beijam os medos, na verdade o que mais me assusta é eu apenas ser um aprendiz, e quando vejo a noite cair-me na algibeira com as estrelas limito-me a costurar memorias na boca que derrama um beijo na franja da lua prateada !!!
Hoje acordei compondo sentidos a descoberto, numa utopia despida de valores.Costuro os retalhos dos amores interrompidos, moldo e amasso a argila desta vida , dando-lhe forma e corpo, faço-a viver de imaginações sonâmbulas, amontoando cacos de uma vida... Sopro-lhe com a alma cravada de desalento, arranco ervas daninhas presas ao ventre que gritou amores sem respostas. Cultivo cantos, rego a semente encharcada de dúvidas, recomponho todos os ontens no hoje, escrevo pedaços de mim mas!!! Confesso já faz tempo que vivo um triângulo amoroso, sim é verdade!!! Daqueles triângulos que se estreitam , que alargam o olhar , ao tamanho da alma e agitam sonhos!!!Vivemos assim nós os três coração; Livros; e teclado ....
quinta-feira, 13 de outubro de 2016
Hoje sei que estamos distantes em
pensamento…No caminhar… Em tudo menos nos sonhos... Foi o que nos impusemos
viver, lutar sem tréguas é um caminho em que nem todos ousam seguir!! Numa
loucura nunca antes vivida, numa loucura nunca antes sentida aqui
estamos ocultamente ocultos !!! Este é o meu lugar este é o meu
ponto de estrada que nos separa sem futuro, sem sorrisos. Aqui hoje
agarro-me aos pensamentos e aos momentos em que que tantas vezes me
chamaram amor! A felicidade é uma palavras tão "estranha"
que nos entranham na alma e no coração e a perdemos por entre os dedos de
uma mão entreaberta . Quem tão breve assim escreve , mais rápido escreve num
breve desabafo de uma escrita mais que transcrita…hoje apenas é mais um dia
especial que nuas breves palavras de tristeza resumo… Não há Poemas de inverno
em que não chova, em que não caiam nevoeiros a entorpecer os corpos. Hoje
não é inverno ainda… E nem por isso me pediram um poema ! Não me encontro em
nenhum lugar, construo castelos neste mar vazio onde perdi a minha catedral…
terça-feira, 11 de outubro de 2016
Eu vejo o que são os outros! Nunca sou apenas eu, nem as palavras serão sempre e só minhas, porque nem eu possuo assim tanto mar nem tanta terra, palavras são apenas a minha vida que ainda percorro, para que não coloque os outros onde não querem estar mas ainda assim partilho o que escrevo. Escrever é algo que se deve fazer de forma totalmente desprovida de egoísmo, permitindo que quem nos fornece o sumo, seja realmente o protagonista, e que o que não sabem ou não conseguem dizer, seja dito por mim, da forma certa…Através dos meus olhos entendo do que padecem, que lágrimas choram e quão abertos são os sorrisos. Já estive em algumas histórias, já experimentei momentos muitos iguais e outros absurdamente diferentes, mas mesmo que em corpos e almas distintas, mesmo com corações que batem em ritmos diferentes, consigo ver para além do que vêem os outros e sabe-me, na maioria das vezes, muito bem. Já te vi a ti, a ti, e a ti também, por diversas vezes e soube o que dizer de cada vez que o fiz, porque pelos meus olhos passam sentimentos que todos deixamos escapar, e eu consigo sentir! Viver meus amigos por muito que tenhamos que subir estradas íngremes é uma dádiva mas fatal…Moral da historia ninguém sai vivo daqui vamos com calma, essa é a razão para me fazer caminhante em busca de estradas onde sou uma matriz do sonho…Se quiserem sigam por mim!!
Hoje escrevo o que sinto para matar a febre de sentir ….Hoje vejo e revivo todo mal que ousaram conceder-me …Hoje vejo o quanto sou indiferente para muitos nem o meu rosto já inquieta. Hoje sobrevivo na arte de escrever, e esta é exactamente viver fingindo ser poeta…Para pensar em "alguém", me basta o próprio amor que sinto, não preciso que me façam mais mal!!! Já chegaram a mim como um enigma do meu instinto. Desapareceram...Como uma trovoada que apenas se reflecte no horizonte…Esse lugar ficou vazio, hoje é um deserto de saudades onde os meus sonhos viajam sem rumo, tristes no profundo universo, sem forma e sem nome, desenharam no meu silêncio… De noite ainda desenho esse corpo que me enlaça, esse rosto, nos meus pensamentos…È verdade, a existência nesse espaço evito…Ele me consome, me devora e eu só conheço o que não vejo…é nesse abismo que moldo o meu sonho e me recomponho, decompondo-me….
domingo, 9 de outubro de 2016
Hoje senti e perdi-me nas palavras em paginas que entretanto desfolhei, depois de escrever o meu ultimo suspiro... As palavras não me levaram, mas perdi-me e não me acho embora nunca destrua palavras que me dão vida e me fazem recordar aromas da vida sentida... Solto-as e elas saem-me desordenadas sem fio condutor!!! fecho os olhos para harmonizar o seu sentido que não o esqueço ou se o faço é apenas pelo prazer de as voltar a arrumar!!! Escrevo-as e sonho-as como letras perdidas em dia de vendaval na praia que desenho , misturo odores , sabores, calores ...Caio em fracasso , encerro desejos e chovo em silêncio transbordando pingos incessantes de poesia em reticências!! Solto palavras ao vento como aves de asas abertas sem destino, pulsam canções em tons de gemidos selando as feridas entreabertas... Perdido sim é assim que vivo sorrindo da sepultura untando a morte com versos...Quem escreve é assim sofre três vezes mais!! A primeira quando sente, a segunda quando escreve e a terceira quando alguém subscreve o que sente...
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Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...

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Hoje fechei a porta que em círculos e cercos, fechou as margens e estancou num pântano o silêncio, consumado na pálpebra cerrada que tranco...
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Hoje até podiam sentar-se na minha cama e contar-me mentiras... Que o amor tem a forma da minha mão ou que os meus beijos são perguntas qu...