quarta-feira, 21 de junho de 2017

Hoje há nos olhares húmidos a eterna vontade do quase nada … Pedaços sujos de pensamentos, expectantes da fama dorida…Sinto vestígios de egos derretidos, perdidos em orgasmos múltiplos de livros rasgados em parágrafos exagerados!! Escrevo uma fábula com atores nus , de mãos geladas parindo palavras que derramam sangue pelo chão, nos sorrisos falsos deste infortúnio que é homenageado … Todos os dias pinto o sémen deste luto, neste nojo que me leva a escrever sobre o vulto da masturbação lírica!  Deixo as velas acesas, saturadas pela escassez das cartas escritas em tom suspenso…Mexo os meus dedos nesta corrida às palavras, fazendo-as pecar silenciosamente, fecho as persianas da vida, quase num gesto imperfeito de auto mutilação delicada…Não me canso de escrever palavras que ficaram por dizer, viver, hoje , apenas saem-me pelas mãos, adormecidas no fetiche dos lábios …Hoje vivo esta embriaguez  reduzida ao meu desequilíbrio, precipício de quem já nada teme... 

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Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...