Hoje no
intenso cheiro a outono que me surgiu a meio da noite, percebi que a
minha casa estava decorada com silêncios , paisagens secas e no
chão, habitavam folhas caídas de poemas, cartas esquecidas que
outrora escrevi…Senti alguém caminhar nessas folhas caídas , abandonadas… Uma a
uma desfolhava-as sem saber em qual começar , sem saber em qual acabar!
Arrastava-se sem rumo. Eis que umas folhas eram usadas outras
novas e intocáveis. Foi ai que percebi que era tão clara a minha
divisão! As antigas pareciam-me, romanticamente,
infantis. O infantil que dá um tom doce ao que somos , como um beijo que se dá
e se sonha. As folhas recentes só cheiravam a uma inocência antiga… Tentei
reler folha a folha que espalhei pelo chão mas!! Meus olhos cansados não
focavam nada apenas imagens tremidas. Quando me perdi entre a realidade e a profundidade do
meu sossego, as portas
da minha casa bateram , alguém saiu, seria algo divino!!?? Não sei…Fiquei com
um sabor a água da nascente no pensamento! Senti-me uma vitrina de sonhos,
projectos que me engolem todos os dias, assim como se uma bolha infinita de
possibilidades me levasse a explorar todos os dias o universo do amor…Mais uma
folha que deixo cair do meu caderno neste chão que piso onde vou contornando
adversidades , rasgando retractos, reinventando a eternidade , reconstruindo a
magia para quem acredita em
mais que impulsos, em quem acredita que amar é um mutuo esforço de recompensas
sem ferramentas divinas na magia de um destino..Muito simples não é? Só há uma maneira de amar de coração, com tudo, com as folhas de verão com as folhas de inverno com as folhas de outono com toda a força da alma e para sempre...
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Tão lindo Paulo, acredita que seremos sempre vitimas dos nossos sonhos. beijos
ResponderEliminarNao somos vitimas, somos herois e donos de sonhos que apenas nos elevam cara sofia
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