Meus amigos sabem que é no silêncio das palavras que nos construímos? E quando estas são escritas, e descritas em forma de sentidos é
que a comunicação se faz! . Sabem é nesta
euforia da imaginação, nessa leve dedução, que arquitecto o mundo, ergo os meus
braços aos céus e é ai que roço os meus
dedos no vazio, nas cores com que te pinto e crio, neste vazio chamado ilusão,
onde todos os universos nascem da emoção. Mas nada é bastante, porque a sede é
real. Não chega, alimentar-mos-nos de utopias, porque a carne clama a água abundante
que a pele mantém por entre os poros suados…
Como eu gostaria de ser menos criação e mais palpabilidade, como eu
quereria ser real e poder viajar num ápice e sentar-me bem junto a uma alma gémea, pegar-lhe
nas mãos e desenhar a nossa própria
perfusão, excitação e com os corpos nus construirmos o êxtase que a ausência
não consegue debelar. Áh!! como eu queria revelar-me, desatar-me e desenlaçar
este novelo de sentimentos que ainda não vivi… Mas, este silêncio sufocante,
este frio confiante adormece-me nesta
roda delirante que é a busca. Onde andas aparece e adormece em mim…