quinta-feira, 5 de outubro de 2023
terça-feira, 3 de outubro de 2023
domingo, 1 de outubro de 2023
sábado, 30 de setembro de 2023
quinta-feira, 28 de setembro de 2023
terça-feira, 26 de setembro de 2023
sábado, 23 de setembro de 2023
quarta-feira, 20 de setembro de 2023
Hoje, perguntaram-me, porque
escrevo ? Discretamente esbocei um sorriso, mas acho que vos devo a
resposta. A vós, que também se vestem das palavras , as minhas , tantas vezes vossas.
Escrevo desde que comecei a não perceber as pessoas, e a mim mesmo, com isto, espero que saibam que os
guardanapos, também contam aqueles guardanapos de café e os cantos das toalhas
de papel dos restaurantes, não contam? Claro que contam! Numa primeira análise eu
sou igual a todos vocês, porque todos escrevemos para nós. Escrevemos para fora
o que sentimos cá dentro. Escrevemos, essencialmente, para nos conhecermos, a nós.
Nós que vivemos connosco, todos os dias, não nos conhecemos desde logo e desconfio que uma grande parte das pessoas
nunca se chegam, realmente, a conhecer. Nem mesmo dentro das relações... É quando
te conheces a ti que começas a conhecer, verdadeiramente, o mundo e a tudo o
que fizeste por causa de outros… E é, aí, que começa a grande viagem. É aí que
começas a fazer as pazes contigo mesmo, porque acredito que todos tenhamos
pazes a fazer connosco. Escrever permitiu-me isso e ainda me permite…. Hoje
mais que nunca…Por as coisas no sitio certo, sim porque muitas vezes dizemos
barbaridades que não sentimos, assim como outros nos dizem, e se refletirem,
não o sentem! Guardar o tem de ser
guardado, deixar o que tem de ser deixado e consolidar o que tem de ser
consolidado. Depois, bem, depois vem esta inquietude da alma. Esta insatisfação
natural que nos obriga a expressar, seja de que forma for. Acontece a todos
aqueles a quem não lhes chega só ser parte de algo ou estar literalmente no
canto da vida de outro alguém…Escrevo, quando o sentir é subcutâneo, quando me transborda, e não tenho a pessoa certa para
comunicar, quando não cabe mais no peito,
o que sentimos e temos de o deixar sair de alguma forma… Gosto de vestir as
palavras, mas já me vesti de pessoas dando-lhes cor, levando-as as tornar-se
leves ou de lhes conferir os sorrisos da vida…Gosto desta sensação de sentir
que são elas que me guiam, sim porque já me guiei por pessoas, e meus amigos,
perdi-me totalmente, assumo, estou hoje a pagar por isso, de uma forma
amargurante, mesmo que continue
convencido que sou eu que as encaminho uma a uma formando o meu pensamento… Por
fim vem a mensagem, porque tudo o que escrevo tem uma, poucos ou ninguém me
conhece ao ponto de o saber, de a
extrair, é ai que vem o ensinamento, eu extraio-a de mim … Encontramo-nos com
as respostas que nem sabíamos que lá estavam, encontramos aquilo que sabíamos que
estava lá mascarado, o essencial é dizer
o que esta latente em nós, no seu estado
mais puro, que é saber que escrever deixa de ser um ato de solidão a partir do
momento em que te apercebes que, afinal, escreves pelas mãos de tantos como tu…O
silêncio faz ruido em nós, as palavras, não, elas imortalizam a razão, num golpe
de alma em que a inquietude nos fere o coração…
terça-feira, 19 de setembro de 2023
Hoje vou escrever a saudade que desfia-se no passado, como quem tece a eternidade, porque há os que amam loucamente mas não sabem amar, outros que amam até só um pouco mas sabem amar. Mas também há os que não amam e sabem amar, os que sabem de amor mas não sabem amar , os sabem amar mas não sabem de amor, estes, fazem-nos acreditar que somos amados … Por fim os que não amam , não sabem de amor , não sabem amar, são o copo cheio de nada…É por isto tudo que começa as confusões nas relações e na vida amorosa, a serio! Seria tudo são simples se tudo se resumisse a um amo-te e a uma pergunta se o outro nos ama… Seria de fato um felizes para sempre! Quando este diálogo acontece e duas pessoas percebem que se amam, dúvida e a confusão não terminam. Começam! Porque o digo, porque não está disposto na lei da vida nem em lado nenhum que duas pessoas que se amam, sabem amar, ou até, que uma delas ignore que algumas circunstancias fazem a relação entrar em declínio, o normal não é uma delas não se aperceber, é as duas não se aperceberem...podem até dizer, que a maturidade das decisões não tem de interferir na intensidade. Não posso deixar de discordar, mais...O habitual é uma delas aguentar o resvalar dos dois, mas há um dia que até essa pessoa, deixa de ser assertiva nas ações… Amar atrapalha a sabedoria do amor, porque amar é um sentimento de necessidade, nem sempre entendida, ou compensada pela doação…Talvez amar , seja intenso demais para coabitar com a sabedoria do amor…Tanta gente prefere viver com outro alguém que sabe amar, mesmo que não o ame! Poderá dai brotar amor? É que quem sabe amar outro alguém até pode realizar o milagre de acabar recebendo amor de quem não o ama, ou ama e não sabe, porque quem sabe amar, la no fundo conhece bem a linguagem adormecida no outro… Meus amigos, sabe amar quem sabe do outro sem ser obrigado a ser quem é… Saber amar hoje sei, que é uma forma de arte, o amor é apenas um sentimento…Saber amar é uma criação estética do amor, porque nada é relevante nele, ama-se e pronto , tudo o que ele cria e gera…Não confundam nem deturpem o que digo, saber amar alguém não é de todo a aceitação passiva do outro, é uma existência ativa de ambos no mesmo mundo onde o real não é refutável e não precisa de ser jamais substituído… Saber amar, é conhecer as virtudes e os defeitos, é esperar, deixar fluir, não abafar até ao ponto que a outra parte não se anule e se envolva de angustia e dor…Quem ama, pode ter de desamar porque há uma medida exata dos orgulhos que valorizam o amor, não devemos vulgariza-los! Quem ama tolera ser maltratado, quem sabe amar ,jamais…Hoje quem respira aqui dentro , já nem sei se é a solidão ou eu mesmo, sinto que comecei uma caminhada onde terminei descalço dentro do meu coração…
sexta-feira, 15 de setembro de 2023
Hoje é inconscientemente, mas sinto a vida a fugir-me entre os dedos...Sinto que estou em depressão, assumo!! É ela que me domina tanto, controladora, e até castradora...Ela impede-nos de viver, puxa-nos para o fundo! Ela mantém-nos reféns, acorrentados, a um passo daquilo que nos destruiu ...Não nos deixa levantar! Ela sim não nos solta as amarras, mantém-nos ancorados...a uma baía sem vida, sombria...vazia...triste!...ela sim, mantém-nos num cativeiro...De inseguranças, desorientações...oscilações, como se de um mar revolto se tratasse....tão depressa estamos na crista da onda, a desfrutar de um sol dourado maravilhoso...como, no instante seguinte, estamos no vale da onda (bem cá no fundo)...quase a ser engolidos pela imensidão de tanto mar ...E quando o mar não está revolto...deixa-nos à deriva...numa frágil jangada...num infindável espelho de água...sem terra à vista...sem porto seguro...sem um astrolábio...para nos orientar.... ...no entanto...mostramos-nos, perante os outros, como se tivéssemos conseguido continuar...como se tivéssemos conseguido encontrar outro caminho, o nosso caminho..."Escondemos"...as noites de sonos e sonhos que deixámos de ter...Passamos a viver ou (deambular) com uma máscara que "vestimos" todas as manhãs...de falsos sorrisos, falsas vitórias, falsa felicidade, falsas certezas...Pendurada no cabide do quarto... quando a noite chega,...como se de um acessório de roupa se tratasse...que só tiramos quando nos deparamos sós... ...Deixamos de ser fortes o suficiente...para deixar sair tudo deixar tudo ir embora.... e, deixamos de ser fortes o suficiente...para deixá-la "entrar".... Passamos a maior parte do tempo a levitar....pois a força gravitacional tornou-se quase nula...vamos para onde o vento nos leva...sem rumo certo...e, às vezes, são rajadas tão fortes....para além de nos "enxovalhar"...leva-nos para "longe"...e, quando conseguimos, desamarrotar-nos, nem sabemos onde estamos!...Também pouco importa...Estamos algures...sem "estar" em lado nenhum!...Houve um tempo...não muito distante...em que, algumas vezes, "senti" os meus pés tocarem ao de leve no chão...Dava-me alguma orientação, serenidade, autoconfiança...conseguia ser eu a dirigir o caminho a seguir!...Mas depois....veio uma "rabanada" de vento...,de novo, e me levou...para o incerto!...A minha voz já não ressoa...Danço com o vento, e como danço mal! Cai a noite....Mas depois...vem a dor ...uma e outra vez...como um raio que me atinge...Hoje estou assim, não direi porquê...Há dias que, apesar da presença do sol, não são luminosos ...
terça-feira, 5 de setembro de 2023
Hoje eu já não acho estranho quando alguém coloca em causa algo que outros tem como adquirido. É uma sensação desconfortável quando começamos a duvidar das nossas certezas e dos outros…Mas, é humano! Eu tenho a noção de que sou uma pessoa de certezas, talvez de ideias firmes até, por vezes fixas e inflexíveis, é verdade... Mas são elas que nos podem guiar na vida, nunca fingi ser outra coisa, sempre pautei pela verdade nas minhas ações e atitudes! Se não tivermos certezas como podemos sobreviver neste mundo? São elas que nos fazem seguir e estabelecer um percurso para atingir os nossos objetivos….Se este existirem claro , há percursos que não podemos fazer sozinhos, embora haja quem pense que sim! Quando tomamos decisões, as certezas estão lá. Porque se não estiverem... Se não estiverem, somos incapazes de decidir o que quer que seja conscientemente. E isso assusta-me. A inconsciência das decisões é uma coisa que me assusta, porque não consigo entendê-la. Por esta ordem de pensamento, talvez aquilo que me assusta é o que me escapa ao entendimento. A razão faz parte do ser humano, porque é que os Homens tendem a esquecer-se disso? Não sei. Essa é uma pergunta que me irá perseguir para sempre...Considerações sobre a responsabilidade da Humanidade à parte, a verdade é que quando me deixam a pensar sobre as minhas certezas, sou capaz de me alhear de tudo. Parece que começo a sentir o chão a fugir dos meus pés. E eu tenho muito medo de ficar sem ele, confesso. É, muitas vezes, o mundo à nossa volta que coloca as nossas certezas em dúvida permanentemente... O que é que é justo? O que é que honorável? O que é que é uma atitude corajosa? O que é que é a mentira? O que é que é a omissão? O que é que é a verdade? O que é são valores? O respeito é medo? Ou o medo faz parte do respeito? Serão coisas completamente distintas ou não? Quais são as nossas raízes? Elas existem? O que é que a identidade? Qual é a nossa identidade? O que é que defendemos? Porque o fazemos? Ou, porque é que não o fazemos? Quando somos de ideias fixas, por vezes, podemos cair no erro de sermos idealistas... Mas será que ser idealista é um erro? Eu acredito que não, desde que não se seja extremista . Acho que é bom ter ideais e defendê-los. Do que é que se faz a vida se não defendermos algo em que acreditamos ou algo que não concordamos? Se não fizermos o que estiver ao nosso alcance para que aquilo que amamos não desapareça, sim porque há ações que nos fazem desaparecer e fazer os outros desaparecer ! O que é a nossa vida se não agarrarmos com unhas e dentes a oportunidade de fazer alguma coisa pelos outros e por nós mesmos? Nada. Sem isto a vida não tem sentido. Aí está uma certeza. Sem nada disto a vida não tem sentido. Quanto ao resto o desafio está no bom senso e na falta dele. No bom senso de chegar a um ponto e, através da reflexão consciente, perceber se continuarmos ou não no caminho que escolhemos. No bom senso de conseguirmos entender até onde podemos ir. e, no final de contas, a dúvida vai fazer sempre parte desse processo. Só temos de arranjar uma forma de ela não nos engolir. Hoje estou assim, como ter um coração fora do nosso corpo, e escrever está intimamente associado a essa ideia ...Por isso!! Hoje mordo o meu coração...Tento arrancar dele a raiz que se instalou, mestatizando-se em meu pensamento, porque o meu sentir é uma dança que desobedece passos, faz-me anoitecer em ruas vazias! Há poucas coisas que se possam entender fora da língua de quem as criou… Estou a ter uma sensação estranha 24 horas sobre 24 horas , continuo a pensar… E nada me faz de todo sentido, até a minha palavra preferida parece ser mal escolhida, os corações são ricos em calor, ardem até que um beijo apenas, termine numa boca de cinzas! É gigantescamente funda esta travessia , as estelas douradas perdem-se no escuro e não encontram o meu coração! Apenas as horas se vão sucedendo às horas, não há nenhum intervalo, é quase dia outra vez, a luz cresce mas a vida não! Não há respostas, só as janelas cegas e o ponto de interrogação de frente para o ponto final…O Amor é estranho mesmo, tanto pode ser de riso ou lacrimejante, é uma existência de uma chama sempre acesa mesmo que a noite caia, não há forma de sair dele, não há plano, não há atalho, não há futuro só há o agora, de hora a hora e nelas nem o passado se desfaz… Sinto que hoje sim estou embriagado, bebi de mais desta vida, para esconder o que sai de dentro de mim fechei-me numa garrafa, aqui á beira mar, perco o orgulho ate na pessoa que sempre fui... Hoje só quero mesmo chorar , mas apenas aqui, sinto que fui atropelado pela vida, há atitudes que revelam bem o ADN do ser, todas juntas traçam o mapa que seguem e sempre seguiram nas coordenadas da inquietação e estas jamais vão responder ao ser que se transformaram, porque as palavras só tem eco se forem ditas a duas vozes…o carater das pessoas só existe quando as pessoas dizem a verdade mesmo que esta não traga benefício algum! Há dias assim em que os sonhos, não surgem, nada temos á nossa frente a não ser uma tela vazia, para escrever o impossível e o possível ou até mesmo o bizarro mas... Mas como nada tenho, a escrever, ela ficará ainda mais vazia!
terça-feira, 22 de agosto de 2023
Hoje, de tudo, os espelhos, são a invenção menos impura que o ser humano já realizou ! O espelho não engana reflete a verdade que lhe é apresentada, e isso, imortalizou a confiança entre o ser e a imagem projetada ... A confiança não se consegue fingir, conquista-se e é algo de tão delicado e frágil que nunca a podemos por em causa, porque é uma sorte acha-la, assim como uma estrela cadente , que seguimos encantadamente até onde mais não nos couber no olhar ! Hoje quando as estrelas iluminam o meu quarto eu vejo-me sentado a falar com a lua, porque o tempo é uma fortaleza de papel, todos os passos se resolvem por caminhos esquecidos em horizontes que se erguem como livros guardados. Hoje tenho de ler tudo o que me cerca , como se tivesse o silencio a comandar este caminho, o meu mundo, se fez orbita, sento aqui as minhas noites que outrora se moviam noutras latitudes...Sinto a minha pele nostálgica, esconde na sua imobilidade dramática um diário intacto de viagens não cumpridas ...Os arranhões apenas traçam os mapas impossíveis dos seus nomes que já não brilham na recompensa de um destino...Os deuses, esses, divertem-se a rasurar, baralhar biografias e sonhos, fazem-nos caminhar mas, os passos não parecem certos, talvez haja fissuras nesses sonhos, onde os comuns comunicantes derramam-se por percursos e misturam os dias pela esperança em ver o aro de fogo da entrega num perpétuo instante. Rasgo a minha face para que a vossa se encha desse minuto sobrenatural que nem sei classificar...Hoje tenho a certeza que fecharia os meus olhos sobre os anéis dos astros e entre o cair e o nascer do dia descobriria a ardente ideia, que transformou a minha vida... Uma coisa eu vou dizer , o Amor que vamos despejando neste vinificar de Uva, entorna o copo da vida! Mesmo que pudesse beber um pouco, no fundo do copo veria o Vinho turvo, com um final de boca amargo! Pergunto onde está a transparência desse vidro , onde está a pureza desse liquido inicial que me esvazia por completo a garrafa… A garrafa essa , deve ter sido jogada ao largo das berlengas , os seus cacos de festividades que cortam as mãos , deixaram a alma suja, de palavras vans … Um dia voltarei há primeira hipótese ao amor, mas sem despejar tudo de uma vez, para que o copo se possa erguer à luz de um ser que veja através dele, mais que apenas o seu reflexo...
Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...

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Hoje reflito com o pensamento de como juntar, aproximar quem se afasta, sinceramente não sei. Apenas sei que é o amor aproxima, que as div...
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Hoje fechei a porta que em círculos e cercos, fechou as margens e estancou num pântano o silêncio, consumado na pálpebra cerrada que tranco...
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Hoje até podiam sentar-se na minha cama e contar-me mentiras... Que o amor tem a forma da minha mão ou que os meus beijos são perguntas qu...