As Musicas que escrevemos são letras mas o que sai da alma é um uivo , lamento, em forma de grito ...Em nossos sótãos está as ausências que nos  escorrem pelos dedos , assim sem rumo , sem tradução amontoamos sentimentos que não conseguimos verbalizar!! Como inventar um caminho legitimo nesta porta entreaberta que respira dor? Construímos muros que sustentam as incertezas , criamos cortinas que escondem nu do nosso corpo que temos medo de partilhar, tocar, sentir...Agora senti silêncio das paredes desta casa vazia...nem tudo o que faço pode estar certo ou errado... apenas não o faço!!! Renunciei a esperança , calei a voz , e vejo o fogo a devorar-me...Este céu que olho parece menstruado de ausência de desejos mas eu!!! Eu vou na brisa sussurrante e rasteira a baloiçar o teu corpo no infinito...