terça-feira, 13 de setembro de 2016


Hoje faz-me mais sentido deixar as palavras congeminar sensações  longe da voz e digo-o porque nunca escolhi as pessoas que  amo, nunca desenhei pegadas , nas  ruas das minhas palavras!! As pessoas que eu amo são como astros que gravitam, à minha volta e eu por vezes à volta dos seus rumos…Mas!! As  pessoas a que  eu amo perdem-se apenas num "hoje" e dizem temer por mim...Sou assim, desprevenido, teimo em deambular entre palavras distantes. As pessoas que eu amo andam descalças no fundo das palavras que eu faço nascer das minhas mãos, é ai, que as pessoas que eu amo se misturam nas palavras transformando-se em corpos celestes sagrados…É numa enorme e real  devoção com que os desvendo de minhas mãos para os textos, é esta espada de sombra a prumo no meu silêncio que entoa um murmúrio de serpentes sobre o corpo das palavras na palidez da minha voz …Por isso hoje se existem momentos que nos calam é porque houve escolhas de silêncio que nos fizerem mais sentido. 

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