sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Hoje vos digo que tinha saudades das palavras mas ás vezes, as palavras queimam, abrem lumes de prata na covardia e na impossibilidade de as dizer. São como a lua que se derrete no mar. Luz. Música. Silêncio líquido. É essa poeira lírica do céu que a mão frágil de quem escreve semeia. Ousadia, a minha talvez!!! Dizer que as palavras enredadas nos dedos são desencantos,são medos e esperanças. Com elas, adoço a vida, escrevo para o mundo e partilho a minha imagem como quem conta um segredo. Trago na voz mapas de sentidos dum tempo que já não conta. Podia até chamar a esse tempo de "folha dourada", soa-me divinamente...Mas!! Os bordados deixados foram arrepios que o vento acendeu nas paredes dos meus olhos. Escrever deu-me as asas que trago na voz...Deu-me a musica que as palavras rezam na dança dos sons, deu-me a paz branca que deixam cair no silêncio ... Sinto-me artífice de gritos, de silêncio, do mundo, do tempo da eternidade, pois cada vez que escrevo deixo uma ilha por mim colonizada ...Quando amamos alguém e a tocamos , é ai que conseguimos sentir que a nossa melhor parte do corpo está a ser tocada...

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Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...