sábado, 14 de maio de 2016

Hoje acordei com a falta do cheiro e do toque do papel. Estou trémulo preciso sentir o deslizar da caneta , suavemente , no meio da seda das palavras . Vou descrever a solidão desfazê-la em mil pedaços. As palavras fluem sem sentido e sem rumo na conversa entre a minha alma e a mão que escreve, vivo um diálogo mudo. Os meus dedos são o mensageiro fiel que serve de fio condutor, ousando entoar uma frase arriscada… Se volto a tentar repetir uma rima é pecado se penso em em recriar a entoação original é dúbio. Será então isto um privilégio de poucos!!! Comunicar com silêncio… Mas sabem eu consigo-o quando escrevo pois direcciono a minha voz , o meu amor e faço os meus olhos viajarem daqui até ai…E os meus lábios esses saboreiam cada silaba , cada toque, com eles solto cada palavra que escorre para o papel vindo de minha alma, como um grito que se solta perdendo-se pela brisa que passa... Será que vocês sentem o que escrevo!!!?? Será que sentem o que ainda vou escrever??!! Eu até podia mudar o tom da minha escrita e fazer o papel amolecer, suavemente, como num toque de veludo, como num mimo lento que vos deixo, mas!!! A tinta que inicialmente parece criar uma forma terna , solta-se, espalha-se, evolui e deixam a impressão que as silabas já perfilam: Muitas vezes queremos-nos convencer que o outro lado da pagina precisa de tempo para voltar à realidade pois esta é a única forma de sentirmos que fomos importantes para alguém …

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