sábado, 14 de maio de 2016
Hoje amaria ser a tua sede, ser teu cio, ser teu calor, ser teu frio, ser o teu amor... Esta vontade que tenho de arar a tua pele com meus dedos, esta vontade que tenho de beijar os teus lábios provoca em mim a secura da tua ausência , e no meu corpo o grito incandescente dum só lamento, dum só segredo. Escrevo em laivos negros como os teus cabelos, traço nas palavras a tua imaculada beleza, que me deixou a nu sem ti, sem norte nesta destreza de rota que é o teu corpo flamejante...Hoje olhei as estrelas e no teu céu desbravei as minhas matas verdejantes!!!. Haverá maior precisão nesta vida que a capacidade percepção do olhar? Que o detalhe de descobrir o significado de um abraço que nos acolhe? Não claro que não!!! Então deixa que o silêncio se quebre num murmúrio lancinante, e que o apetite voraz nos devore a nós e aos nossos corpos..., Deixemos que a incerteza, seja esquecida num canto qualquer e nos abra portas à aurora, que de teus olhos despontam em mim... Recordo-me agora dos teus olhos como quem chora de alegria desbordada. É desta forma, quase incongruente, que circulas em mim como um rio fluente, que desagua o meu ser e leva o pó da tua ausência em vagas pequenas até ao mar.
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