quarta-feira, 11 de maio de 2016

Todos os dias que sonho com um beijo, nasce uma erupção iminente solto o desejo e a minha boca parece desmaiar. No meu olhar há uma chama que me incendeia, como um rastilho por queimar, como uma bomba por detonar. Todos nós, parafraseamos risos contidos, palavras atrevidas , toques sentidos na proximidade estática de corpos que se inclinam sobre este abismo de vontade de experimentar. Queria tanto ser capaz de ousar num qualquer instante, uma brisa que despoletasse o choque dos nossos mundos, quando nem os olhares já suportarem o peso da pálpebras, e as bocas não conseguirem conter a sede e as peles não permitirem mais um único arrepio... Todos nós já vivemos um momento desses em que tudo em nosso redor ruiu , até o tempo perdeu-se no vazio dos minutos e a luz explodiu num inimitável sonho, de proporções cósmicas. Já quis fazer do corpo terramoto , da alma um abraço desmedido estilhaçando o luar , do silêncio uma musica desconcertante...Nenhum dia jamais será igual, a fome jamais será saciada, a sede morrerá afogada, as minhas formas fundir-se-ão numa única escultura de escombros, o meu grito dilacerante delimitará e o meu corpo e chamará o teu, como se tivéssemos sido moldados pela criação para nos contermos, um dentro do outro, num orgásmico universo acabado de criar da explosão da saudade, da vontade simples de amar a pessoa certa..

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