sábado, 14 de maio de 2016

Hoje relembro quando era pequeno, que existiam mulheres que trabalhavam em casa de outros. O termo era , andar aos dias , e isso era fazer de tudo um pouco em casa alheia, numa condição de gente de fora. Desse tempo guardo a estranheza da expressão, a fragilidade dos vínculos e do contínuo vaivém. Quando homem me tornei, resolvi essa estranheza dentro de mim. Compreendi que na vida andamos todos aos dias, ensaiando entradas e saídas, agarrando por dentro e por fora aquilo que podemos, sabemos e sonhamos. Tem dias que são sínteses do que somos. Parecem criados para nos confirmarem e chegamos à noite convictos que as horas, todas as horas do dia, somadas, traduziram a nossa identidade e ao mesmo tempo a nossa fragilidade…É esta que nos faz ser aquilo que somos, únicos e imperfeitos, únicos e ignorantes, únicos e acutilantes, únicos que vivem aos dias!!! Sem forma de traduzir o que o nosso coração sente, pedimos emprestadas as palavras a quem escreveu um dia, aquilo que neste dia experimentamos, condensar em meros suspiros a nossa identidade!!! Hoje dói que as coisas passem, sem marcar as pessoas e é por cada instante que de mim foi vivido que busco um bem definitivo em que as coisas do amor se eternizem para todo o sempre…

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