quinta-feira, 5 de maio de 2016

Hoje fechei-te a porta embora esta época de final de ano nos faça planear o próximo ano ou relembrar o último. Curiosa essa mania do ser humano de, quando as coisas acabam, relembrar tudo o que aconteceu. Retrospectiva. Memória. Lembranças. Fazer um apanhado geral de todos os fatos, bons ou ruins. Fazer um balanço. É uma necessidade absurda de encontrar algum sentido em tudo o que passou. Esse é um dos factores que, na minha opinião, cria religiões e crenças: a fé que, ao fim de tudo, seja o fim da vida ou do ano, tudo o que fizemos, tudo o que vivemos, tudo o que somos valeu a pena. O medo e incerteza sobre o que virá pela frente, seja ele a esperança de que será melhor ou, pelo menos, bom, e a lembrança do que já passou. A última chance para consertar um ou outro erro, para se certificar que ao final de tudo – tudo mesmo, lá na frente – todos os balanços anuais tenham sido positivos. Mas infelizmente não foram…Foi tudo um constatar sem sentido, talvez seja essa a tua receita talvez seja não ter receita. Apenas viver num ciclo onde se usa terceiros, onde se mente desmesuradamente a troco de que? Mas se pode haver um momento para que cada um olhe para dentro de si e entenda a diferença que fez nos últimos trezentos e tantos dias, que seja válido, é este porque há estrelas gravidas de luz geram o mistério que brota nos silêncios sob a forma de palavras, frases e pensamentos de incógnita sensação de levitação, da loucura e do vazio, que me invade quando nada tenho mais para te dizer.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.

Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...