quarta-feira, 29 de junho de 2016

Antecipei sempre os olhares no longínquo horizonte, quebrei todas as sílabas silenciando as agonias, deixei arrastar as águas dos Invernos, sobre muralhas de vida presas ao compromisso!! Aliviei com silêncios a dor do meu voo, cortei com a vida a ponta incendiada das asas onde escrevi textos e textos no lavrar do medo sobre jardins plantados na margem do meu mar!! Aceitei o gelo dos areais por temer a oscilação das dunas, enquanto me deitava hirto dentro da escuridão que cobria o musgo anunciando a Primavera sobre as farpas agudas de todos os argumentos… Recolho agora da neblina do cheiro a véus, a maresia, vinda de espelhos de memórias e gestos por dizer… Deixo arrastar as águas de todas as estações, sobre o imenso charco das pedras calcinado na minha vida. Um dia vou sonhar com aquele toque de magia que transforma todo o rodopio em beleza, vou subir aos limites da atmosfera deslizando sobre a minha alma poética no empedrado que se subtraí da minha vida!!!

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