quarta-feira, 1 de junho de 2016
Hoje trago nas mãos gotas de poesia liberto-as dum lago que em mim se extravasa em gotas que reparto com a folhas vazias que vou enchendo na medida que a minha alma vaza... Correm nestas linhas salpicando segredos que por prudência preferi guardar mas!!! Fluem pelas pontas dos meus dedos ,são uma extensão deste lago por partilhar, desisto de obstruir a sua passagem que se alastra para lá de cada margem enchendo o vazio das minhas mãos que se agitam poisando nas palavras que outrora escondia como gaivotas dançando no silêncio das brisas...e calo-me , mas escrevo... E quando escrevo, agrafo os meus silêncios às palavras... E lavo-as numa corrente de ondas batidas nesta força neste caudal que engrossa levando para longe todas as mágoas. Assolo as minhas margens, reinvento-as. E neste rio de breves margens pernoito, vagueio no tempo sem cansaço, risco traços de luz nas águas cristalinas que me alucinam o sentido, gravando no papel cada gemido que não consigo sequer sussurrar..
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