quarta-feira, 1 de junho de 2016

Antes que me apedrejem e joguem meu nome na lama, vou esclarecer que não faço apologia aos textos que escrevo, apenas empresto as minha dores ao mundo…partilho tristezas para devolvê-las nítidas e intensas às palavras. Vendo socorros onde não há salvação...Por vezes doí, mas se doí que doa para levar aos outros olhos o desmedido alívio. Antevejo amores e suspiros que precedem encontros que descrevo em tragédias e dúvidas que antecedem o existir.Como um mero escritor, adoço o real ainda que testemunhe amargos. Colecciono horizontes a enfeitar as ruas sem saídas onde moro. Visto apenas o meu tamanho não uso as dimensões das grandezas.Sou sincero às mentiras que me contam e me encantam, mas sou amparo sobre os sonhos duma semente, pecados angelicais de flores naufragas de céu azul. Ainda,assim sou porta-voz das sublimes verdades que nunca alcancei, faço dos seus silêncios a autêntica afirmação da vida. Escrevo no concreto, o abstracto. Vou esculpindo no coração alheio e no meu próprio peito as letras tatuadas de desculpas que ignoro de muitos e escrevo para milhares!!! A tristeza traz suas lágrimas, a saudade seus suspiros, a felicidade sua plenitude...já o amor não precisa nem de palavra, vive de qualquer silêncio até qualquer infinito. Ninguém fala sobre o amor nem escreve apenas o vive , quem escreve como eu não o vive…

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