sexta-feira, 3 de junho de 2016

Muitas vezes Pai, ainda te chamo, às vezes, durante o sono !!! A tua física ausência não te apaga como a bruma em meus sonhos por muitas esquinas que estes tenham. Há nos meus sonhos um território suspenso da tua dor vivida, há em mim um país aonde não chegaram as guinadas da tua morte… Mas ainda te sinto assim como todas as conchas da praia não trazem pérola...É ai que nos encontramos, quando vislumbro as estrelas a reflectirem-se no mar para dizermos um ao outro aquilo que pensámos ter, afinal, a vida toda para dizer…É aí que contigo partilho esta saudade de ter alguém para falar é ai que te chamo, quando a luz me cega na lâmina do mar, com lábios que se movem como serpentes, mas sem nenhum ruído que envenene as palavras por ti um dia tecidas… Um dia vais contar-me tudo depois de eu viver este lado da noite!!!Posso até gritar mas não é isso que me vai libertar do meu cativeiro escuro desse sonho. Enfim , ninguém sabe que o pesadelo é a vida onde já não posso dizer o teu nome … Esta vida é uma memória é uma fogueira dentro das mãos de mim tu onde estás também não me respondes como apagar este lume que em mim arde …Já senti nesta vida a solidão dos Oceanos , as palavras como laminas , os ventos bruscos na janela da solidão, já colori de cores infinitas o arco íris que deram à luz as estrelas , já desvendei segredos guardados no ventre da terra, já escrevi mil palavras mas não consigo esconder a saudade do teu amor em mim...

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