sexta-feira, 3 de junho de 2016

Hoje falo para o abstracto já que há em mim uma necessidade premente de sentir a corrente da alma. Como uma pele desidratada preciso de beber água da chuva para me hidratar, sinto-me como uma boca seca, sedenta que lava os lábios gretados pela febre. Há em mim uma vontade constante de absorver a alma, da fundir na minha com a calma de quem aprecia o nascer do sol. Neste pedaço de lugar-comum que partilhamos, nesta saudade de que sempre nos alimentamos, nasce um fluxo de luz que ilumina para lá dos confins de um universo desconhecido. Hoje é por ti que escrevo, que faço do meu silêncio as letras que não ouso pronunciar. É por ti que clamo, quando dormes, quando não me ouves e por outros caminhos vais. Mas... Em todos os meus sentidos sigo a sombra do teu corpo, como vento que atrás de ti se enrola, como vontade de ser apenas um corpo, um grito, um desejo. Há gritos surdos em mim escuta-me, ouve as minhas preces, lê os meus textos, que como orações te buscam, te sentem e te veneram. Faz o milagre de te fazeres constante e presente em mim, como uma fé que não me abala, como este silêncio que em mim fala…aparece em mim!!!

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